sábado, 21 de novembro de 2020

 XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM - SOLENIDADE DE CRISTO REI

Com a solenidade de Jesus Cristo - Rei do Universo, a Igreja fecha o ciclo litúrgico do Ano A. É o coroar de uma caminhada, que prepara o início de um novo ano litúrgico no próximo domingo. A coroação de Jesus Rei faz a ponte com o início da preparação do nascimento do Menino Jesus, de forma a ligar a celebração de todo o Mistério Salvífico, que, pedagogicamente, a Igreja vai apresentando ao longo de cada ano.

As leituras centram-nos na realeza divina de Jesus, que tem como fundamento a Sua vida, morte e ressurreição. Jesus, o Filho de Deus encarnado, na Sua vida terrena, fez escolhas. Em tudo e sempre optou por dar-Se, gastar-Se totalmente até à morte de Cruz (Seu trono de glória), em nosso favor, por Amor.

Na 1ªleitura ( Ez 34, 11-12.15-17) o profeta, ao consolar o povo de Israel, projeta-nos para Deus, o Bom Pastor, que vamos encontrar no evangelho. Jesus veio cumprir a profecia de Ezequiel, Ele é o nosso Bom Pastor! Deixemos que nos guie, abramos-Lhe a porta do nosso coração.

“Eis o que diz o Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei de encontrá-las. Como o pastor vigia o seu rebanho, quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu guardarei as minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar, diz o Senhor Deus. Hei de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa. Hei de apascentá-las com justiça. Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos».

Na 2ªleitura (1 Cor 15, 20-26.28) S.Paulo apresenta-nos a soberania de Jesus, como primícia de todos os que viveram, antes, durante e depois d’Ele. A realeza divina de  Jesus a todos integrará e com todos contará, assim saiba, cada um de nós, deixar-se habitar totalmente por Ele e d’Ele viver, no concreto de cada dia, junto dos que o Senhor coloca nos nossos caminhos.

“Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai, depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte. Quando todas as coisas Lhe forem submetidas, então também o próprio Filho Se há de submeter Àquele que Lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.”

No evangelho (Mt 25, 31-46) Jesus dá-nos uma catequese sobre Deus, justo Juíz, misericordioso, Amor infinito, que nos julgará em função dos nossos atos, tendo sempre como critério o amor com que servimos o nosso próximo. Ele, que é só Amor, pelo amor nos julgará. Deixemos que o Senhor Jesus, o Bom Pastor, que deu a Sua Vida por todos, em geral, e por cada um, reine , habite no nosso coração e nos preencha por inteiro e, então, n’Ele, amaremos os que o Senhor colocar nas nossas vidas.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’. E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

Senhor habita-me por inteiro, ama em mim cada um dos que faz parte do meu viver de cada dia. 

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