DOMINGO DE PENTECOSTES
E, depois de, aproximadamente, dois meses e quinze dias vamos poder
celebrar presencialmente uma das maiores solenidades da nossa fé. Deus seja
louvado! É mesmo muito bom. Obrigada Senhor. Aproveito para agradecer imenso a
todos o que tornaram possível, que mesmo em tempos de emergência e
confinamento, tenhamos tido a possibilidade de acompanhar as celebrações da
nossa fé. Nunca nada nos faltou, pois de longe, ou de perto, pela televisão, pelo Facebook,
ou pelo Youtube, ou outros meios tecnico-audiovisuais de comunicação quaisquer, tivemos acesso: à eucaristia dominical; em certas paróquias,
como a de Porto de Mós, até durante todos os dias da semana pudemos acompanhar a Santa Missa; à recitação do terço, todos os
dias transmitido a partir de Fátima; à oração do Papa Francisco pela humanidade, na Praça de S.Pedro; ao Compasso Pascal; ao peregrinar pelo coração na preparação
para Peregrinação Internacional de Maio a Fátima e,…, a tantos outras manifestações de vivência da nossa fé. Foram tempos únicos, que
também nos ajudaram a crescer na fé. Obrigada Senhor, porque nunca nos deixaste
sós. Abençoa e fortalece todos os que tornaram realidade, em tempos de confinamento, todas estas maravilhas.
Mas agora Senhor temos novos desafios pela frente: manter todos os cuidados de higienização e segurança e deixar que o Espírito Santo nos invada e nos torne anunciadores
do Amor nos novos tempos. É um verdadeiro Pentecostes que somos chamados a viver
neste domingo e nos tempos que se lhe seguem. Vem Espírito Santo e enche os nossos corações.
Na 1ªleitura (Atos 2, 1-11) S.Lucas, que coloca este dia a acontecer 50 dias após a ressurreição de
Jesus, dá-nos conta da transformação dos apóstolos sob a ação do Espírito Santo
e de como, os que os ouviam, os entendiam, apesar de serem oriundos de países
com idiomas diferentes. É caso para dizer, que, para o Espírito Santo, não há
barreiras de qualquer espécie, nem sequer de idioma. Abramos também nós o
coração à ação do Espírito Santo a fim de que os nossos medos e angústias deem
lugar às maravilhas do Senhor, junto dos que nos são próximos.
“Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no
mesmo lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a
forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então
aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma
sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem. Residiam
em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do
céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois
cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados,
diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve
cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes
da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da
Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma,
tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas
nossas línguas as maravilhas de Deus».”
Na 2ªleitura (1 Cor 12, 3b-7.12-13) S.Paulo leva-nos a reviver o nosso
batismo e a reencontrar aí, no Espírito Santo que então recebemos, o fundamento
do nosso ser comunidade. Só, pela ação do Espírito Santo em nós, seremos
capazes de ver no outro a imagem de Deus
e de o amar como só Deus ama e assim n’Ele partilharemos, em comunidade, os
dons que o Senhor nos dá.
“Irmãos: Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a
não ser pela ação do Espírito Santo. De facto, há diversidade de dons
espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o
Senhor é o mesmo. Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. Assim
como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros, apesar de
numerosos, constituem um só corpo, assim também sucede com Cristo. Na verdade,
todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só
Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um
único Espírito.”
No evangelho (Jo 20, 19-23) S.João, que
coloca todos os acontecimentos pascais a terem lugar num mesmo dia,o primeiro
da semana, desafia-nos a deixarmo-nos conduzir pelo Espírito Santo, vivendo
numa mesma confiança em Jesus ressuscitado. É pela ação do Espírito Santo que
recebemos a Paz de Jesus e seremos anunciadores do Amor de Deus por todos os homens
em geral e por cada um em particular. Assim nos deixemos repassar e inundar
pelo Espírito Santo.
“Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo
dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja
convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram
cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja
convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto,
soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem
perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes
ser-lhes-ão retidos».”
Enviai Senhor o Vosso Espírito e renovai os
nossos corações.
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