quinta-feira, 28 de abril de 2022

  SEMANA II DO TEMPO PASCAL- 2022

Santa Catarina de Sena 


Sexta-feira II da Páscoa - 29.04.2022

EVANGELHO Mt 11, 25-30

«Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.»

Comovido, Jesus eleva a Sua voz para o Pai dando a conhecer que Deus Se revela ao simples e não aos sábios. A revelação de Deus é esta unidade entre o Pai e o Filho. Os dois são um só e quem conhece um conhece o outro. Só Deus pode revelar esta verdade. Em Cristo, todos os que buscam podem descansar. Vinde a mim vós que estais cansados de buscar e não encontrais, os que andais angustiados com o sentido da vida e a existência de Deus e encontrareis alívio. A verdade revelada por Cristo dá o descanso à alma.

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Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

No Evangelho encontramos o convite de Jesus. Ele diz assim: «Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e oprimidos, e Eu aliviar-vos-ei» (Mt 11, 28). Quando Jesus pronuncia estas palavras, tem diante dos seus olhos as pessoas que encontra todos os dias pelas estradas da Galileia: muita gente simples, pobre, doente, pecadora, marginalizada... Este povo sempre acorreu a Ele para ouvir a Sua palavra — uma palavra que incutia esperança! As palavras de Jesus incutem sempre esperança! — mas também para tocar pelo menos numa orla da Sua veste. O próprio Jesus ia em busca destas multidões cansadas e desgarradas, como ovelhas sem pastor (cf. Mt 9, 35-36), e procurava-as para lhes anunciar o Reino de Deus e para curar muitos no corpo e no espírito. Agora, chama-os todos a Si: «Vinde a mim», prometendo-lhes alívio e consolação.

Este convite de Jesus estende-se até aos nossos dias, para alcançar numerosos irmãos e irmãs oprimidos por condições de vida precárias, por situações existenciais difíceis e às vezes desprovidas de pontos de referência válidos. Nos países mais pobres, mas também nas periferias dos países mais ricos encontram-se muitas pessoas cansadas e abatidas, sob o peso insuportável do abandono e da indiferença. A indiferença: como a indiferença humana faz mal aos necessitados! E pior ainda é a indiferença dos cristãos! Às margens da sociedade há muitos homens e mulheres provados pela indigência, mas inclusive pela insatisfação da vida e da frustração. Numerosas pessoas são obrigadas a emigrar da sua Pátria, pondo em perigo a própria vida. Um número muito maior delas suportam todos os dias o fardo de um sistema económico que explora o homem e impõe um «jugo» insuportável, que os poucos privilegiados não querem carregar. A cada um destes filhos do Pai que está no Céu, Jesus repete: «Vinde a mim, vós todos!». Mas di-lo também àqueles que possuem tudo, mas cujo coração está vazio, sem Deus. Inclusive a eles, Jesus dirige este convite: «Vinde a mim!». A exortação de Jesus está destinada a todos. Mas de modo especial àqueles que sofrem em maior medida.

Jesus promete dar alívio a todos, mas dirige-nos também um convite, que se parece com um mandamento: «Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). O «jugo» do Senhor consiste em carregar o peso dos outros com amor fraterno. Quando recebemos o alívio e a consolação de Cristo, por nossa vez, somos chamados a tornar-nos alívio e consolação para os irmãos, com atitude mansa e humilde, à imitação do Mestre. A mansidão e a humildade do coração ajudam-nos não apenas a carregar o fardo dos outros, mas também a não pesar sobre eles com os nossos pontos de vista pessoais, os nossos juízos, as nossas críticas ou a nossa indiferença.

Invoquemos Maria Santíssima, que acolhe sob o seu manto todas as pessoas cansadas e abatidas a fim de que, através de uma fé iluminada e testemunhada na própria vida, possamos servir de alívio para quantos têm necessidade de ajuda, ternura e esperança.


Audiência Geral de 6 de julho de 2014

Papa Francisco

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