sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Ano C - 01/01/2022 

SOLENIDADE DE SANTA MARIA MÃE DE DEUS

A Liturgia de hoje comemora várias realidades:

celebra-se a solenidade da MÃE DE DEUS - "Theotokos" - título atribuído no Concílio de Éfeso, em 431, que sublinha a natureza humana e divina de Cristo. A Virgem Maria é mãe de Deus feito homem;

celebra-se o DIA MUNDIAL DA PAZ - Em 1968, o papa Paulo VI quis que, neste dia, os cristãos rezassem pela paz;

celebra-se o PRIMEIRO DIA DO ANO CIVIL - é o início de uma caminhada que desejamos percorrer com a Bênção de Deus.

 

Na 1ªleitura (Num 6, 22-27) o autor sagrado sublinha a presença contínua de Deus na nossa caminhada. Trata-se de uma linda oração de Bênção do Antigo Testamento em que pedimos a proteção de Deus, para hoje, primeiro dia do ano, mas também para todos os outros dias do ano. 

“O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei».” 


Na 2ªleitura (Gl 4,4-7) S.Paulo afirma que Cristo vem ao mundo, nascido de uma Mulher, mas sendo “Filho de Deus”, Ele é o Único que pode, por direito de nascimento, chamar a Deus "Abá" (paizinho). A Sua missão é libertar os homens do jugo da Lei e de os tornar, n’Ele, "filhos" adotivos do Pai. Por isso, Maria é chamada verdadeiramente "Mãe de Deus", como o celebramos na festa de hoje. 

“Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.” 


No evangelho (Lc 2,16-21), em que Maria nos parece plenamente feliz, recebendo a visita dos pastores, S.Lucas apresenta Jesus como o Libertador, que veio ao mundo com uma mensagem de salvação para todos, especialmente para os pobres e marginalizados.

“Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.

A exemplo de MARIA, Mãe de Deus e Rainha da Paz, que eu aprenda a SEMEAR PAZ, ao redor de mim.

55º Dia Mundial da Paz - Ecclesia


Desejo a tdos "Um Feliz Ano Novo"

sábado, 25 de dezembro de 2021

  Ano C - 2021 

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

Ainda ontem celebrámos o Dia de Natal, por isso estamos em cheio na época natalícia, em que, de uma maneira geral, se procuram mais os valores da família. Talvez, também por isso, a Igreja, neste domingo, celebra a Festa da Sagrada Família. É uma ajuda preciosa, para nos centrarmos nos valores essenciais da família cristã, podermos “escutar”, “mergulhar”, um pouco, na vivência da “Família de Nazaré”, no seio da qual Jesus ia crescendo.


Na 1ªleitura (Sir 3, 3-7.14-17 a (gr. 2-6.12-14)) o profeta vai-nos fazendo perceber, através do cumprimento da Lei, que tal como Deus nos ama, também, em família, somos chamados a amar os pais e estes os seus filhos. No fundo, se tudo for como deve ser, trata-se de uma relação de amor vivencial entre todos os elementos da família, cada um na sua função. Somos desafiados a apontar, na vida familiar, para a medida alta do Amor de Deus por cada um de nós seus filhos, no Filho. A meta é esta: amar os outros perdidamente, infinitamente, em Jesus. É assim o amor de Deus por cada um de nós, logo é também assim que somos chamados a viver em família. 

“Deus quis honrar os pais nos filhos e firmou sobre eles a autoridade da mãe. Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados e acumula um tesouro quem honra sua mãe. Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será atendido na sua oração. Quem honra seu pai terá longa vida, e quem lhe obedece será o conforto de sua mãe. Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida. Se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes, tu que estás no vigor da vida, porque a tua caridade para com teu pai nunca será esquecida e converter-se-á em desconto dos teus pecados.” 


Na 2ªleitura (Col 3, 12-21) S.Paulo também recorre à Lei do Amor de Deus, para enumerar uma série de conselhos que devemos seguir nas relações familiares.

“Irmãos: Como eleitos de Deus, santos e prediletos, revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer vós também. Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados para formar um só corpo. E vivei em ação de graças. Habite em vós com abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão. E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus Pai. Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor. Maridos, amai as vossas esposas e não as trateis com aspereza. Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, não exaspereis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.”

