Na festa dos dois Apóstolos desta cidade, gostaria de partilhar convosco duas palavras-chave: unidade e profecia.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Na festa dos dois Apóstolos desta cidade, gostaria de partilhar convosco duas palavras-chave: unidade e profecia.
sábado, 27 de junho de 2020
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Nascimento de S.João Batitsta
“Que o seu exemplo, como também o do rei Davi – dois homens que viveram a profecia e que souberam indicar onde estava o verdadeiro Deus - , sejam um estímulo para a nossa vida, para que busquemos a amizade de Deus através da oração e que o nosso exemplo possa ajudar a levar Deus aos homens e os homens a Deus.”
Papa Francisco -24/06/2020
Igreja de S.João Batista - Porto de Mós |
sábado, 20 de junho de 2020
Sagrado Coração de Jesus
sábado, 13 de junho de 2020
quarta-feira, 10 de junho de 2020
Festividade do Corpo de Deus
A semana X do tempo comum, este ano, é especial, pois começámo-la com a solenidade da Santíssima Trindade e agora, mais ou menos a meio, celebramos outra solenidade igualmente forte e fundamental para nós cristãos, a do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus, popularmente designada por “Festividade do Corpo de Deus”. É verdade que, devido à situação pandémica que ainda vivemos, não se realizará a tradicional procissão pelas ruas da cidade centro da nossa diocese, mas, depois dos tempos em que estivemos privados da celebração presencial da Eucaristia, o nosso coração sente de forma mais intensa e profunda a força, a presença vital do Mistério de Jesus Eucarístico na nossa vida. Nunca agradeceremos o suficiente a Deus por este mistério insondável do Seu Amor, presente, vivo no meio de nós, que é a celebração de cada Eucaristia.
“Moisés falou ao povo, dizendo: «Recorda-te de todo o caminho que o Senhor teu Deus te fez percorrer durante quarenta anos no deserto, para te atribular e pôr à prova, a fim de conhecer o íntimo do teu coração e verificar se guardarias ou não os seus mandamentos. Atribulou-te e fez-te passar fome, mas deu-te a comer o maná que não conhecias nem teus pais haviam conhecido, para te fazer compreender que o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor. Não te esqueças do Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egipto, da casa de escravidão, e te conduziu através do imenso e temível deserto, entre serpentes venenosas e escorpiões, terreno árido e sem águas. Foi Ele quem, da rocha dura, fez nascer água para ti e, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido».”
Na 2ªleitura (1 Cor 10, 16-17) S. Paulo, de uma forma muito clara, interpela-nos sobre a forma como vivemos, na vida, a comunhão no Corpo e Sangue de Jesus. Afinal, se o Pão que comungamos, é um só, porque será que não formamos um só Corpo, em Cristo Jesus?! Divino Espírito Santo inunda todo o nosso ser e ilumina-nos para que, radicados e alimentados por Jesus, caminhemos para a unidade do Povo de Deus.
“Irmãos: Não é o cálice de bênção que abençoamos a
comunhão com o Sangue de Cristo? Não é o pão que partimos a comunhão com o
Corpo de Cristo? Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos
um só corpo, porque participamos do mesmo pão.”
Para melhor interiorizar o evangelho de hoje (Jo 6, 51-58), recorro à ajuda do Papa Francisco, que disse, numa das suas catequeses sobre a Eucaristia:
“Na Missa, Palavra e Pão tornam-se uma coisa só, como na Última Ceia,
quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que Ele tinha realizado, se
condensaram no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antecipação do
sacrifício da cruz, e naquelas palavras: «Tomai e comei, isto é o meu corpo…
Tomai e bebei, isto é o meu sangue».
O gesto levado a cabo por Jesus na Última Ceia é a extrema ação de graças
ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. Em grego, «ação de graças» diz-se
«eucaristia». É por isso que o Sacramento se chama Eucaristia: é a suprema ação
de graças ao Pai, o qual nos amou a tal ponto que nos ofereceu o seu Filho por
amor. Eis por que motivo o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é de
Deus e ao mesmo tempo do homem, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem.
Por conseguinte, a celebração eucarística é muito mais do que um simples
banquete: é precisamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério fulcral da
salvação. «Memorial» não significa apenas uma recordação, uma simples
lembrança, mas quer dizer que cada vez que nós celebramos este Sacramento
participamos no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo. A Eucaristia constitui o apogeu da obra de salvação de Deus:
com efeito, fazendo-se pão partido para nós, o Senhor Jesus derrama sobre nós
toda a sua misericórdia e todo o seu amor, a ponto de renovar o nosso coração,
a nossa existência e o nosso próprio modo de nos relacionarmos com Ele e com os
irmãos. É por isso que geralmente, quando nos aproximamos deste
Sacramento, dizemos que «recebemos a Comunhão», que «fazemos a Comunhão»: isto
significa que, no poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística
nos conforma com Cristo de modo singular e profundo, levando-nos a prelibar
desde já a plena comunhão com o Pai, que caracterizará o banquete celestial,
onde juntamente com todos os Santos teremos a felicidade de contemplar Deus
face a face.
