O Grande Dia de Domingo de Páscoa - 2023
DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
As leituras do Domingo de Páscoa introduzem-nos no mistério maior da nossa
fé, a ressurreição de Jesus. Mergulhados no imenso Amor de Deus, que Seu Filho
nos revela, percebemos que a partir da ressurreição de Jesus tudo passa a ser
diferente, a vida ganha outro sentido. Sabemos, agora, o quanto somos preciosos
para Deus, o quanto Deus ama cada um de nós, a ponto de sermos redimidos
pelo Seu Único e Muito Amado Filho. Agora podemos branquear a nossa
alma n’Ele, que de braços abertos nos acolhe e estreita contra o Seu peito.
Deixemo-nos habitar por este Amor sem fim, para que também os que connosco
convivem, ou se cruzam nas estradas da vida, possam sentir-se totalmente amados
por Deus.
Na 1ª leitura (At.10,34a,37-43), escutamos Pedro, completamente
entregue à missão que Jesus lhe confiou, proclamando a Boa Nova de
Jesus ressuscitado com todo o desassombro e coragem, que só quem se
sente verdadeiramente amado, pelo Senhor, tem, apesar de saber os riscos
que corria.
“Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós
sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do
batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país
dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n'O, suspendendo-O na cruz. Deus
ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos
com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É
d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».”
Na 2ª leitura (Col. 3,
1-4) S.Paulo reintroduz-nos no nosso batismo, pelo qual recebemos o
Espírito Santo e a garantia da ressurreição. N’Ele somos exortados a viver
conforme Jesus nos ensinou, afeiçoando-nos às coisas do alto e não às da terra.
“Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às
coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a
vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa
vida, Se manifestar, então também vós vos haveis de manifestar com Ele na
glória.”
No Evangelho (Jo 20,1-9) acompanhamos,
primeiro Maria Madalena e depois João e Pedro na ida ao sepulcro, onde estava
depositado o corpo de Jesus. As reações são diferentes, mas, com maior ou menor
dificuldade, cada um ao seu jeito, acabam por acreditar que Jesus ressuscitou.
Se, para alguns deles, que tinham convivido diariamente com Jesus, foi difícil
acreditar que Ele tinha ressuscitado, não admira que, ainda hoje, haja muita
gente que não acredite na ressurreição de Cristo. Que, pelo nosso testemunho e
oração, testemunhemos que Jesus ressuscitou, está vivo, nos habita por inteiro
e que o Seu Amor por cada um de nós não tem fim.
“No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de
manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu
então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e
disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro
partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e
chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não
entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no
sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça
de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro
discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda
não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos
mortos.”
Senhor, eu te louvo e bendigo por nos amares tão infinitamente. A ti o louvor a glória a honra e o poder pelos séculos sem fim. Ámen
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