TEMPO PASCAL - 2023
Quinta-feira da semana III do Tempo Pascal - dia 19 - 27/04/2023
Evangelho Jo 6, 44-51
«Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.»;
«Só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.»;
«Eu sou o pão da vida.»;
«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente.»
Jesus continua o seu diálogo com os judeus. Explica-lhes que é necessária a fé que nos orienta para o Pai e abre o coração para escutar o Seu ensino. É o Pai quem comunica a verdadeira vida, a vida eterna e o caminho para que a vida chegue a nós é o próprio filho. O assunto torna-se cada vez mais sério. O pão que Jesus dá é o que desceu do céu e este pão é a Sua carne entregue na cruz pelo mundo.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
O pão que Jesus me dá é a Sua carne entregue no sacrifício da cruz. Este assunto assume grande importância e seriedade para mim. Não posso tratar com indiferença o Pão que é carne entregue, carne de sacrifício, vida oferecida. Aquele que deu a Sua vida por mim, não pode ser para mim pouca coisa. Mesmo que não creia n'Ele não posso olhá-l'O com a indiferença de quem não reconhece a importância do gesto que é vida oferecida.
Que o meu coração se deixe instruir por Ti, Senhor, para que possa habitar em Ti e receber de Ti o Pão que desceu do céu. Que o Teu pão seja o meu alimento de cada dia e opere em mim esse dom da vida eterna. Ensina-me, Senhor, a ser, como Tu, pão que se dá pela vida do mundo.
O Evangelho de João apresenta o discurso do «pão da vida», pronunciado por
Jesus na sinagoga de Carfanaum, no qual afirma: «Eu sou o pão vivo que desceu
do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha
carne, que eu darei pela vida do mundo» (Jo 6, 51). Jesus frisa que
não veio a este mundo para dar algo, mas para se dar a si mesmo, a sua vida,
como alimento por quantos têm fé n’Ele. Esta nossa comunhão com o Senhor
compromete-nos, a nós seus discípulos, a imitá-lo, fazendo da nossa existência,
com as nossas atitudes, um pão repartido pelos outros, como o Mestre repartiu o
pão que é realmente a sua carne. Para nós, ao contrário, são os comportamentos
generosos em relação ao próximo que demonstram a atitude de repartir a vida
pelos outros.
Todas as vezes que participamos na Santa Missa e nos alimentamos do Corpo
de Cristo, a presença de Jesus e do Espírito Santo age em nós , plasma o nosso
coração, comunica-nos atitudes interiores que se traduzem em comportamentos
segundo o Evangelho. Antes de tudo a docilidade à Palavra de Deus, depois a
fraternidade entre nós, a coragem do testemunho cristão, a fantasia da
caridade, a capacidade de dar esperança aos desencorajados, de acolher os
excluídos. Deste modo a Eucaristia faz amadurecer o nosso estilo de vida
cristã. A caridade de Cristo, acolhida com o coração aberto, muda-nos,
transforma-nos, torna-nos capazes de amar não segundo a medida humana, sempre
limitada, mas segundo a medida de Deus. E qual é a medida de Deus? Sem medida!
A medida de Deus é sem medida. Tudo! Tudo! Não se pode medir o amor de Deus: é
sem medida! Tornemo-nos então capazes de amar também quem não nos ama: e isto
não é fácil. Amar quem não nos ama... Não é fácil! Porque se sabemos que uma
pessoa não gosta de nós, também nós somos levados a não gostar dela. Mas não
deve ser assim! Devemos amar também quem não nos ama! Opor-nos ao mal com o
bem, perdoar, partilhar, acolher. Graças a Jesus e ao seu Espírito, também a
nossa vida se torna «pão partido» pelos nossos irmãos. E vivendo assim
descobrimos a verdadeira alegria! A alegria de fazer-se dom, para retribuir o
grande dom que recebemos primeiro, sem merecimento nosso. Isto é bom: a nossa
vida faz-se dom! Isto significa imitar Jesus. Gostaria de recordar estas duas
coisas. Primeira: a medida do amor de Deus é amar sem medida. É claro? E a nossa
vida, com o amor de Jesus, recebendo a Eucaristia, faz-se dom. Como foi a vida
de Jesus. Não esquecer estas duas coisas: a medida do amor de Deus é amar sem
medida. E seguindo Jesus, nós, com a Eucaristia, fazemos da nossa vida um dom.
Jesus, pão de vida eterna, desceu do céu e fez-se carne graças à fé de
Maria Santíssima. Depois de O ter levado consigo com amor inefável, ela
seguiu-O fielmente até à cruz e à ressurreição. Peçamos a Nossa Senhora que nos
ajude a redescobrir a beleza da Eucaristia, a fazer dela o centro da nossa
vida, sobretudo na Missa dominical e na adoração.
Papa Francisco
(Angelus, 22 de junho de 2014)
Acompanhe-nos neste caminho a oração composta por São Paulo VI para o 1º
Dia Mundial das Vocações (11 de abril de 1964):
«Ó Jesus, divino Pastor das almas, que chamastes os Apóstolos para fazer deles pescadores de homens, continuai a atrair para Vós almas ardentes e generosas de jovens, a fim de fazer deles vossos seguidores e vossos ministros; tornai-os participantes da vossa sede de redenção universal, (…) abri-lhes os horizontes do mundo inteiro, (…) para que, respondendo à vossa chamada, prolonguem aqui na terra a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo místico, que é a Igreja, e sejam “sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13)».
Papa Francisco
(in Mensagem para o 60º Dial Mundial de Oração pelas Vocações)
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