SEXTA-FEIRA DA SEMANA SANTA
CELEBRAÇÃO
DA PAIXÃO DO SENHOR
Depois de vivenciarmos, num ambiente
de agradecimento, alegria e louvor, a celebração da instituição da Eucaristia,
entrámos num tempo de reflexão e recolhimento, de meditação e de contemplação do
imenso, infinito e contínuo Amor de Deus por todos e por cada um de nós, manifestado
na entrega total de Jesus Cristo, o Messias, na Cruz, por amor ao Pai e para salvação
da humanidade.
As leituras da celebração da Paixão
do Senhor centram-nos, e ao mesmo tempo, projetam-nos para o mistério do
sofrimento e morte de Jesus, não de uma forma derrotista e desesperada, mas
numa certeza de resposta do Filho ao Pai, numa adesão total, numa confiança sem
limites e na entrega redentora do Inocente, sem mácula, nem mancha, em favor,
ou melhor, para salvação, dos pecadores, isto é, de cada um de nós. Jesus, na
Cruz, qual cordeiro imolado, assumiu os nossos pecados, libertou-nos, branqueou
as nossas vestes com o Seu sangue e restitui-nos a vida, resgatou-nos para Deus.
Neste momento se, por um lado, contemplamos uma intimidade total de Jesus com o
Pai, pelo outro somos inundados pelo Amor infinito que tem por cada um de nós,
na certeza de que venceu a morte e vive no coração de todo o que O procura de
coração sincero e a Ele se abre. Como nos amas Senhor, Tu que nos conheces no
mais íntimo de nós mesmos e sabes do que somos capazes, por nós foste submetido
ao maior dos suplícios, a morte de Cruz, e tudo suportaste como cordeiro levado
ao matadouro. Não há palavras que consigam explicar esta loucura do Amor de
Deus, por cada um de nós, tal qual é! Obrigada meu Senhor e meu Deus. Bendito e
louvado sejas Senhor hoje e sempre pelos séculos sem fim. Ámen.
1ª Leitura (Is 52, 13 – 53, 12)
“Vede como vai prosperar o meu servo: subirá,
elevar-se-á, será exaltado. Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto
– tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um
ser humano – assim se hão de encher de assombro muitas nações e, diante dele,
os reis ficarão calados, porque hão de ver o que nunca lhes tinham contado e
observar o que nunca tinham ouvido. Quem acreditou no que ouvimos dizer? A quem
se revelou o braço do Senhor? O meu servo cresceu diante do Senhor como um
rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o
nosso olhar, nem aspeto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e repelido
pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era como aquele de quem
se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós. Ele suportou as
nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. Mas nós víamos nele um
homem castigado, ferido por Deus e humilhado. Ele foi trespassado por causa das
nossas culpas e esmagado por causa das nossas iniquidades. Caiu sobre ele o
castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos curados. Todos nós, como
ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu caminho. E o Senhor fez
cair sobre ele as faltas de todos nós. Maltratado, humilhou-se voluntariamente
e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante
aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi eliminado por sentença
iníqua, mas quem se preocupa com a sua sorte? Foi arrancado da terra dos vivos
e ferido de morte pelos pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os
ímpios e um túmulo no meio de malfeitores, embora não tivesse cometido
injustiça, nem se tivesse encontrado mentira na sua boca. Aprouve ao Senhor
esmagar o seu servo pelo sofrimento. Mas se oferecer a sua vida como sacrifício
de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias e a obra do
Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará
saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará
sobre si as suas iniquidades. Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e
terá parte nos despojos no meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a
sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas
das multidões e intercedeu pelos pecadores.”
SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23, 46)
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Tornei-me o escárnio dos meus inimigos,
o desprezo dos meus vizinhos
e o terror dos meus conhecidos:
todos evitam passar por mim.
Esqueceram-me como se fosse um morto,
tornei-me como um objeto abandonado.
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor.
2ªLeitura (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9)
“Irmãos:
Tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus,
permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo
sacerdote incapaz de Se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele
mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado. Vamos,
portanto, cheios de confiança, ao trono da graça, a fim de alcançarmos
misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno. Nos dias da sua vida
mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele
que O podia livrar da morte, e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de
ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento. E, tendo atingido a sua
plenitude, tornou-Se, para todos os que Lhe obedecem, causa de salvação eterna.”
