quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

O sacramento do altar e o sacramento do irmão - Pastoral da Cultura

 

QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B 

15º Dia – sexta-feira II – 1/03/2024

«A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular»

Evangelho Mt 21, 33-43.45-46

Muito forte esta parábola com a atualização que Jesus faz perante o auditório constituído pela multidão e os discípulos, de um lado, e os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, de outro. A parábola fala da vinha que é a casa de Israel, os chefes do povo bem o sabiam. Esta vinha foi arrendada aos vinhateiros que são as autoridades. Os que governam não são donos, mas arrendatários com a obrigação de entregar os frutos a seu tempo. Estes querem viver como se fossem donos e espancam e matam os servos que o Senhor lhes envia. Por fim matam o filho, o herdeiro, com a convicção de que poderão tornar-se donos. A conclusão de Jesus, porém, é outra e os sacerdotes bem o entenderam.

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"Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agarraram-no, levaram-no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta."

Perceber que não sou dono, nem do mundo nem da vida, deve levar-me a viver com sentido de responsabilidade. Primeiramente, sei que não sou dono de mim mesmo, pertenço ao Senhor e, portanto, hei de procurar harmonizar a minha vida com a Sua vontade. Depois, percebo que não sou dono dos outros e devo respeitá-los na sua vida inviolável e nos seus bens. Não sou dono do mundo e o sentido de responsabilidade deve levar-me a respeitar, cuidar da natureza e a gerir bem todo o património que foi posto à minha disposição, para que todos possam usufruir dele. Finalmente, não sou dono de Deus e devo colocar-me humildemente ao seu serviço, dando-lhe os frutos que Ele espera.

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Pai-Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen.

A história narrada reflete muito bem a situação da Galileia, onde a propriedade da terra foi, aos poucos, sendo concentrada nas mãos das classes poderosas que viviam nas cidades.

Os vinhateiros são os chefes do povo, que desprezaram os enviados do Deus em diversas ocasiões, apedrejando-os e matando-os. A sorte do Filho não foi outra. O ponto alto de toda esta dolorosa série de atropelos é contra o dono da vinha. Os vinhateiros obstinam-se em não produzir os frutos no tempo oportuno.

Na versão de Mateus, a parábola conclui com uma interpelação aos ouvintes: o que fará o dono da vinha quando voltar? Esta pergunta encontrou a sua resposta em dois acontecimentos: a ressurreição de Jesus e o nascimento da Igreja cristã.

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

 QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B

14º Dia – quinta-feira II – 29/02/2024

«Pai Abraão, tem compaixão de mim.»

«Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’»

Evangelho Lc 16, 19-31

As riquezas são para Jesus uma preocupação. Não é que ele considere que as riquezas sejam um mal, mas é difícil para o rico entrar na vida eterna. Esta parábola mostra-nos um homem que tem a sua vida assente em vestes de linho fino e banquetes esplêndidos, mas que apesar disso não tem nome. Mostra-nos também um pobre que apenas tem nome. Tudo o resto é sofrimento: está doente, tem fome, vive na rua e é ignorado. Os dois morrem, e sendo iguais na morte não são iguais na sorte. Um é enterrado e o outro levado pelos anjos. Na nova situação o rico vê, pela primeira vez, o pobre Lázaro e até sabe o nome dele. Conhece Abraão e chama-lhe pai mas, apesar disso, existe um abismo entre eles que não lhes permite passar de um lado para o outro. A conclusão é simples: “lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males”. E para todos fica o aviso: “Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos”.

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“Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».”

Percebo que Jesus me diz para olhar as riquezas como um bem que se partilha. Os bens em si mesmos não são bons nem maus, mas podem tornar-se maus para mim se, por causa deles, me tornar egoísta e pensar apenas em mim, ao ponto de nem sequer ver o meu irmão. Crer em Deus e reconhecê-lo como Pai, não me adianta muito se não reconhecer o meu semelhante como um irmão. De facto, o caminho para o reino passa pelo irmão, é isto que a Palavra (Moisés e os profetas) me revela.

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Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Ámen. 

A parábola do homem rico e do mendigo Lázaro é uma evocação de Jesus para fazer com que nos lembremos de abrir os olhos para o grande ídolo dos ricos.