(…)
Ali, é Cristo quem age, Cristo sobre o altar! É um dom de Cristo, que se
torna presente e nos reúne ao redor de Si, para nos alimentar com a sua Palavra
e a sua vida. Isto significa que a própria missão e identidade da Igreja
derivam dali, da Eucaristia, e ali sempre adquirem forma. Uma celebração pode
até ser impecável sob o ponto de vista exterior, maravilhosa, mas se não nos levar ao encontro com Jesus corre o risco de
não oferecer alimento algum ao nosso coração e à nossa vida. Através da
Eucaristia, ao contrário, Cristo quer entrar na nossa existência e permeá-la
com a sua graça, de tal modo que em cada comunidade cristã haja coerência entre
liturgia e vida.
O coração transborda de confiança e de esperança, pensando nas palavras de Jesus, citadas no Evangelho: «Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Vivamos a Eucaristia com espírito de fé, de oração, de perdão, de penitência, de júbilo comunitário, de solicitude pelos necessitados e pelas carências de numerosos irmãos e irmãs, na certeza de que o Senhor cumprirá aquilo que nos prometeu: a vida eterna. Assim seja!
“Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão
vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu
hei de dar é a minha Carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus
discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua Carne a comer?». Jesus
disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a Carne do Filho
do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a
minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no
último dia. A minha Carne é verdadeira comida e o meu Sangue é verdadeira
bebida. Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me
come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os
vossos pais comeram, e morreram; quem comer deste pão viverá eternamente».”
terça-feira, 9 de junho de 2020
Mensagem do Bispo da Diocese de Leiria Fátima
Mensagem do Bispo de Leiria-Fátima por ocasião
da retoma das celebrações comunitárias presenciais da Santa Missa
Caros diocesanos: fiéis leigos, religiosas e religiosos e sacerdotes,
Saúdo-vos com alegria nesta ocasião de retoma das
celebrações comunitárias da Santa Missa. De facto, é um momento muito esperado
da alegria do reencontro dos fiéis como povo de Deus unido e reunido à volta da
mesa do Senhor a celebrar a Eucaristia. Acontece numa
festa muito significativa para a vida da Igreja, o Pentecostes, que encerra o
tempo pascal.
Como o Senhor ressuscitado enviou o Espírito Santo, e os
discípulos ficaram cheios de sabedoria e coragem para comunicar a todos a vida nova do Evangelho, assim suceda para nós nesta
ocasião. Como após o inverno vem a primavera, e a vida, antes escondida e
contida, desponta e floresce, assim agora nós, pelo sopro do Espírito, possamos
experimentar a revitalização da fé e vida cristã
pessoal, familiar e comunitária, saboreando a alegria do reencontro “reunidos
no amor de Cristo” para celebrar a sua presença viva no meio de nós.
Agradeço todo o vosso esforço, sacrifícios e testemunho de
fé, neste tempo de confinamento e de ausência de
celebrações comunitárias. Sei que custou muito, mas também que houve quem
crescesse na fé utilizando os recursos oferecidos nos meios de comunicação
digital. Houve famílias que redescobriram a graça de serem “Igrejas domésticas”
e puderam aprofundá-la. Espero que toda vida cristã,
que foi provada e cresceu, se mantenha e desenvolva agora com maior apoio e
comunhão da comunidade cristã.
Embora com as devidas cautelas e movidos pelo amor aos
outros, para nos protegermos mutuamente, aproximemo-nos das nossas igrejas com confiança e sem medo. Os pastores, com os
respetivos colaboradores, foram cuidadosos na preparação das condições para
evitar contágios com o vírus nas nossas assembleias. Se alguma coisa aprendemos
nesta dolorosa experiência, é que todos precisamos de
todos para nos protegermos e cuidarmos. Assim é também nas comunidades cristãs,
não apenas para a saúde, mas também para o cuidado dos mais pobres e
fragilizados e para crescermos juntos como família cristã chamada a viver e a
dar testemunho da “alegria do Evangelho”.
Nestas celebrações comunitárias, louvemos e agradeçamos a
Deus por quanto fez por nós neste tempo de aflição, pela generosidade e
fortaleza com que dotou os profissionais de saúde, as autoridades de saúde e de
segurança públicas e muitas outras pessoas que
serviram heroicamente o seu próximo com o seu trabalho e cuidados. Peçamos a
graça de Deus para quem sofreu doenças ou a morte de familiares e amigos, para
que dele recebam o necessário conforto. Confiemos à misericórdia divina todos os defuntos.
Imploremos de Nossa Senhora de Fátima, mãe de misericórdia
e auxílio dos cristãos, o seu amparo e inspiração nesta nova fase da nossa
caminhada humana e cristã.
Leiria, 29 de maio de 2020.
† Cardeal António Marto, Bispo de Leiria-Fátima