EVANGELHO (Jo 18, 1-19, 42)
“Naquele tempo, Jesus saiu com os seus discípulos para o
outro lado da torrente do Cedron. Havia lá um jardim, onde Ele entrou com
os seus discípulos. Judas, que O ia entregar, conhecia também o
local, porque Jesus Se reunira lá
muitas vezes com os discípulos. Tomando consigo uma companhia de
soldados e alguns guardas, enviados pelos príncipes dos sacerdotes e
pelos fariseus, Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas. Sabendo
Jesus tudo o que Lhe ia acontecer, adiantou-Se e perguntou-lhes:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam-Lhe:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Jesus
disse-lhes:
J «Sou Eu».
N Judas, que O ia entregar, também estava com eles. Quando
Jesus lhes disse: «Sou Eu», recuaram e caíram por terra. Jesus
perguntou-lhes novamente:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Disse-lhes Jesus:
J «Já vos
disse que sou Eu. Por isso, se é a Mim que buscais, deixai que estes
se retirem».
N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha
dito: «Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo
sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco.
Mas Jesus disse a Pedro:
J «Mete a tua espada na bainha. Não hei de
beber o cálice que meu Pai Me deu?».
N Então, a companhia de
soldados, o oficial e os guardas dos judeus apoderaram-se de Jesus e
manietaram-n’O. Levaram-n’O primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo
sacerdote nesse ano. Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos
judeus: «Convém que morra um só homem pelo povo».
Entretanto, Simão Pedro seguia
Jesus com outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do sumo
sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto
Pedro ficava à porta, do lado de fora. Então o outro discípulo, conhecido do sumo
sacerdote, falou à porteira e levou Pedro para dentro. A porteira disse a Pedro:
R «Tu não és dos discípulos desse
homem?».
N Ele respondeu:
R «Não sou».
N Estavam ali presentes os servos e
os guardas, que, por causa do frio, tinham acendido um
braseiro e se aqueciam.
Pedro também se encontrava com eles a
aquecer-se.
Entretanto, o sumo sacerdote interrogou
Jesus acerca dos seus discípulos e da sua
doutrina. Jesus respondeu-lhe:
J «Falei abertamente ao mundo. Sempre
ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e
não disse nada em segredo. Porque Me interrogas? Pergunta aos que Me
ouviram o que lhes disse: eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
N A estas palavras, um dos guardas
que estava ali presente deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Se falei mal, mostra-Me em
quê. Mas, se falei bem, porque Me bates?».
N Então Anás mandou Jesus
manietado ao sumo sacerdote Caifás.
Simão Pedro continuava ali a
aquecer-se.Disseram-lhe então:
R «Tu não és também um dos seus discípulos?».
N Ele negou, dizendo:
R «Não sou».
N Replicou um dos servos do sumo
sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
R «Então eu não te vi com Ele no
jardim?».
N Pedro negou novamente, e logo
um galo cantou.
Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao
Pretório. Era de manhã cedo. Eles não entraram no
pretório, para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa. Pilatos veio cá fora ter com eles e
perguntou-lhes:
R «Que acusação trazeis contra este homem?».
N Eles responderam-lhe:
R «Se não fosse malfeitor, não t’O
entregávamos».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós próprios, e julgai-O
segundo a vossa lei».
N Os judeus responderam:
R «Não nos é permitido dar a morte a
ninguém».
N Assim se cumpriam as palavras que
Jesus tinha dito, ao indicar de que morte ia morrer.
Entretanto, Pilatos entrou novamente
no pretório, chamou Jesus e
perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É por ti que o dizes, ou
foram outros que to disseram de Mim?».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Porventura sou eu judeu?O teu povo
e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a Mim. Que fizeste?».
N Jesus respondeu:
J «O meu reino não é deste
mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas
o meu reino não é daqui».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Então, Tu és Rei?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É como dizes: sou Rei. Para
isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele
que é da verdade escuta a minha voz».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Que é a verdade?».
N Dito isto, saiu novamente para fora
e declarou aos judeus:
R «Não encontro neste homem culpa nenhuma. Mas
vós estais habituados a que eu vos solte alguém pela Páscoa. Quereis
que vos solte o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Esse não. Antes Barrabás».
N Barrabás era um salteador.
Então Pilatos mandou que levassem
Jesus e O açoitassem. Os soldados teceram uma coroa de
espinhos, colocaram-Lha na cabeça e envolveram Jesus num manto de
púrpura. Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
R «Salve, Rei dos judeus».
N E davam-Lhe bofetadas.
Pilatos saiu novamente para fora e
disse:
R «Eu vo-l’O trago aqui fora, para
saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».
N Jesus saiu, trazendo a coroa
de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes:
R «Eis o homem».