O rico não foi acusado de ter explorado o pobre, ou de se ter apossado de terras do pobre, ou ainda, de ter enganado o pobre. A sua riqueza distanciou-o do pobre e de Deus. O Reino de Deus pertence aos pobres. Esta parábola faz-nos refletir sobre dois pontos importantes: primeiro - o homem pode tornar-se incapaz de se abrir à proposta salvífica de Deus, no caso da parábola de hoje, aconteceu com o rico; segundo - o Evangelho não privilegia nem condena uma condição económica, seja de pobreza ou de riqueza, mas procura mostrar que a fé e a conversão devem amadurecer e tornar o mundo mais humano.

Se o homem rico tivesse sido gentil e fraterno, e tivesse ultrapassado seu egocentrismo para "descobrir" o "mundo" de Lázaro, ter-se-ia convertido a Deus e teria sido salvo.

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Semana Nacional Cáritas - Rede - Diocese de Leiria-Fátima



terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

 QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B

13º Dia – quarta-feira II – 28/02/2024

«Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo.»

Evangelho Mt 20, 17-28

Este relato do evangelho é uma catequese muito profunda para os discípulos e para nós. Jesus sobe a Jerusalém e, a meio do caminho, sente a necessidade de chamar à parte os doze para os instruir. De um lado a multidão e do outro Jesus com os doze. Olhai que todos sobem a Jerusalém, mas a nossa subida é diferente da subida de todos os outros. Eu subo para ser entregue às mãos dos homens. Mais à frente Jesus é interrompido pela mãe dos irmãos Zebedeu. Ali gera-se uma nova distinção. Agora são dois que se afastam dos outros dez. “Ordena que estes dois…” diz a mãe. Jesus ensina que é preciso beber um cálice e receber um batismo e que mesmo assim, nada é garantido. Logo a seguir são dez que se distanciam dos dois irmãos e mergulham na indignação. Jesus tem que educar agora para o serviço. “Os chefes das nações exercem domínio… não deve ser assim entre vós”. A medida é a de Cristo, servir e dar a vida.

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“Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e durante o caminho disse-lhes: «Vamos subir a Jerusalém e o Filho do homem vai ser entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, que O condenarão à morte e O entregarão aos gentios, para ser por eles escarnecido, açoitado e crucificado. Mas ao terceiro dia Ele ressuscitará». Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido. Jesus perguntou-lhe: «Que queres?» Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei de beber?» Eles disseram: «Podemos». Então Jesus declarou-lhes: «Haveis de beber do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou». Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo. Será como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».

Subindo com Jesus para Jerusalém, parece que não temos aprendido muito até agora. A conversão ainda está distante. Tiago e João são apóstolos. Hoje, dar-lhe-íamos títulos pomposos que os deixariam contentes, porque estavam em busca dos primeiros lugares. Mas em Jesus tudo é tão diferente! O que é verdadeiramente importante é a união, a comunhão total com o Pai, em todas as circunstâncias.  Com o Mestre, pelo  caminho da exigência e da purificação, da comunhão e da entrega, chegaram a compreender que Jesus devia sofrer e morrer antes da ressurreição. No céu, certamente, lá na glória, puderam ocupar os primeiros lugares ao lado de Jesus, pois, com Ele, aprenderam a servir mais e melhor, a ponto de terem dado as suas vidas pelo Senhor. Que todos os apóstolos nos guiem e protejam, servindo-nos de exemplo na nossa caminhada diária.

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Pai-Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

 QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B 

12º Dia – terça-feira II – 27/02/2024

«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»

Evangelho Mt 23, 1-12 

Jesus recomenda à multidão e aos discípulos o cumprimento do que está prescrito na Lei de Moisés exigido, agora, pelos escribas e fariseus. Mas recomenda simultaneamente a verdade na ação. Que as palavras correspondam às ações e estas revelem perfeita adesão às palavras. Esta verdade é interior e profunda e não mera fachada ou aparência. Não se trata de um título que se traz ao peito, mas de uma vida encarnada na humildade e no serviço.

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“Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».”

