QUARESMA PASSO A PASSO
2024 - Ano B
25º Dia – Quarta-feira IV – 13/03/2024
«O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai;
«e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.»;
«Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz»
Evangelho Jo 5, 17-30
Jesus
vê-se rejeitado pelos judeus por causa de violar o sábado e por se fazer igual
a Deus. Por essa razão faz este discurso que vai até ao versículo 47. Hoje
lemos apenas de 19 a 30. Ele reconhece diante de todos a Sua relação íntima com
Deus. O Pai fê-lo participante da Sua intimidade, do Seu poder e deu-Lhe a
possibilidade de conceder ou recusar ao homem a vida íntima de Deus que Ele
partilha com o Pai. Chegou a hora de os mortos ouvirem e, pela palavra
proclamada, os que escutarem viverão. Não deixa de ser interessante que Jesus
fale primeiro dos mortos e depois dos que estão nos sepulcros. Para os
primeiros a hora já chegou e eles podem recusar ouvir, mas os que estão no
sepulcro ainda aguardam a chegada da hora e todos ouvirão. Não será que os
primeiros são os ouvintes de Jesus para quem chegou a hora de ganhar vida
escutando a Sua palavra? Os segundos aguardarão pela voz que proclama a sua
ressurreição para sair dos túmulos e serem julgados pelo ressuscitado.
“Naquele tempo, disse Jesus aos
judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o
tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a
morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus Seu Pai, fazendo-Se
igual a Deus. Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade
vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer
ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai
ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há de manifestar-Lhe coisas
maiores que estas, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita
os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer. O Pai não
julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem
o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O
enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita
n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da
morte à vida. Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora – e já chegou
– em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que
tivesse a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do
homem. Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que
todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz: Os que tiverem praticado
boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal
para a ressurreição dos condenados. Eu não posso fazer nada por Mim próprio:
julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a
minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou».”
Jesus
mostra-me hoje, que Ele é um desafio de vida ou de morte. Não posso olhar para
Ele como uma devoção que se perde em pagelas de orações baratas e de frases
bonitas. N'Ele posso encontrar a intimidade com o Pai e isso será para mim a
verdadeira vida. A possibilidade está na escuta da Sua palavra. Abrindo os
ouvidos à Sua voz passarei da morte à vida, deixarei de ser um sepulcro e
passarei a ser um manancial de vida e de vida eterna.
Pai-Nosso, que estais nos céus,
santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa
vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen.
O texto de
hoje narra as obras do Pai (Deus) e do Filho (Jesus Cristo). É a primeira parte
da resposta de Jesus sobre a cura realizada em dia de sábado. A grande tese é
esta: "Meu Pai continua agindo até agora, e eu ajo também". A
resposta de Jesus dá-se a três níveis: a dependência de Jesus ao Pai; a sua
igualdade com o Pai; a apresentação da temática das coisas futuras.
A Lei de Deus
é a expressão da Sua vontade, que deve ser compreendida, acolhida e vivida.
Cristo garante que tudo passa; só o Amor, que é Deus, permanece!
A Lei é um instrumento pedagógico para ajudar o homem
a viver o Amor. Por isso, o respeito à Lei de Deus torna-nos
cidadãos de Seu Reino.
A nossa vida é assim: se deixarmos Deus agir, ficaremos admirados pelas maravilhas que acontecem no nosso mundo.
Ao chamar Deus de Pai, Jesus
revela estar unido a Ele, realidade que também é nossa.
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