sexta-feira, 29 de março de 2024

QUARESMA PASSO A PASSO

Semana Santa  

2024 - Ano B

Sábado da Semana Santa – dia 40 – 30/04/2024

Sábado Santo, antes da Vigília.

É o terceiro dia do Tríduo Pascal. Na Sexta-Feira Santa, é a Páscoa de Cristo crucificado, no Sábado Santo, a de Cristo no sepulcro, e, no Domingo, a de Cristo ressuscitado.
Para este dia não há nenhuma celebração sacramental prevista. A comunidade cristã só celebra a Liturgia das Horas, com uma especial recomendação de que, neste dia, o povo seja convidado para a oração de Laudes ou do ofício de Leitura (cf. IGLH 210)Todo o dia tem um tom de silêncio contemplativo do mistério de Cristo que baixou «ao lugar dos mortos», ao «descanso» do sepulcro, ao aniquilamento absoluto e ao seu misterioso encontro com os antepassados, onde pregou «aos espíritos que estavam na prisão da morte» (cf. 1Pe 3,19).

No caminho catecumenal, este dia era dedicado aos últimos atos preparatórios da grande noite batismal da Páscoa: os exorcismos, as unções, a «redditio» ou a recitação do símbolo, as renúncias, etc. Com os séculos, foi-se empobrecendo o sentido do Sábado Santo, até que o papa Pio XII, em 1951, reformou a Vigília Pascal e, em 1955, o resto da Semana Santa. Então, restituiu-se a este dia a sua característica primitiva de dia *alitúrgico, devolvendo a Vigília Pascal – que desde o século XVI se celebrava na manhã do sábado, convertendo este dia em «sábado de aleluia» – ao seu lugar verdadeiro, na noite entre o sábado e o domingo. Agora, «a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua Paixão e morte, abstendo-se da Missa até à solene Vigília ou espera noturna da Ressurreição».

Uma característica muito antiga de Sábado Santo é o jejum pascal: já desde o século II se prolongava também neste dia o jejum de Sexta-Feira Santa, um jejum não tanto penitencial, mas cúltico, «pascal», um jejum que «se celebra». «Tenha-se como sagrado o jejum pascal: a celebrar em toda a parte na Sexta-Feira da Paixão e Morte do Senhor e a prolongar também no Sábado Santo, se for oportuno, para se chegar às alegrias do Domingo da Ressurreição com elevação e abertura de espírito» (SC 110).

José Aldazábal

(in Dicionário Elementar de Liturgia - Secretariado Nacional da Liturgia)

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