Fixo-me facilmente no exterior, na aparência, nas vestes, na posição social, nos títulos que identificam as pessoas. Desejo muitas vezes esta importância que é dada aos homens. Dá gosto ser importante e receber o trato correspondente. A humildade não parece atrair, mas é o que Jesus me propõe hoje. Nada de títulos honoríficos, nada de vestes deslumbrantes, nada de lugares de relevo. Se quero ser o maior tenho que me tornar servo, se quero ser exaltado tenho que me humilhar. Preciso de aprender a alegria do serviço e da humilhação.

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Seguir Jesus é estar na escola que leva a Deus. De contrário, estaríamos condenados juntamente com os escribas e fariseus, que “dizem e não fazem”, ainda que ocupem a cadeira de mestres, ou então, que o que fazem seja por ostentação, para serem tidos por grandes. Ser realmente grande, diz-nos Jesus, é estar ao serviço dos outros numa verdadeira humildade de coração.

Peçamos a Nossa Senhora que nos ensine a seguir Jesus, na humildade. 

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Pai-Nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen. 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

QUARESMA PASSO A PASSO  

2024 - Ano B 

11º Dia – segunda-feira II – 26/02/2024

«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso.»

Evangelho Lc 6, 36-38 

“A mesma medida”, diz Jesus aos seus discípulos. A consciência de que recebo na medida em que dou e a partir daquilo que dou. Gasto a minha vida com críticas, julgamentos, condenações, receberei críticas, julgamentos e condenações. Gasto a minha vida a perdoar e a repartir, receberei perdão e verei as minhas mãos encherem-se de dádivas. Cem vezes mais promete Jesus e cem vezes mais posso eu experimentar na realidade. 

Jesus adverte os seus discípulos para uma disciplina de vida. Quem quiser identificar-se com o coração do Pai tem que ser misericordioso como Ele. O hábito da crítica condenatória não destrói apenas o outro, mas volta-se contra nós, porque receberemos na medida do que dermos aos outros. Por isso, Jesus aconselha a ser misericordioso, a perdoar e a repartir, se queremos ser tratados com benevolência.

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“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».” 

A chave que nos levará a compreender a moralidade crista é perceber de coração, desejo e vontade, que Deus é o único modelo a seguir. Jesus diz-nos que devemos ser como o nosso Pai. Devemos ser misericordiosos como Deus é misericordioso; e perdoar como Deus nos perdoa. Difícil, impossível, se nos apoiarmos apenas nas nossas forças, mas se nos deixarmos habitar por Jesus, se nos abrirmos à ação do Espírito Santo, então é ir em frente, pois o Senhor será a nossa força e tudo nos será possível.

Deus ama o pecador, o que Lhe faz mal, mas, se este Lhe abre o coração, o Seu Amor transforma-o, fazendo dele um santo. Assim, o que realmente desejamos pode-se realizar; a nossa vida é expressão da nossa fé, do nosso amor, das nossas aspirações. Deus não nos castiga, ama-nos e conduz-nos não abolindo a lei, mas dando-lhe o seu pleno cumprimento.

A medida da nossa ação é também o nosso coração. Amemos no Senhor, para que Deus Amor seja conhecido, comunicado e amado por todos e cada um dos seres viventes, pelos tempos sem fim.

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Avé-Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte. Ámen.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

QUARESMA PASSO A PASSO 

Semana II 

2024 - Ano B

Tema da segunda semana: “ESTE É O MEU FILHO MUITO AMADO,ESCUTAI-O...”

Domingo II – 25/02/2024

«E transfigurou-se diante deles.»

Evangelho Mc 9, 2-10

As leituras de hoje são um bálsamo, nesta caminhada quaresmal. Nestes tempos, parece que sentimos mais profundamente o Amor de Deus que nos chega das mais variadas formas, seja através da Sua Palavra, ou por meio dos irmãos, por um telefonema, um mail, uma mensagem, uma notícia, um acontecimento... Há sinais que nos tocam mais do que outros, mas a certeza de que Jesus caminha connosco, nos sustém quando nos afundamos e nos dá a força para nos levantarmos e continuarmos a caminhada até ao Tabor, é graça que nunca conseguimos agradecer suficientemente. Deus seja louvado, hoje e sempre, pelos tempos sem fim.