N Quando viram Jesus, os
príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós mesmos e
crucificai-O, que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
N Responderam-lhe os judeus:
R «Nós temos uma lei e, segundo
a nossa lei, deve morrer, porque Se fez Filho de Deus».
N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado. Voltou
a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
R «Donde és Tu?».
N Mas Jesus não lhe deu resposta.
Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não me falas? Não sabes que tenho
poder para Te soltar e para Te
crucificar?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Nenhum poder terias sobre
Mim, se não te fosse dado do alto. Por isso, quem Me entregou a ti
tem maior pecado».
N A partir de então, Pilatos
procurava libertar Jesus. Mas os judeus gritavam:
R «Se O libertares, não és amigo de
César: todo aquele que se faz rei é contra César».
N Ao ouvir estas palavras, Pilatos
trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado
«Lagedo», em hebraico «Gabatá».
Era a Preparação da Páscoa, por volta
do meio-dia. Disse então aos judeus:
R «Eis o vosso Rei!».
N Mas eles gritaram:
R «À morte, à morte! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».
N Replicaram-lhe os príncipes dos
sacerdotes:
R «Não temos outro rei senão César».
N Entregou-lhes então Jesus, para ser
crucificado.E eles apoderaram-se de Jesus. Levando
a cruz, Jesus saiu para o chamado Lugar do
Calvário, que em hebraico se diz Gólgota. Ali O crucificaram, e com
Ele mais dois: um de cada lado e Jesus no meio.
Pilatos escreveu ainda um letreiro e colocou-o
no alto da cruz; nele estava escrito: «Jesus, o Nazareno, Rei dos
judeus». Muitos judeus leram esse letreiro, porque o lugar onde Jesus tinha sido
crucificado era perto da cidade. Estava escrito em hebraico, grego e
latim. Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
R «Não escrevas: ‘Rei dos
judeus’, mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’».
N Pilatos retorquiu:
R «O que escrevi está escrito».
N Quando crucificaram Jesus, os
soldados tomaram as suas vestes, das quais fizeram quatro lotes, um para
cada soldado, e ficaram também com a túnica. A túnica não tinha
costura: era tecida de alto a baixo como um todo. Disseram uns aos
outros:
R «Não a rasguemos, mas lancemos
sortes, para ver de quem será».
N Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram
entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica». Foi
o que fizeram os soldados.
Estavam junto à cruz de Jesus sua
Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao
ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe:
J «Mulher, eis o teu filho».
N Depois disse ao discípulo:
J «Eis a tua Mãe».
N E a partir daquela hora, o
discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava
consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse:
J «Tenho sede».
N Estava ali um vaso cheio de
vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e
levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
J «Tudo está consumado».
N E, inclinando a cabeça, expirou.
N Por ser a Preparação, e para que os
corpos não ficassem na cruz durante o sábado, – era um grande dia aquele sábado – os
judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem
retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois
ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O
já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe
o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que
dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a
verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se
cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso Lhe será quebrado». Diz
ainda outra passagem da Escritura: «Hão de olhar para Aquele que
trespassaram». Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de
Jesus, embora oculto por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos
para levar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu-lho. José veio então
tirar o corpo de Jesus. Veio também Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao
encontro de Jesus. Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e
aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com os
perfumes, como é costume sepultar entre os judeus.
No local em que Jesus tinha sido
crucificado, havia um jardim e, no jardim, um sepulcro
novo, no qual ainda ninguém fora sepultado. Foi aí que, por causa da Preparação dos
judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram
Jesus."
ORAÇÃO UNIVERSAL
I.
Pela santa Igreja
Oremos, irmãos caríssimos, pela santa Igreja de Deus, para que o
Senhor lhe dê a paz, a confirme na unidade e a proteja em toda a
terra,
e a todos nós conceda uma vida calma e tranquila, para
glória de Deus Pai todo-poderoso.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que em Jesus Cristo
revelastes a vossa glória a todos os povos da terra, protegei a obra da vossa
misericórdia, para que a Igreja, dispersa por todo o mundo, persevere firme na
fé para dar testemunho do vosso nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
II. Pelo Papa
Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa N.,
para que Deus nosso Senhor, que o elevou ao
episcopado, o conserve e defenda na sua Igreja
para governar o povo santo de Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que tudo governais
com sabedoria, atendei favoravelmente as nossas súplicas e, por vossa bondade,
protegei o Pastor que escolhestes para a vossa Igreja, a fim de que o povo
cristão, governado por Vós sob a direção do Sumo Pontífice, progrida sempre na
fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
III. Por todos os ministros e pelos fiéis
Oremos pelo nosso Bispo N.