No evangelho (Lc 2, 41-52) Jesus estende, tudo o que escutámos nas leituras anteriores, para lá da família mais restrita, de forma a relacionarmo-nos com todos aqueles com quem vivemos, convivemos, nos cruzamos, ou coexistimos, na mesma dimensão total e infinita do amor cristão: amar o próximo como Deus nos amou. A casa do Pai vai para além da família nuclear, ou alargada, do templo, do bairro, da cidade, do país, abrange todos. Deus ama a todos infinitamente e quer que todos saibam disto, quer chegar a ti, a mim, a toda a humanidade. Abramos o nosso coração de par em par, deixemo-nos amar por Deus.
“Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.”


Senhor, ensina-me a amar, ama em mim aqueles que pões no meu caminho.

Feliz Natal - 2021

 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021


No Natal, somos desafiados a contemplar, com alegria, o mistério do amor infinito de Deus por nós. Cristo, a Palavra de Deus, fez-se homem e veio habitar no meio de nós. Glória a Deus no alto dos céus e em toda a terra, hoje e sempre.


A 1ª leitura (Is 52,7-10), quando fala da alegria em Jerusalém, pela volta dos exilados, desperta, em todos nós, uma alegria imensa por podermos contemplar e celebrar o nascimento do “Menino”, o Filho de Deus, no presépio, que pode também ser o coração de cada um de nós. 

“Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa nova, que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é Rei». Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz. Todas juntas soltam brados de alegria, porque veem com os próprios olhos o Senhor que volta para Sião. Rompei todas em brados de alegria, ruínas de Jerusalém, porque o Senhor consola o seu povo, resgata Jerusalém. O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as nações e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.”


Na 2ªleitura (Hebr 1, 1-6) S.Paulo leva-nos a contemplar a forma como Deus se foi revelando através dos tempos. Centra-nos principalmente na revelação através de Jesus, o Seu filho muito amado, o Verbo que “tudo sustenta com a Sua palavra poderosa”. Contemplemos e adoremos, no presépio, o “Menino”, que verdadeiramente é o Filho Único de Deus. 

“Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo. Sendo o Filho esplendor da sua glória e imagem da sua substância, tudo sustenta com a sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da Majestade no alto dos Céus e ficou tanto acima dos Anjos quanto mais sublime que o deles é o nome que recebeu em herança. A qual dos Anjos, com efeito, disse Deus alguma vez: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»? E ainda: «Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»? E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O todos os Anjos de Deus».”


No Evangelho (Jo 1, 1-5.9-14) S.João introduz-nos na contemplação do mistério do Amor de Deus pelo género humano, por cada um de nós, através da Encarnação do Verbo. Ao contemplarmos o Menino Jesus, no presépio, deixamo-nos iluminar por Jesus, que é a Luz, escutamos o Verbo que se faz carne e veio fazer-se um, com cada um de nós e vamos percebendo, pouco a pouco, como somos amados infinitamente por Deus.  

“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.”

Glória a Deus no reino dos Céus e paz na terra aos homens por Ele amados.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

  Ano C - 2021 

Advento passo a passo - 27

27ºdia - 24/12/2021

Lc 1, 67-79

«E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à Sua frente a preparar os Seus caminhos, para dar a conhecer ao Seu povo a salvação, pela remissão dos pecados"»

O texto de Lucas apresenta a oração de louvor conhecida como “benedictus”, feita por Zacarias. Diz-se que Zacarias estava cheio do Espírito Santo, e proclamou as maravilhas realizadas por Deus, como Maria depois de receber a visita do anjo cantou o magnificat. O cântico de Zacarias pode dividir-se em duas partes, a primeira relata a promessa realizada por Deus na história do seu povo. A segunda refere a intervenção de João, seu filho, acabado de nascer, que vem para preparar os caminhos do Senhor e dar a conhecer a salvação que está a chegar, como o sol nascente que ilumina e domina as trevas.

Naquele tempo, Zacarias, pai de João Batista, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou dizendo: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que visitou e redimiu o seu povo e nos deu um salvador poderoso na casa de David, seu servo. Assim prometera desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos Profetas, que nos libertaria dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; que teria compaixão dos nossos pais, recordando a sua sagrada aliança e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai: que nos concederia a graça de O servirmos um dia sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos, para dar a conhecer ao seu povo a salvação, pela remissão dos pecados; graças ao coração misericordioso do nosso Deus, que das alturas nos visita como sol nascente, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz».

Senhor, o Teu Espírito me preenche e domina, me seduz e me revela o misterioso poder do Teu amor. O meu coração exulta e se alegra pela salvação que me ofereces e Te louva porque o fazes na simplicidade do nascimento de uma criança ou no nascer de um novo dia. Levanta, Senhor, os meus olhos porque se aproxima o novo dia.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 Ano C - 2021 

Advento passo a passo - 26 

26ºdia - 23/12/2021

Lc 1, 57-66

"«Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele." 