Na 1ªleitura (Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18) Abraão demonstra uma fé, uma confiança total em Deus. Com o coração despedaçado, mas, ao mesmo tempo, acreditando na promessa de Deus sobre a sua imensa descendência, Abraão cumpre a vontade do Senhor. Deus, ainda que, às vezes, possa não parecer, está sempre connosco e, nunca, mas nunca mesmo, nos abandona.

“Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar. Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão do Céu pela segunda vez e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra».”

Na 2ªleitura (Rom 8, 31b-34) é S.Paulo quem nos brinda com uma das mais belas leituras que nós, cristãos, podemos escutar. Linda a forma como nos fala do imenso Amor de Deus por cada um de nós, pela humanidade inteira. Só Deus nos ama assim, desta forma infinita e total. Bendito e louvado sejas pelo Teu Amor.

“Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas? Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica? E quem os condenará, se Cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?” 

No evangelho (Mc 9, 2-10) vemos a confirmação do que foi dito nas outras leituras: Jesus, o Filho Único, muito amado de Deus, veio habitar-nos, está entre nós, para, por puro Amor e só por Amor, nos resgatar para o Pai, confirmando a Aliança que Deus fez com os nossos primeiros antepassados.

“Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria”

Senhor, eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé.­­

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Ámen. 


Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Este segundo Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar a transfiguração de Jesus no monte, diante de três dos seus discípulos (cf. Mc 9, 2-10). Pouco antes, Jesus tinha anunciado que em Jerusalém sofreria muito, seria rejeitado e condenado à morte. Então podemos imaginar o que deve ter acontecido no coração dos seus amigos, daqueles amigos íntimos, dos seus discípulos: a imagem de um Messias forte e triunfante é posta em crise, os seus sonhos são destruídos, e são tomados pela angústia diante do pensamento de que o Mestre em quem tinham acreditado seria morto como o pior dos malfeitores. E precisamente naquele momento, com a angústia da alma, Jesus chama Pedro, Tiago e João, e leva-os consigo para o monte.

O Evangelho diz: «Conduziu-os ao monte» (v. 2). Na Bíblia, o monte tem sempre um significado especial: é o lugar elevado, onde o céu e a terra se tocam, onde Moisés e os profetas tiveram a extraordinária experiência do encontro com Deus. Subir ao monte significa aproximar-se um pouco de Deus. Jesus sobe com os três discípulos e param no cimo do monte. Ali, Ele transfigura-se diante deles. O seu rosto radiante e as suas vestes resplandecentes, que antecipam a imagem do Ressuscitado, oferecem àqueles homens assustados a luz, a luz da esperança, a luz para atravessar as trevas: a morte não será o fim de tudo, porque se abrirá para a glória da Ressurreição. Assim, Jesus anuncia a sua morte, leva-os ao monte e mostra-lhes o que acontecerá depois, a Ressurreição.

Como exclamou o apóstolo Pedro (cf. v. 5), é bom estar com o Senhor no monte, viver a “antecipação” da luz no centro da Quaresma. É um convite a recordar-nos, especialmente quando passamos por uma provação difícil - e muitos de vós sabeis o que significa passar por uma provação difícil - que o Senhor ressuscitou e não permite que as trevas tenham a última palavra.

Às vezes acontece que passamos por momentos de escuridão na vida pessoal, familiar ou social, e temos medo que não haja uma saída. Sentimo-nos apavorados perante os grandes enigmas, como a doença, a dor inocente ou o mistério da morte. No mesmo caminho de fé, tropeçamos frequentemente face ao escândalo da cruz e às exigências do Evangelho, que nos pede para dedicar a vida ao serviço e para a perder no amor, em vez de a guardar para nós próprios e de a defender. Então, precisamos de outro olhar, de uma luz que ilumine profundamente o mistério da vida e nos ajude a superar os nossos esquemas e os critérios deste mundo. Também nós somos chamados a subir ao monte, a contemplar a beleza do Ressuscitado que acende centelhas de luz em cada fragmento da nossa vida, ajudando-nos a interpretar a história a partir da vitória pascal.

