terça-feira, 19 de março de 2024

   QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B

31º Dia – Quarta-feira V – 20/03/2024

«Se permanecerdes na minha Palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará»

Evangelho  Jo 8, 31-42

É interessante esta parte do evangelho de João. Começa por dizer que Jesus fala com os que tinham acreditado nele e depois apresenta um diálogo difícil que vai acabar mal, como veremos nos dias seguintes. O grupo dos que acreditam transforma-se em grupo opositor. Tinham acreditado, mas já não acreditam. Desiludiram-se com alguma coisa que Jesus fez ou talvez porque não fez, com algo que ele disse ou não disse. No diálogo Jesus fala-lhes da liberdade e da escravatura. O pecado escraviza e a verdade liberta. Liberta-se aquele que acolhe a sua palavra, conhece a verdade e torna-se seu discípulo. Conhecer a verdade é pertencer a Deus, experimentar a obediência e a fidelidade. Os que não pertencem a Deus querem matar Jesus.

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“Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham acreditado n’Ele: «Se permanecerdes na minha Palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará». Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que Tu dizes: ‘Ficareis livres’?» Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Todo aquele que comete o pecado é escravo. Ora o escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre. Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai». Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão não procedeu assim. Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos ilegítimos; só temos um pai, que é Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de Deus e d’Ele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou».

Convencido da minha verdade, tomo a atitude radical de matar aquele que é a verdade e termino na escravatura de mim mesmo, do meu pecado. A proposta de libertação, feita por Jesus, choca com a minha visão, com os meus princípios, as minhas ideias e as minhas tradições. Sou tentado aceitar a palavra se ela não questionar os meus princípios, as minhas ideias, os meus hábitos e as minhas tradições. Deixar-me libertar implica abrir o coração à palavra para que, permanecendo em mim, me transforme pouco a pouco em discípulo de Cristo.

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O desejo de ser livre está no mais íntimo de cada ser humano. O encontro e a aceitação da verdade tornam a pessoa livre. Jesus apresenta-se como a verdade que devolverá a cada um de nós a possibilidade de ser livre, que é condição dos filhos de Deus.

A adesão a Jesus não é feita somente de palavras. Ela exige prática, que pressupõe uma rutura com o que não está ao serviço da vida.

O quarto evangelho, o de João, fala frequentemente dos judeus que acreditam em Jesus e da multidão que O segue. Muitos acreditam nele. Na sua maioria, são pessoas entusiasmadas com Jesus e com o movimento criado em torno da Sua pessoa. O entusiasmo inicial é, quase sempre fácil, mas permanecer, ser fiel, exige muito mais, pois é preciso ir além dos primeiros entusiamos, perseverar  e ser resiliente, como agora se diz, o que nem sempre é fácil.

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Pai-Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen.

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