sábado, 23 de maio de 2020

    DOMINGO VII DA PÁSCOA
 Solenidade da Ascensão do Senhor 

Nas leituras de hoje continuamos a celebrar o grande dia de Páscoa, que iniciámos a 12 de abril, a quando da festa da Ressurreição de Jesus. É como se se tratasse de um só dia, que culminará com a festa que, se Deus quiser, celebraremos no próximo domingo. Hoje centramo-nos na Ascensão do Senhor, para a qual Jesus nos tem vindo a preparar desde a Sua Ressurreição até hoje, deixando-nos as Suas instruções e recomendações finais. Na solenidade da Ascensão celebramos a partida de Jesus para o Pai. Do Céu saiu, para lá volta, e para aí nos atrai, através da ação do Espírito Santo, que nos move a fazer o bem, a testemunhar a presença de Jesus entre nós, a anunciá-l’O onde nos movemos e existimos. Sim, porque Jesus não nos deixou sós, continua vivo e atuante em cada um de nós, no meio de nós.


Na 1ªleitura (Atos 1, 1-11) o autor projeta-nos para a Ascensão de Jesus ao Céu. Ao mesmo tempo, desafia-nos a, sobre a ação do Espírito Santo, continuarmos, hoje, no nosso tempo, a ação evangelizadora dos primeiros cristãos, dos que conheceram e conviveram com Jesus, o Filho de Deus, que encarnou entre nós. Deixemos que o Espírito Santo, que recebemos no dia do nosso batismo, nos preencha por inteiro e nos transforme, no nosso dia a dia, no concreto da vida, em verdadeiros anunciadores da Boa Nova do Amor, que quer comunicar-se, revelar-se, amar a todos, sem exceção.
“No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».”


Na 2ªleitura  (Ef 1, 17-23) S.Paulo exorta-nos a glorificar Jesus e a contemplar, na Sua Ascensão, a volta da humanidade para o Pai.
“Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

No evangelho (Mt 28, 16-20) S.Lucas propõe-nos, tal como na 1ªleitura, a continuação do anúncio do Evangelho de Nossos Senhor Jesus Cristo, hoje, no nosso tempo e na nossa história, em Igreja. Com a certeza de que, apesar de subir para o Pai, Jesus continua connosco, no meio da humanidade inteira, agora, já não de forma física, mas de um modo diferente, pois sobre a ação do Espírito Santo habita-nos por inteiro. Se Lhe quisermos abrir o nosso coração será um connosco, até ao fim dos tempos.
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».”

Senhor Jesus, que eu me deixe habitar pelo Espírito Santo, na totalidade do meu ser.

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