Mas tenhamos cuidado: o sentimento de Pedro, de que «é bom para nós estar aqui», não deve tornar-se preguiça espiritual. Não podemos permanecer no monte e desfrutar sozinhos da bem-aventurança deste encontro. É o próprio Jesus que nos reconduz ao vale, entre os nossos irmãos e irmãs, à vida quotidiana. Devemos evitar a preguiça espiritual: estamos bem com as nossas orações e liturgias, e para nós isto é suficiente. Não! Subir ao monte não quer dizer esquecer a realidade; rezar nunca significa evitar as dificuldades da vida; a luz da fé não serve para uma boa emoção espiritual. Não, esta não é a mensagem de Jesus! Somos chamados a experimentar o encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, possamos propagá-la e fazê-la resplandecer em toda a parte. Acender pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que transmitem um pouco de amor e esperança: esta é a missão do cristão!

Oremos a Maria Santíssima, a fim de que nos ajude a receber com admiração a luz de Cristo, a preservá-la e a partilhá-la.

Papa Francisco

Angelus, 28 de fevereiro de 2021

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

QUARESMA PASSO A PASSO 

2024 - Ano B

10º Dia – Sábado da semana I – 24/02/2024

«Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito»

«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem»

Evangelho Mt 5, 43-48

O convite ao amor domina todo o evangelho. Jesus é a manifestação de Deus que é amor. Este texto de Mateus é um desafio a levar o amor até às últimas consequências. Os antigos faziam os mínimos, por isso, viviam na imperfeição, segundo a lei. Jesus propõe os máximos para chegar à perfeição, não pelo cumprimento da lei, mas pelo amor total. Ser perfeito não é, portanto, cumprir a lei mas amar até ao limite do amor que é amar aquele que não é amável, os inimigos, os que nos perseguem, os maus, como faz o Pai do céu.

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».”

O convite ao amor domina todo o evangelho. Jesus é a manifestação de Deus que é amor. Este texto de Mateus é um desafio a levar o amor até às últimas consequências. Os antigos faziam os mínimos, por isso, viviam na imperfeição, segundo a lei. Jesus propõe os máximos para chegar à perfeição, não pelo cumprimento da lei, mas pelo amor total. Ser perfeito não é, portanto, cumprir a lei mas amar até ao limite do amor, que é amar aquele que não é amável, os inimigos, os que nos perseguem, os maus, como faz o Pai do céu.

Avé-Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte. Ámen.

Hoje (...) o Evangelho termina com aquela Palavra de Jesus: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 48)(...) Este é o programa de vida. Sede santos, porque Ele é santo; sede perfeitos, porque Ele é perfeito. E vós podeis perguntar-me: “Mas, Padre, como é o caminho rumo à santidade, qual é o percurso para nos tornarmos santos?”. Jesus explica bem isto no Evangelho: explica-o com coisas concretas.

Antes de tudo: «Foi dito: “olho por olho, dente por dente”. Mas eu digo-vos para não vos opordes ao malvado» (Mt 5, 38-39), ou seja, nenhuma vingança. Se no coração tenho rancor por alguma coisa que alguém me fez e me quero vingar, isto afasta-me do caminho rumo à santidade. Nenhuma vingança. “Fizeste isto, vais pagar!”. Um comportamento assim é cristão? Não. “Vais pagar” não faz parte da linguagem de um cristão. Nenhuma vingança. Nenhum rancor. “Mas aquele torna a minha vida impossível!...”. “Aquela vizinha fala mal de mim todos os dias! Também eu falarei mal dela...”. Não. O que diz o Senhor? “Reza por ela” — “Mas devo rezar por ela?” — “Sim, reza por ela”. É o caminho do perdão, do esquecimento das ofensas. Dão-te uma bofetada na face direita? Apresenta-lhe a outra. O mal vence-se com o bem, o pecado é vencido com esta generosidade, com esta força. O rancor é mau. Todos sabemos que não é uma coisa pequena. As grandes guerras — vemos nos telejornais, nos jornais, este massacre de pessoas, de crianças... quanto ódio, mas é o mesmo ódio — é o mesmo! — que tu tens no teu coração por alguém, por este ou por aquele teu parente ou pela tua sogra ou por outra pessoa, o mesmo. Ele é aumentado, mas é o mesmo. O rancor, a vontade de me vingar: “Vais pagar!”, isto não é cristão.

