quarta-feira, 16 de março de 2022

QUARESMA PASSO A PASSO - 2022 

Quinta-feira II da Quaresma – dia 16 –17/03/2022 

Evangelho Lc 16, 19-31

«Pai Abraão, tem compaixão de mim»

Na parábola do Evangelho de hoje, Deus faz-nos um alerta de maneira clara: a misericórdia de Deus por nós está vinculada à nossa misericórdia pelo próximo; quando esta falta, também aquela não encontra espaço no nosso coração fechado, não pode entrar. Se eu não escancarar a porta do meu coração ao pobre, aquela porta permanece fechada. Inclusive para Deus. E isto é terrível!

Esta cena recorda a dura admoestação do Filho do homem no Juízo final: «Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, estava [...] nu e não me revestistes» (Mt 25, 42-43). Lázaro representa bem o grito silencioso dos pobres de todos os tempos e a contradição de um mundo em que riquezas e recursos imensos se encontram nas mãos de poucos.

O rico, excluindo Lázaro, não teve em conta nem o Senhor, nem a sua lei. Ignorar o pobre significa desprezar a Deus! Devemos aprender bem isto. Ignorar o pobre significa desprezar a Deus! 

Papa Francisco

(Audiência Geral de 18 de maio de 2016)


"Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’»."

Nenhum mensageiro nem mensagem alguma poderão substituir os pobres que encontramos no caminho, porque neles é o próprio Jesus que vem ao nosso encontro: «Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25, 40), diz Jesus. Assim, na inversão dos destinos que a parábola descreve está escondido o mistério da nossa salvação, na qual Cristo une a pobreza à misericórdia.

Caros irmãos e irmãs, ouvindo este Evangelho, todos nós, juntamente com os pobres da terra, podemos entoar com Maria: «Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos» (Lc 1, 52-53).

Papa Francisco

(Audiência Geral de 18 de maio de 2016)


Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogais por nós pecadores agora e na hora da nossa morte. Ámen.

Sem comentários:

Enviar um comentário