domingo, 12 de dezembro de 2021

  Ano C - 2021

Advento passo a passo - 16 

16ºdia - 13/12/2021

Mateus 21,23-27

«Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» 

Neste Natal, o Menino Jesus deseja limpar o templo do nosso coração. O que encontrará Ele no mais íntimo do nosso ser? 

Nas leituras de hoje, previne-nos de que aquilo que sai da boca provém do nosso coração. Podemos enganar as pessoas sobre o que se passa no mais íntimo de nós próprios seja a respeito delas ou em relação a outros irmãos, mas não a Deus, que tudo vê dentro de nós. Como canta o salmista: “Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto”. Sl 138 (139). Por isso, o Senhor nos diz: “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6,45)

Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto». 

A tua palavra, Senhor, quer rasgar caminhos e abrir horizontes de plenitude e eternidade. Desejas que o meu coração seja livre, tão livre como o Teu. Pretendes arrancar-me da minha condição terrena e tornar-me divino. E eu, Senhor, só penso nas coisas imediatas e nem percebo que fico pobre, cada vez mais pobre, mais terra à terra, rastejando cada vez mais. Não me criaste para comer o pó da terra, como a serpente de Génesis, nem para ser escravo que se deita no chão para o seu senhor passar. Criaste-me para ser filho, herdeiro, cidadão de plenos direitos. 

Abre, com toda a Tua força, o meu coração para que saboreie a alegria da Boa Nova que Tu és para mim. Concede-me o dom da sinceridade de coração.

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