“Sede santos como Deus é santo”; sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai”, «o qual faz que o sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos» (Mt 5, 45). É bom. Deus concede os seus bens a todos. “Mas se alguém fala mal de mim, se me fez uma grande ofensa, se aquele me...”. Perdoar. No meu coração. Eis o caminho da santidade; e isto afasta as guerras. Se todos os homens e mulheres do mundo aprendessem isto, não haveria guerras, elas não existiriam. A guerra começa assim, na amargura, no rancor, na vontade de vingança. Mas isto destrói famílias, destrói amizades, destrói bairros, destrói tanto, tanto... “E, Padre, que devo fazer quando sinto isto?”. É Jesus quem o diz e não eu: «Amai os vossos inimigos» (Mt 5, 44). “Eu tenho que amar aquele?” — Sim — “Não posso” — Reza para que possas. «Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem» (Ibid.). “Rezar por aquele que é malvado comigo?” — Sim, para que mude de vida, para que o Senhor o perdoe. Esta é a magnanimidade de Deus, o Deus magnânimo, o Deus de coração grande, que tudo perdoa, que é misericordioso. “É verdade, Padre, Deus é misericordioso”. E tu? És misericordioso, és misericordiosa, com as pessoas que foram malvadas contigo? Ou que não gostam de ti? Se Ele é misericordioso, se Ele é santo, se Ele é perfeito, nós devemos ser misericordiosos, santos e perfeitos como Ele.

Esta é a santidade. Um homem e uma mulher que fazem isto, merecem ser canonizados: tornam-se santos. É tão simples a vida cristã. Eu sugiro-vos que comeceis com pouco. Todos temos inimigos; todos sabemos que aquele ou aquela fala mal de mim, todos o sabemos. E todos sabemos que este ou aquele me odeia. Todos sabemos. E comecemos do pouco. “Eu sei que este me caluniou, disse coisas más de mim”. Sugiro-vos: refleti um minuto, dirigi-vos a Deus Pai: “Aquele ou aquela é teu filho, tua filha: muda o seu coração. Abençoa-o, abençoa-a”. A isto se chama rezar por aqueles que não nos amam, pelos inimigos. Pode ser feito com simplicidade. Talvez permaneça o rancor; talvez o rancor permaneça em nós, mas nós estamos a fazer o esforço para seguir o caminho deste Deus que é tão bom, misericordioso, santo e perfeito, que faz surgir o sol sobre maus e bons: é para todos, é bom com todos. Devemos ser bons com todos. E rezar por aqueles que não são bons, por todos.

Rezamos por quantos matam as crianças na guerra? É difícil, é muito distante, mas temos que aprender a fazê-lo. Para que se convertam. Rezamos por aquelas pessoas que estão mais próximas de nós e que nos odeiam ou nos fazem mal? “Eh, Padre, é difícil! Gostaria de lhes apertar o pescoço!” — Reza. Reza para que o Senhor mude a sua vida. A oração é um antídoto contra o ódio, contra as guerras, estas guerras que começam em casa, que começam no bairro, que começam nas famílias... Pensai apenas nas guerras familiares devido à herança: quantas famílias se destroem, se odeiam devido à herança. Rezai para que haja paz. E se sei que alguém me deseja mal, que não gosta de mim, devo rezar por essa pessoa de maneira especial. A oração é poderosa, a oração vence o mal, a oração traz a paz.

O Evangelho, a Palavra de Deus hoje é simples. Dou-vos este conselho: «Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo». E depois: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está nos céus». E para isto, pedi a graça de não guardar rancor, a graça de rezar pelos inimigos, pelas pessoas que não gostam de nós, a graça da paz.

Peço-vos, por favor, que façais esta experiência: todos os dias uma oração: “Ah, este não gosta de mim, mas, Senhor, peço-te...”. Um por dia. Assim se vence, deste modo iremos por este caminho da santidade e da perfeição. Assim seja.

Papa Francisco

in Homilia - Domingo, 19 de fevereiro de 2017