O evangelho relata o nascimento de João Batista e a manifestação de Deus nesse acontecimento tão normal e tão maravilhoso ao mesmo tempo. O nascimento de uma criança é algo natural mas sempre cheio do mistério da vida que não pode vir senão de Deus. O nascimento de João tornou-se ocasião para que todos se congratulassem e dessem glória a Deus.

Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela. Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas a mãe interveio e disse: «Não, ele vai chamar-se João». Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome». Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse. O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados. Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos. Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele. 

A Palavra de Deus revela-nos acontecimentos da vida de muitas pessoas em quem Deus se revelou de um modo especial, mas nas circunstâncias normais da vida. Os acontecimentos tornam-se tanto mais importantes quanto nos empenhamos neles e quanto mais os vivemos no nosso coração. Tudo o que nos toca fica envolvido pelo mistério do amor e da admiração. O nascimento de João é um desses acontecimentos que nos falam da intervenção de Deus na história dos homens muito para além do acontecimento real. Aquele nascimento não foi apenas alegria para a família, mas todo o povo se alegrou e esta alegria ultrapassou as montanhas geográficas e históricas e chegou aos nossos ouvidos para que nos alegremos por termos um Deus que se incomoda com a nossa libertação.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Ano C - 2021 

 Advento passo a passo - 25

25ºdia - 22/12/2021

Lc 1, 46-56

«O Todo Poderoso fez em mim maravilhas»

Maria era a toda revestida da Palavra de Deus. O Magnificat, o canto de Maria, é uma sucessão de realidades da Palavra, vividas por Maria, que transbordam espontaneamente de sua intimidade. Maria alimentava-se das Escrituras, daí o seu falar estar revestido da Palavra de Deus. “No cântico do Magnificat, cada pedaço de frase é um eco de algum passo da Bíblia… Nós vemos Maria tão penetrada pela Palavra de Deus que daí resulta o seu cântico de louvor. Não nos devemos admirar, portanto, com o facto de Deus na Anunciação lhe responder através do anjo do mesmo modo. À Virgem nutrida pelas Escrituras, o mensageiro divino fala a linguagem das Escrituras!” A Arca da Aliança encerra a lei. Maria continua em si o Evangelho. Maria introduz-nos no mistério de Deus e alimenta-nos com a Palavra que é o próprio Deus. Ela gera Jesus, a Palavra eterna. Maria é nossa mãe pela Palavra.

Naquele tempo, Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

A Tua Palavra,Senhor,inspira a minha oração. Preciso de Te escutar com mais atenção, com toda a força do meu coração e da minha alma, como Maria, para que a minha oração seja um cântico agradável que Tu acolhes como manifestação do meu amor por Ti. Ensina-me Senhor a escutar-Te para que as minhas palavras não sejam vazias.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Ano C - 2021 

Advento passo a passo - 24 

24ºdia - 21/12/2021

Lc 1, 39-45

«Chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação».

O segredo da vida do homem está nesta capacidade de escutar a saudação. Maria recebeu de Deus uma comunicação. José, no meio das suas dúvidas e incertezas, recebeu também uma palavra vinda do céu. Maria faz com que essa palavra divina chegue aos ouvidos de Isabel. A Palavra chegou até nós através de muitos homens e mulheres que, tendo acolhido a voz de Deus, a comunicaram a outros. Também nós podemos ouvir a voz desta saudação. A voz que nos transmite a Boa Notícia de Deus que nos vem salvar, em Cristo, o Emanuel, o Deus connosco. Escutando exultaremos de alegria.

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». 

A Tua voz, Senhor, ressoa no meu coração através de milhares de vozes que Te escutaram e escutam ainda hoje. Essas vozes chamam-me a estar atento para que a alegria da Tua passagem pela minha casa, a Tua visita à minha vida, seja motivo de grande alegria. Ensina-me, Senhor, esta atitude de Isabel, para não perder a oportunidade que me dás de acolher, em cada dia, a alegria da Tua palavra libertadora.

www.aliturgia.com

domingo, 19 de dezembro de 2021

Ano C - 2021 

Advento passo a passo - 23 

23ºdia - 20/12/2021

Lc 1, 26-38

« Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.»

O relato evangélico conta o anúncio do anjo que vem da parte de Deus “convidar” Maria para ser a mãe de Jesus. É um relato muito conhecido que pretende evidenciar a proposta de Deus, a relação de Jesus com David que o identifica com o Messias, a ação de Deus em Maria, através do Espírito Santo, que mostra a origem divina do Menino que vai nascer e a atitude de obediência de Maria diante da proposta de Deus.

