QUARESMA PASSO A PASSO
2024 - Ano
23º Dia – Segunda-feira
IV – 11/03/2024
«Vai, que o teu filho vive.»
Evangelho Jo 4, 43-54
Jesus é recebido com grande alegria na Galileia depois de ter sido mal recebido na sua própria terra. “Ele veio para os seus e os seus não o receberam”. E volta a Caná, terra onde fez o primeiro milagre, no decurso de um casamento. Agora, diz o evangelho, aparece um funcionário real de Cafarnaum, que pede a Jesus que vá curar o filho que está a morrer. O funcionário insiste e quer que Jesus vá a Cafarnaum. Jesus, pelo contrário não quer e não vai. Ele tem poder para curar o jovem mesmo sem ir a Cafarnaum. E de facto, pela Sua palavra, o filho do funcionário real fica curado. O pai comprova a cura realizada por Jesus e acredita, e com ele acredita toda a sua casa. Uma família inteira acredita em Jesus.
“Naquele tempo, Jesus saiu da
Samaria e foi para a Galileia. Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca
era apreciado na sua terra. Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus,
porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que
também eles tinham assistido. Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde
convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho
se encontrava doente. Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a
Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que
estava a morrer. Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não
acreditareis». O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho
morra». Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive».
O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho. Já
ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho
vivia. Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe:
«Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou». Então o pai verificou que
àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos
os de sua casa. Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da
Judeia para a Galileia.”
Penso
hoje, em tantas pessoas que são beneficiadas pela oração de outros, como aquele
jovem, que recebeu a vida graças à insistência do Pai junto de Jesus. Penso hoje, em
especial nos jovens que se encontram quase na morte e em muitas famílias a quem
falta o ânimo e a esperança. Necessito de rezar muito por estas pessoas e por todas as que estão doentes.
Avé-Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte. Ámen.
O ser humano está sempre em busca da
fé. Hoje, estamos perante um homem odiado pelos judeus, por ser pagão, por ser um
membro da família real e por estar ao serviço, dos não menos odiados, da casa
real de Herodes. Dirige-se a Jesus e faz o pedido da cura do seu filho. O
centro da narrativa está nos verbos "crer" e "viver".
Observa-se neste relato um progresso na fé, por parte do pai, de uma confiança
em que Jesus possa curar o seu filho, fé na Palavra de Jesus, fundada
unicamente na Sua autoridade.
O relato mostra-nos que a confiança
total em Jesus faz acontecer o milagre. Ter fé significa aceitar Jesus na Sua
totalidade, homem e Deus, com todos os riscos que isso possa acarretar.
E há ainda outra característica, a fé
abre-nos para o diálogo e dá-nos a certeza de que Jesus está no meio de nós,
construindo connosco a história das nossas vidas.
O oficial crê na Palavra
de Jesus. A sua fé é confirmada pelo milagre, que lhe é anunciado pelos servos, que vêm
ao seu encontro. A fé deste oficial alarga-se a toda a família.
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