sábado, 13 de fevereiro de 2021

  VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

As leituras deste domingo continuam a temática do sofrimento e, nos tempos que correm, mais do que noutras alturas, impelem-nos e ensinam-nos a procurar Deus e a pedir-Lhe ajuda. Todo o que sofre e se encontra débil, frágil e completamente dependente, clama por auxílio, por consolo, pela cura. Só Deus nos pode salvar e fá-lo por Amor, porque nos ama infinitamente e está sempre pronto para Se encontrar com cada um de nós, assim nós nos deixemos tocar, abraçar por Ele. 


A 1ªleitura (Lev 13, 1-2.44-46), ainda que de forma figurativa, como que nos projeta para tantas situações que temos vivido ultimamente. Na verdade, sentimos como um imperativo, uma exigência o cumprimento de uma série de regras e comportamentos em função de um bem maior que é a saúde pública: a maior preocupação é confinar para não infetar. E, quando o afastamento, o isolamento se faz porque amamos as pessoas com quem convivemos e não queremos contribuir para que fiquem doentes, torna-se ativa e solidária a forma como passamos a viver a exclusão, o afastamento físico, a que somos moral e legalmente obrigados. Continua a ser terrível e difícil, mas Deus Amor dá outro sabor à vida.

“O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Quando um homem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra, devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos. O leproso com a doença declarada usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará: ‘Impuro, impuro!’. Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».

Na 2ªleitura (1 Cor 10, 31 – 11) S.Paulo é taxativo, dá-nos a solução para todas as situações: “sede meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Há que ter a coragem de arriscar e colocar tudo nas mãos de Deus, como fez S.Paulo, mas cada um ao seu jeito, claro.   

"Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo."

No evangelho (Mc 1, 40-45) vemos o agir de Deus. Jesus revela-nos o Pai: primeiro escuta o pedido do leproso, ou melhor, escuta o homem que suplica. Nunca fica indiferente perante aquele que se lhe dirige de “coração nas mãos”. Depois, é a confiança, a fé de quem reconhece que Jesus é o Senhor da Vida. Por fim, é o Amor misericordioso de Deus que Jesus nos traz, que com toda a ternura e carinho lhe diz “Quero, fica limpo”. Como ficar calado, quando se sentiu totalmente amado em Deus! Por certo, o seu coração não conseguia conter tanta alegria e felicidade. É assim que somos convidados a anunciar o Amor de Deus, com este entusiamo e alegria que brota de um coração que se sente amado por Deus, sejam quais forem os caminhos por onde andamos.

“Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.”

 
Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe nossa, Mãe da Igreja, rogai por nós.

Saúde dos enfermos, rogai por nós.

Senhor, salva-nos desta pandemia. Se quiseres podes curar-nos. 

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