sexta-feira, 5 de maio de 2023

 TEMPO PASCAL - 2023

Sábado da semana IV do Tempo Pascal - dia 28 - 06/05/2023

EVANGELHO Jo 14, 7-14

«Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai.

Quem Me vê, vê o Pai.»;

«Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim.»;

«Acreditai ao menos pelas minhas obras.»;

«E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.»

Jesus diz: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes» e Filipe, depois destas palavras, pede que lhes mostre o Pai. Não está atento? Não entendeu? Não viu o Pai e devia ter visto? Jesus dá a entender que o discípulo “já O conhece e já o viu”. Depois disto, Jesus repete a mesma mensagem, para deixar bem claro o que está a ensinar e acrescenta a necessidade de crer. Crer nas suas palavras e obras; crer que entre ele e o Pai existe uma união inabalável. E acrescenta que a força desta união estará também naqueles que acreditam, pois farão as mesmas obras de Jesus, porque ele atenderá os pedidos dos seus discípulos.

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Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».

O discípulo deve estar atento ao Mestre. Atento às palavras, às obras, ao coração, para captar o que está no seu íntimo e entender o mistério da união entre Jesus e o Pai para acreditar. Só acreditando, a vida do discípulo se transforma na vida de Jesus. Em Jesus podemos ver o Pai e no discípulo que vive o mistério da mesma união, também se poderão ver as obras que se contemplam no Mestre. A íntima união de Deus com os homens acontece pela fé no filho que manifesta as palavras e as obras do Pai. Como discípulos somos convidados a entrar nesta comunhão com Jesus e com o Pai para que se realizem todos os pedidos que fazemos em seu nome.

Mostra-nos o Pai. Não tivemos a sorte de Filipe, Senhor, e os nossos olhos não puderam contemplar-te no mistério da tua humanidade. Ainda assim, sabemos que podemos ver-te pela fé. Não deixes que a ignorância, a distração ou a indiferença nos privem deste encontro, desta contemplação para podermos conhecer o Pai no mistério das tuas palavras e das tuas obras.

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(...)

O Pai esteve sempre presente na vida de Jesus, e Jesus falava sobre isto. Jesus anunciava o Pai. Falou muitas vezes do Pai que cuida de nós, como cuida dos passarinhos, dos lírios do campo... o Pai. E quando os discípulos queriam aprender a orar, Jesus ensinou-os a rezar ao Pai: «Pai nosso» (Mt 6, 9). Ele vai [dirige-se] sempre ao Pai. Mas neste trecho é muito forte; é como se abrisse as portas da omnipotência da oração. «Porque estou no Pai, e o Pai em mim: pedi e Eu farei tudo, mas porque o Pai o fará comigo» (cf. Jo 14, 11). Confiança no Pai: confiança no Pai, que é capaz de fazer tudo. Esta coragem de rezar, porque rezar exige coragem! É preciso a mesma coragem, a mesma franqueza para pregar: a mesma. 

Pensemos no nosso pai Abraão, quando ele - creio que se diz - “negociava” com Deus para salvar Sodoma (cf. Gn 18, 20-33): “E se houvesse menos e menos e menos?...”. Realmente, ele sabia “negociar”. Mas sempre com coragem: “Perdoa-me, Senhor, mas dá-me um desconto: um pouco menos, um pouco menos...”. Sempre a coragem de lutar na oração, porque rezar é lutar: lutar com Deus. E então, Moisés: as duas vezes que o Senhor quis destruir o povo (cf. Êx 32, 1-35; cf. Nm 11, 1-3) e fazê-lo líder de outro povo, Moisés disse: “Não!”. Disse não ao Pai! Com coragem! Mas se fores e rezares assim - [sussurra uma oração tímida] - isto é falta de respeito! Orar é caminhar com Jesus para o Pai que te dará tudo. Coragem na oração, franqueza na oração. A mesma que é necessária para a pregação. 

(...)

A oração em primeiro lugar. Depois, as outras coisas. Mas quando as outras coisas tiram espaço à oração, algo não funciona. E a oração é forte pelo que ouvimos no Evangelho de Jesus: «Vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado» (Jo 14, 12-13) É assim que a Igreja vai em frente, com a oração, a coragem da oração, porque a Igreja sabe que não pode sobreviver sem esta ascensão ao Pai.

Papa Francisco

(in Santa Marta, 10 de Maio de 2020)

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