XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Nas leituras deste domingo somos confrontados connosco próprios, fundamentalmente na forma como: procuramos o Senhor, no dia a dia da vida; nos deixamos alimentar por Ele; nos preparamos para O encontrarmos em cada um dos que coloca nos nossos caminhos; nos disponibilizamos para o encontro definitivo em que O veremos face a face.
Na 1ª leitura (Sab 6, 12-16) o autor sagrado
projeta-nos claramente para Jesus, que
vive nos que O procuram, que Se antecipa e dá a conhecer aos que O desejam, que
habita os que lhe abrem o coração e se deixam transformar por Ele. Deixemo-nos
iluminar, amar por este Amor sem fim, que é Jesus Cristo, a Sabedoria de Deus.
“A Sabedoria é luminosa e o seu brilho é inalterável; deixa-se ver facilmente àqueles que a amam e faz-se encontrar aos que a procuram. Antecipa-se e dá-se a conhecer aos que a desejam. Quem a busca desde a aurora não se fatigará, porque há de encontrá-la já sentada à sua porta. Meditar sobre ela é prudência consumada e quem lhe consagra as vigílias depressa ficará sem cuidados. Procura por toda a parte os que são dignos dela: aparece-lhes nos caminhos, cheia de benevolência, e vem ao seu encontro em todos os seus pensamentos.”
Na 2ªleitura (1 Tes 4, 13-18) S.Paulo dá-nos a razão da
nossa fé, Jesus Ressuscitado. Se com Jesus vivermos, com Ele havemos de
ressuscitar um dia e n’Ele seremos conduzidos a Deus. Jesus é a nossa força, a
nossa esperança, a certeza do Amor Infinito de Deus, Uno e Trino, vivo e
presente em cada ser por Si criado. Que graça única é esta de sermos, em Jesus,
filhos amados de Deus. Bendito e louvado sejas Senhor, hoje e sempre, pelos
séculos sem fim.
“Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido. Eis o que temos para vos dizer, segundo uma palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido. Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
No evangelho (Mt 25, 1-13) Jesus ajuda-nos a refletir
sobre a forma como vivemos a nossa fé, no dia a dia da vida: como é que
espelhamos e espalhamos Deus Amor em tudo o que somos e fazemos; de que forma testemunhamos o nosso “ser cristão”
na relação com os que vivem, convivem, ou se cruzam nos nossos caminhos; como e com que preparamos as nossas candeias para a
chegada do Amado,…. Só o Amor de Deus poderá alimentar e encher as nossas almotolias! Deixemos que o Senhor
nos habite por inteiro, pois n’Ele, Amor Infinito, a Luz nunca se extinguirá.
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Senhor, que eu nunca deixe de Te procurar, de Te desejar e de me abrir à Tua Luz.
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