segunda-feira, 24 de abril de 2023

  TEMPO PASCAL - 2023 

Terça-feira da semana III do Tempo Pascal - dia 17 - 25/04/2023

Evangelho Mc 16, 15-20

«Ide pelo mundo, anunciai o Evangelho!».

Hoje, no feriado nacional do 25 de abril,  a Igreja celebra a festa de S. Marcos Evangelista. 

O evangelho apresenta o relato do envio dos apóstolos, no momento da despedida de Jesus, imediatamente antes ser elevado aos céus. As indicações fortalecem os enviados porque lhes é concedido o mesmo poder d'Aquele que os envia. No final fica a certeza de que não estarão sós “o Senhor cooperava com eles”.

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Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Jesus apareceu aos onze e aparece-me também a mim. Este aparecer é oferta de vida ressuscitada, de vida eterna. Perante a experiência interior com Cristo ressuscitado ganham sentido as palavras de envio. Jesus diz-me hoje: “Tu, que experimentaste a força da minha ressurreição vai e anuncia essa notícia a todos. Àqueles que acreditarem batiza-os e serão salvos”. E eu aceito esta missão e procuro realizá-la na minha vida porque confio que não estou só e o sucesso da palavra que anuncio está em Jesus que coopera comigo. 

Tu cooperas comigo, Senhor, sempre que saio de mim para corresponder à missão evangelizadora que me confiaste no dia do meu batismo. Que eu não vacile diante das serpentes nem tema pelo veneno com que possa ser contaminado. Tu estás comigo e confirmas a Tua palavra com sinais poderosos, tanto na minha vida como na vida daqueles a quem me envias. 

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A página evangélica (Mc 16, 15-20) - a conclusão do Evangelho de Marcos - apresenta-nos o último encontro do Ressuscitado com os discípulos antes de ascender à direita do Pai. Normalmente, como sabemos, as cenas de despedida são tristes, causando a quantos permanecem um sentimento de perda, de abandono; mas nada disto acontece com os discípulos. Apesar da separação do Senhor, eles não se mostram desolados, mas, pelo contrário, alegres e prontos a partir como missionários pelo mundo.

Por que não ficam tristes os discípulos? Por que devemos também nós regozijar-nos ao ver Jesus subir ao céu?

A Ascensão completa a missão de Jesus entre nós. Com efeito, se foi por nós que Jesus desceu do céu, é sempre por nós que Ele sobe. Depois de ter descido à nossa humanidade e de a ter redimido - Deus, o Filho de Deus, desce e faz-se homem, assume a nossa humanidade e redime-a - agora Ele sobe ao céu, levando consigo a nossa carne. É o primeiro homem que entra no céu, pois Jesus é homem, verdadeiro homem, é Deus, verdadeiro Deus; a nossa carne está no céu e isto dá-nos alegria. À direita do Pai encontra-se agora um corpo humano, pela primeira vez, o corpo de Jesus, e neste mistério cada um de nós contempla o seu destino futuro. Não se trata de forma alguma de abandono, Jesus permanece para sempre com os discípulos, connosco. Permanece na oração, pois como homem reza ao Pai, e como Deus, homem e Deus, mostra-lhe as feridas, as chagas com as quais nos redimiu. A oração de Jesus está ali, com a nossa carne: é um de nós, Deus homem, e reza por nós. E isto deve dar-nos segurança, aliás alegria, uma grande alegria! E o segundo motivo de alegria é a promessa de Jesus. Ele disse-nos: «Enviar-vos-ei o Espírito Santo». E ali, com o Espírito Santo, dá-se aquele mandamento que Ele faz precisamente na despedida: «Ide pelo mundo, anunciai o Evangelho!». E é a força do Espírito Santo que nos leva pelo mundo para anunciar o Evangelho. É o Espírito Santo daquele dia, que Jesus prometeu, e nove dias depois veio na festa de Pentecostes. Foi precisamente o Espírito Santo que tornou possível que todos nós sejamos assim hoje. Uma grande alegria! Jesus foi para o céu: o primeiro homem diante do Pai. Partiu com as feridas, que foram o preço da nossa salvação, e reza por nós. E depois envia-nos o Espírito Santo, promete-nos o Espírito Santo, para irmos e evangelizarmos. 

Papa Francisco

(in Regina Caeli, 16 de maio de 2021)

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