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». 

Sinto, hoje, Senhor, que o meu coração quer ser como o de Maria e o de José que, ao escutarem a Tua palavra, mudaram as suas decisões e os seus desejos para fazer a Tua vontade e dar seguimento ao Teu projeto. Nem sempre me é fácil alterar a minha vontade, nem mudar a minha maneira de ver a vida. Nem sempre penso no que Tu queres e poucas vezes entendo que a Tua vontade é mais sensata que a minha. Ajuda-me, Senhor, a ver como Tu vês para não me perder nos labirintos da minha maneira de pensar.


sábado, 18 de dezembro de 2021

 IV DOMINGO DO ADVENTO 

Ano C - 2021/22 


Eis-nos chegados ao último domingo do Advento. Na liturgia, as leituras preparam-nos para o mistério que estamos prestes a celebrar: a vinda de Deus ao mundo, no Menino que está prestes a nascer, a fazer-Se um de nós, um connosco. Contudo, a figura central deste domingo é Maria, e o seu “Sim” a Deus e ao Seu projeto de Amor, de salvação da humanidade. Que Ela nos ensine a ter a mesma atitude: de confiança e entrega a Deus, em todas as situações da nossa vida; de acolhimento aos que fazem parte da nossa vida e de construtores da paz.


Na 1ªleitura (I Miq 5, 1-4a) o profeta projeta-nos para o ambiente de humildade em que nascerá o Salvador, o Menino Deus, o Príncipe da Paz. Peçamos ao Senhor um coração pobre e humilde, pronto a receber o “Menino”.

“Eis o que diz o Senhor: «De ti, Belém-Efratá, pequena entre as cidades de Judá, de ti sairá aquele que há de reinar sobre Israel. As suas origens remontam aos tempos de outrora, aos dias mais antigos. Por isso Deus os abandonará até à altura em que der à luz aquela que há de ser mãe. Então voltará para os filhos de Israel o resto dos seus irmãos. Ele se levantará para apascentar o seu rebanho pelo poder do Senhor, pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus. Viver-se-á em segurança, porque ele será exaltado até aos confins da terra. Ele será a paz».” 


Na 2ªleitura (Hebr 10, 5-10) há duas expressões que nos situam no essencial das leituras de hoje: “Eis-me aqui”; “Faça-se a Tua vontade”. Só, na medida em que nos deixarmos habitar por Jesus, aprenderemos d’Ele a entregarmo-nos assim a Deus.

“Irmãos: Ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.”

No evangelho (Lc 1, 39-45) S.Lucas dá-nos conta da forma como duas almas, totalmente entregues a Deus, se sentem em sintonia, se reconhecem no amor de Deus e cantam as maravilhas do Senhor. Louvemos nós também a Deus, pelas maravilhas que Ele operou em favor do Seu povo e continua a operar em favor da humanidade de hoje, como um todo, e de cada um de nós individualmente.

“Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».” 

Senhor, que o meu coração se abra sempre a Ti e deixe habitar por Ti. Vem, vem Senhor Jesus.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O primeiro presépio - Facebook da UASP

 O Natal franciscano, por Alfredo Monteiro

Admin 17/12/2021


Sentimos que o Natal está próximo. O tempo é de Paz e de fraternidade, do encontro de Deus connosco, que não quis ficar lá distante, e de nós com Deus. Apesar da pandemia, teimosa e agressiva, regressa a Esperança de caminharmos e estarmos juntos. Neste intenso itinerário do reencontro podemos construir horas de solidariedade e de partilha. Todos somos chamados a cuidar daqueles que o mundo esconde e esquece, escutando o clamor dos que mais sofrem. Assim, podemos ver o Menino Jesus no rosto dos pobres, dos enfermos, de todos os que necessitam de ajuda. A nossa proximidade, os nossos abraços solidários, as nossas ofertas ficarão gravadas na memória de todos os homens de boa vontade.

