DOMINGO XXXIV DO TEMPO COMUM
Eis-nos chegados ao final do Ano Litúrgico B! O fim do
ano litúrgico é celebrado com uma festa – Jesus Cristo, Rei do Universo – que
faz a ponte com o Ano Litúrgico C, que iniciaremos na próxima semana. Afinal, a
unidade é sempre feita em Jesus Cristo, tudo se orienta para Ele, quer no princípio,
quer no fim, Ele é o Alfa e o Ómega, o Senhor do Universo.
Na 1ªleitura (Dan 7, 13-14) Daniel profetiza a vinda do “Filho do homem”,
isto é de Jesus Cristo, como o Salvador, o Rei, não só do povo escolhido, mas
de todas as nações, por isso também é o nosso Rei e Senhor. Louvemo-l’O e
exaltemo-l’O, por todas as maravilhas que fez em nosso favor.
“Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído.”
Na 2ªleitura (Ap 1, 5-8) S.João diz-nos que o reino, que é anunciado por Daniel na 1ªleitura,
já se realizou em Jesus e continua vivo e atuante, hoje em dia, no meio de nós.
Entreguemo-nos de alma e coração, deixemos que Ele nos habite por inteiro, para
que, um dia, na plenitude dos tempos Deus, Amor Infinito, seja tudo em todos.
“Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos
reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e
fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder
pelos séculos dos séculos. Ámen. Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os
olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão de
lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Ámen. «Eu sou o Alfa e o Ómega», diz
o Senhor Deus, «Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo».”
No evangelho (Jo 18, 33b-37) S. João conta-nos como Jesus confirmou a Sua
realeza. Efetivamente Jesus é o Filho Único de Deus, é Rei, é Senhor, mas de um
mundo novo, um mundo de amor infinito por todos e por cada um individualmente,
onde: poder significa servir, estar ao serviço; o trono é uma cruz vitoriosa;
os primeiros são os mais pobres, os marginalizados, aqueles a quem, tantas
vezes, esquecemos, ou ignoramos; os pecadores encontram o Amor; os que andam
cansados e abatidos encontram alívio; o Amor Infinito é o limite.
“Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?». Disse-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?». Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?». Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».”
Senhor, bendito e louvado sejas, hoje e sempre e por toda a eternidade. Ámen.
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