e por todos os bispos, presbíteros e
diáconos,
pelos que exercem na Igreja algum
ministério
e por todo o povo de Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, cujo Espírito
santifica e governa todo o corpo da Igreja, ouvi as súplicas que Vos dirigimos
por todos os membros da comunidade cristã, e fazei que, ajudados pela vossa
graça, todos Vos sirvam com fidelidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
IV. Pelo catecúmenos
Oremos pelos (nossos) catecúmenos,
para que Deus nosso Senhor os ilumine
interiormente e lhes abra as portas da sua misericórdia, de modo que,
recebendo o perdão de todos os seus pecados pela água regeneradora do Batismo, sejam
incorporados em Jesus Cristo Nosso Senhor.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que dais
continuamente novos filhos à vossa Igreja, aumentai a fé e a sabedoria dos
(nossos) catecúmenos, de modo que, renascendo na fonte baptismal, sejam
contados entre os vossos filhos de adopção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
V. Pela unidade dos cristãos
Oremos por todos os nossos irmãos que creem em Cristo, para que Deus
nosso Senhor lhes dê a graça de viverem a verdade em suas obras
e os reúna e guarde na unidade da sua
Igreja.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que reunis os vossos
fiéis dispersos e os conservais na unidade, olhai propício para todo o povo de
Cristo, para que vivam unidos pela integridade da fé e pelo vínculo da caridade
todos aqueles que foram consagrados pelo mesmo Batismo. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
VI. Pelos judeus
Oremos pelo povo judeu, para que Deus nosso Senhor, que falou aos
seus pais pelos antigos Profetas, o faça progredir no amor do seu
nome
e na fidelidade à sua aliança.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que confiastes as
vossas promessas a Abraão e à sua descendência, atendei com bondade as preces
da vossa Igreja, para que o povo da primeira aliança alcance a plenitude da
redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
VII. Pelos que não creem em Cristo
Oremos pelos que não creem em Cristo,
para que, iluminados pelo Espírito Santo,
possam também eles encontrar o caminho da
salvação.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, concedei aos que não
creem em Cristo que vivam de coração sincero na vossa presença, a fim de
encontrarem a verdade, e a nós, vossos filhos, concedei também a graça de
entrar profundamente no mistério de Cristo e de o viver fielmente na união da
fraterna caridade, para darmos ao mundo o testemunho perfeito do vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
VIII. Pelos que não creem em Deus
Oremos pelos que não creem em Deus,
para que, pela retidão e sinceridade da sua
vida,
cheguem ao conhecimento do verdadeiro
Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, que criastes os
homens para que Vos procurem, de modo que só em Vós descanse o seu coração,
concedei-lhes que, no meio das suas dificuldades, compreendendo os sinais do
vosso amor e o testemunho dos crentes, todos se alegrem de Vos conhecer como
único Deus verdadeiro e Pai de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
IX. Pelos governantes
Oremos pelos governantes de todas as nações,
para que Deus nosso Senhor dirija a sua mente e
o seu coração segundo a sua vontade, para buscarem sempre a
verdadeira paz e a liberdade de todos os povos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote
diz:
Deus eterno e omnipotente, em cujas mãos estão
os corações dos homens e os direitos dos povos, assisti os nossos governantes,
para que, com o vosso auxílio, se fortaleça em toda a terra a prosperidade das
nações, a segurança da paz e a liberdade religiosa. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
X. Pelos atribulados
Oremos, irmãos, a Deus Pai todo-poderoso,
para que livre o mundo de todos os erros,
afaste as doenças e a fome em toda a
terra,
abra as portas das prisões e liberte os
oprimidos,
proteja os que viajam e reconduza ao seu
lar os emigrantes e os desterrados, dê saúde aos enfermos e a salvação aos
moribundos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, consolação dos
tristes e fortaleza dos que sofrem, ouvi as súplicas dos que Vos invocam nas
tribulações, para que todos tenham a alegria de encontrar em suas dificuldades
o auxílio da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus eterno e omnipotente, que nos renovastes pela gloriosa morte e
ressurreição de Cristo, confirmai em nós a obra da vossa misericórdia, a fim de
que, pela comunhão neste mistério, Vos consagremos toda a nossa vida. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
ORAÇÃO SOBRE O POVO
Derramai, Senhor, a vossa bênção sobre este povo que celebrou a morte do
vosso Filho na esperança da Sua ressurreição; concedei-lhe o perdão e o
conforto, aumentai a sua fé e confirmai-o na esperança da salvação eterna. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.