quarta-feira, 13 de março de 2024

 QUARESMA PASSO A PASSO

2024 - Ano B

26º Dia – Quinta-feira IV – 14/03/2024

«Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou.»;

«E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim.»;

«Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis.» 

Evangelho Jo 5, 31-47

Escutamos a segunda parte do discurso que Jesus faz em sua defesa. Está em causa a sua autoridade. Na sua exposição mostra que há uma diferença entre os judeus e ele, duas forças contrárias. Ele veio para os judeus e estes não O querem receber. Jesus apresenta-se com testemunhas fidedignas da sua condição diante do Pai. João Baptista, as obras que ele realizou em Jerusalém e em Caná, o próprio Pai, as Escrituras e Moisés. Perante tantas testemunhas porque não creem n'Ele? Porque, na verdade, eles, que dizem conhecer a voz de Deus, nunca a ouviram nem viram a figura de Deus nem habita neles a sua palavra. No fundo, eles são uma mentira. A prova disso é que as Escrituras dão testemunho de Jesus e “não quereis vir a mim” e Moisés fala de Jesus “mas não acreditais nos seus escritos”.

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“Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu testemunho não será considerado verdadeiro. É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou. E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida. Não é dos homens que Eu recebo glória; mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus? Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?».”

Obstinação é a palavra que Jesus me deixa como meditação para o dia de hoje. Quando me deixo levar pela obstinação e me fecho nas minhas opiniões e na minha maneira de ver, não consigo dar razão a ninguém, nem reúno as capacidades necessárias para ver e analisar, com verdade, as situações. Enganados, pela ideia de que Jesus se quer fazer igual a Deus, recusam a verdade de que Jesus é o Filho de Deus. Diante desta obstinação já nenhum argumento serve para defender Jesus, nem haverá testemunhas suficientes para garantir a sua posição. Se não me abrir aos outros e a Deus, se não deixar entrar em mim a “voz” dos outros e de Deus, não estarei apto para reconhecer o lugar que eles têm na minha vida. Ficarei fechado na obstinação, serei um homem de “cabeça dura” incapaz de conhecer as Escrituras. Deste modo não acreditarei em Jesus.

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Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

A narrativa do evangelho, de hoje, apresenta as testemunhas de Jesus. Diante do decreto da morte promulgado pelas autoridades judaicas, aparecem as testemunhas que depõem a favor de Jesus: João Batista, o Pai, a Escritura.

Jesus reconhece em João Batista uma testemunha da verdade. Ele afirma, porém, que o testemunho mais autorizado é dado pela Sua divindade.

Esse testemunho é o que o Pai dá ao Filho pelas obras que este realiza. O testemunho da verdade de Jesus é, antes de tudo, o próprio Jesus nas obras que realiza. São obras de poder e de amor, obras de sabedoria e de santidade que ultrapassam as possibilidades de um homem.

Por estas obras, o Pai dá testemunho de Jesus, isto é, designa-O a nossa confiança. Esse testemunho é o que Cristo dá a si mesmo. Testemunha pela Sua Palavra e reivindica pelos Seus comportamentos uma autoridade divina.

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