Diz-se, e bem, que o Natal é a festa da Família e a alegria das crianças que gostam de receber prendas e de admirar o encanto e a ternura do presépio. O Papa Francisco fala do Presépio “…como um Evangelho vivo. De modo particular, desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a “sentir”, a “tocar” a pobreza que escolheu, para si mesmo, o Filho de Deus na Sua encarnação…”

Deixem, então, que vos conte, caros leitores, a linda história do primeiro presépio. Para tal, consultei as “Fontes Franciscanas”, Tomás de Celano, biógrafo de Francisco de Assis. Na aldeia de Grécio, na véspera de Natal, noite de 24 de Dezembro de 1223, Francisco viveu de modo admirável o nascimento do Menino. Quis celebrar a missa, numa gruta,  simbolizando o mais real possível o nascimento de Jesus em Belém. Descobriu essa gruta na floresta de Grécio. Então, colocou no seu interior um jumento e um boi e espalhou feno no chão onde reclinou a imagem do Menino Jesus. De cada lado do berço ficaram  as imagens de Maria e José. Neste ambiente de encanto e de ternura ergueu o altar para a santa missa que tanto desejava. Deste modo, ali se honrou e exaltou a pobreza e se elogiou a humildade. Neste cenário natural, de alegria e simplicidade franciscana, revivendo o Natal de Belém, participaram os pastores, os frades, chamados de muitos lugares, o povo e os senhores da região. Com velas e tochas iluminou a noite. O bosque fez ressoar as vozes e as rochas responderam aos que se rejubilaram. Os irmãos cantaram, rendendo os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira dançou de júbilo. Francisco contemplava o presépio e suspirava cheio de piedade e de alegria. E, assim, de Grécio se fez uma nova Belém! No fim desta maravilhosa celebração, Francisco, sentindo e vivendo a perfeita alegria, falou a todos…

Conhecendo, agora, a graça das origens, neste Natal construamos, também, o nosso Presépio, como lugar de encontro familiar. Habituei-me, desde há muitos anos, a deslocar-me, com tempo, à minha aldeia, lá distante, entre o Minho e Trás-os-Montes, e aí colher, nas fragas da tapada, o musgo com que construímos o presépio da família. As figuras artesanais que o animam são muito antigas, uma herança valiosa dos nossos antepassados!

Como afirmei  no início desta mensagem natalícia, no Natal celebramos, também, a festa da família com a alegria das crianças. Da nossa cultura e tradição cristã recebemos o Presépio com o Menino Jesus e não o Pai Natal, vindo do frio nórdico da Lapónia, puxado por renas. Assim, deixo aos mais pequenos, como prenda simbólica, esta minha quadra:

…Dos pequeninos a Fé

É do tamanho do Céu,

Procuram na chaminé

O que o Menino Jesus lhes deu…

Alfredo Monteiro (AAAFranciscanos)

 Ano C - 2021

Advento passo a passo - 21 

21ºdia - 18/12/2021

Mt 1, 18-25

« Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados» 

Na sequência da genealogia de Jesus apresentada por Mateus, no evangelho de ontem, surge,hoje, a informação sobre o nascimento de Jesus a partir da situação de José. De facto o autor começa por nos dar uma indicação importante que é desconhecida de José: Maria, sua esposa, está grávida por virtude do Espírito Santo. O desconhecimento de José, perante a gravidez de Maria, leva-o a querer repudiá-la. Mateus, entende que José não pode estar fora do acontecimento salvífico do nascimento do Salvador e oferece-nos o anúncio feito pelo anjo, a José, durante o sono. Perante a revelação do anjo, José responde com um sim e faz tudo quanto o anjo lhe tinha ordenado, cumprindo-se, assim, a profecia.

"O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa." 

Conhecer a tua vontade e saber que és o Deus que vem ao meu encontro exige de mim uma resposta como a de José. A vida mostra-me tantas situações que classifico de impossíveis, limitadoras, destruidoras da minha vontade de responder com grandeza de alma e generosidade. Na Tua Palavra mostras que nada acontece por acaso. Em todas as coisas se oculta a presença do Teu Espírito que faz acontecer a vida e vida que é salvação para mim e para todos. 

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

 Ano C - 2021

Advento passo a passo - 20 

20ºdia - 17/12/2021

Mt 1, 1-17

Genealogia de Jesus...

O Evangelho de Mateus oferece-nos a genealogia de Jesus, num texto que, à primeira vista, parece não ter nada de interessante. São nomes atrás de nomes. Mas esta sequência mostra-nos que o Filho de Deus entra na história como lugar onde Deus salva os homens. Deus faz história com pessoas concretas. Esta genealogia está construída com nomes que identificam pessoas, que se esforçaram por corresponder ao projeto de salvação de Deus. Por elas passou de geração para geração a promessa de Deus realizada em Jesus. Estas pessoas, apesar de serem pecadoras, como todos os homens, foram instrumentos de Deus para construir a esperança na fidelidade de Deus. 

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações. 

Faz-me compreender, Senhor, que também por mim passa a responsabilidade de comunicar, pelo testemunho na vida, a todos os que colocas no meu caminho, a Tua mensagem de Amor. Que a minha fragilidade não seja obstáculo para que outros Te conheçam e Te amem.