quarta-feira, 5 de março de 2025

 QUARESMA PASSO A PASSO - 2025 

Ano C

Quinta-feira depois das Cinzas - 06/03/2025

Evangelho Lc 9, 22-25

«Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.»

«Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á.»

A caminho de Jerusalém, Jesus explica abertamente aos seus amigos o que O espera no final na cidade santa: prediz o seu mistério de morte e ressurreição, de humilhação e glória. Ele diz que deve «sofrer muito da parte dos anciãos, e, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ao terceiro dia ressuscitar» (Mt 16, 21). Mas as suas palavras não são compreendidas, porque os discípulos têm uma fé ainda imatura e demasiado ligada à mentalidade deste mundo (cf. Rm 12, 2). Pensam numa vitória demasiado terrena, e por esta razão não compreendem a linguagem da Cruz.

Papa Francisco 
(Angelus, 30 de agosto de 2020)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». E, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?».

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

(...) Para Pedro e para os outros discípulos - mas também para nós! - a cruz é uma coisa desconfortável, a cruz é um “escândalo”, enquanto Jesus considera um “escândalo” fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para a nossa salvação. (...)

Dirigindo-se a todos, Jesus acrescenta: «Se alguém quiser vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me» (v. 24). Desta forma Ele mostra o caminho do verdadeiro discípulo, realçando duas atitudes. A primeira é «renegar-se a si próprio», o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de mentalidade e de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz. Não se trata apenas de suportar pacientemente tribulações diárias, mas de suportar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço, aquela parte do sofrimento que a luta contra o mal implica. A vida dos cristãos é sempre uma luta. A Bíblia diz que a vida do crente é uma milícia: lutar contra o espírito maligno, lutar contra o Mal.

Assim, o compromisso de “tomar a cruz” torna-se participação com Cristo na salvação do mundo. Pensando nisto, façamos com que a cruz pendurada na parede de casa, ou a pequena que usamos ao peito, seja sinal do nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço aos nossos irmãos com amor, especialmente aos mais pequeninos e mais frágeis. A cruz é um sinal santo do Amor de Deus, é um sinal do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou a uma joia ornamental. Cada vez que olhamos para a imagem de Cristo crucificado, pensemos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu a Sua missão dando a vida, derramando o Seu sangue para a remissão dos pecados. E não nos deixemos levar para o outro lado, para a tentação do Maligno. Consequentemente, se quisermos ser Seus discípulos, somos chamados a imitá-lo, dedicando sem reservas a nossa vida por amor a Deus e ao próximo.

Que a Virgem Maria, unida ao seu Filho até ao Calvário, nos ajude a não retroceder perante as provações e sofrimentos que o testemunho do Evangelho implica para todos nós.

Papa Francisco 
(Angelus, 30 de agosto de 2020)

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