XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
As leituras, da
liturgia deste domingo, ajudam-nos a olhar para Deus com "outros
olhos", desafiam-nos a deixarmo-nos amar por Ele. Isaías revela-nos Deus
como alguém que ama o homem e tudo faz para que este seja feliz. Isto mesmo
vemos confirmado no Evangelho, em Jesus, na forma como Ele age.
Na 1ª leitura (Is 35, 4-7a) Isaías, numa linguagem particularmente bela, anuncia a libertação do exílio da Babilónia, ao povo de Israel. As imagens que escolhe para lhes apresentar Deus como libertador, são também para nós, homens dos sec.XXI, pois sabemos que em Jesus, é o próprio Deus que nos salva. «Tende coragem, não temais. Aí está o vosso Deus; vem para fazer justiça
e dar a recompensa; Ele próprio vem salvar-nos».
E se lhe abrirmos o nosso coração veremos, na nossa vida, tudo quanto Ele faz em nosso favor. Não nos tira as dificuldades, mas connosco vencê-las-á.«Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. As águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície; a terra seca transformar-se-á em lago e a terra árida em nascentes de água.»
"Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia,
veio para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse
as mãos sobre ele. Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos
nos ouvidos e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao Céu,
suspirou e disse-lhe: «Efatá», que quer dizer «Abre-te». Imediatamente se
abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar
correctamente. Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto
mais lho recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam. Cheios de
assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os
mudos falem»."
Senhor abre-me os ouvidos para que eu escute o que queres dizer ao meu coração.
E se lhe abrirmos o nosso coração veremos, na nossa vida, tudo quanto Ele faz em nosso favor. Não nos tira as dificuldades, mas connosco vencê-las-á.«Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. As águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície; a terra seca transformar-se-á em lago e a terra árida em nascentes de água.»
Na 2ªleitura (Tg 2, 1-5) S.
Tiago situa-nos no exercício do amor aos irmãos, onde quer que estejamos e é,
mais uma vez, muito claro quando nos diz que quem ama não faz aceção de
pessoas. Mais, diz-nos que o cristão manifesta preferência pelos mais pobres.
Também o papa Francisco nos tem pedido, tantas vezes, que seja esta uma das
marcas que nos distinga: o amor pelos mais pobres e desfavorecidos.
O evangelho é a
confirmação do anunciado na 1ªleitura, por Isaías. Jesus aproxima-se do surdo,
toca-lhe, entra no seu coração, faz-se um com o Pai e nessa comunhão de Amor,
Deus inunda do Seu Amor aquela alma, que começa a proclamar os milagres de
Deus. Para mim este é o segredo, quanto mais nos deixarmos repassar pelo Amor
de Deus, mais sentiremos as maravilhas que Ele continua a fazer hoje em dia.
Mc 7,31-37
Senhor abre-me os ouvidos para que eu escute o que queres dizer ao meu coração.
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