Neste Domingo
da Alegria, o grande desafio é descobrir aquilo que já está colocado em nós,
aquilo que nos habita. Porque nós só seremos discípulos e discípulas da
alegria, só rejubilaremos, só sentiremos que as nossas entranhas rejubilam da
alegria, do que já temos, daquilo que já está connosco.
O que exaspera
a nossa vida é o sentimento de falta, de nunca conseguirmos. Falta sempre
alguma coisa, nunca nada é perfeito, nunca nada está acabado, nunca nada está
resolvido. Falta-nos sempre um instrumento: se temos o poço, falta-nos a corda;
se temos a corda, falta-nos o balde; se temos a corda, o balde e o poço,
falta-nos a força de ir até ao fundo da nascente buscar a água que nos
dessedente. Falta-nos sempre alguma coisa. Nessa narrativa espiritual tão
intensa que é O Principezinho, de Saint-Exupéry, ele explica que não nos falta
nada. Não nos falta nada. Já está tudo.
Cada um de nós
tem tudo o que precisa para experimentar hoje, no aqui e no agora, a alegria.
Temos tudo o que precisamos.
O nosso
problema em relação à alegria não é de a inventarmos, de buscarmos, de
precisarmos de descobri-la sabe-se lá onde. Não,
é um problema de conhecimento, é um problema de olhar. Olharmos para a vida, olharmos para o que somos, olharmos para o que nos
rodeia de uma outra forma, com um coração agradecido, com um coração capaz de
perceber aquilo que o habita.
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