domingo, 5 de agosto de 2012

Mais do que o alimento do corpo...



É  tempo de férias...Finalmente!
Sou uma das pessoas deste país e desta velha Europa, que, apesar de entrada na idade, ainda pode dizer esta frase. Obrigada Senhor pelo dom do trabalho e deixa, primeiro que Te agradeça por ainda poder ser útil aos outros, através do desempenho da minha profissão e depois permite que Te peça especialmente pelos que querem trabalhar, de verdade,  e não conseguem encontrar onde. Ajuda-nos Senhor a encontrarmos formas de, pondo os dons que nos deste a render, podermos também ajudar e contribuir para encontrar saídas, alternativas para a situação atual dos desempregados e do país em todos os seus setores, fundamentalmente no que diz respeito à procura de Ti e de tudo o que nos vais ensinando, através da Tua Palavra e de Ti Próprio, no pão da vida.. 
É verdade que o começo da minha reflexão não tem uma relação direta com o que escutei na Tua Palavra de hoje, mas indiretamente creio que está também ligado. Afinal, criaste-nos a todos, para sermos felizes e esse caminho passa também por nos encontrarmos em Ti, enquanto pessoas que põem os seus dons a render em favor dos outros. E, para mim, o trabalho é também um desses caminhos, entre outros...e digo propositadamente trabalho, em vez de emprego, pois em muito casos há uma grande diferença.
Mas, pensando melhor, a relação é mesmo direta, sobretudo com a 1ª leitura e com o Evangelho.





Evangelho segundo S. João 6,24-35.

 Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?»
Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»
Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos em ti? Que obra realizas Tu? Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu, pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.

Se nós acreditássemos verdadeiramente que Jesus é o Filho de Deus, que vive no meio de nós, que se faz um connosco, no mais íntimo de nós próprios, cada vez que o comungamos e que essa comunhão do Pão Vivo, que é Ele, nos faz mesmo irmãos uns dos outros, enquanto família de Deus que passamos a ser a partir do dia do nosso batismo, como seria diferente o nosso viver. O problema é o mesmo da multidão que seguia Jesus por causa dos milagres que Ele fazia. Exigimos, fazemos promessas em troca de graças que pedimos, mas será que acreditamos mesmo que este Deus, Amor infinito por cada homem, nos habita por meio de Seu Filho Jesus, que recebemos na Eucaristia? Então porque não nos amamos uns aos outros como família que somos, neste Deus que todo se nos dá em cada segundo desta vida que nos concedeu? Porque não se diz de nós o mesmo que se dizia dos primeiros cristãos?!
Que esta crise que atravessamos seja um caminho para redescobrirmos o que é essencial, Deus neste Amor sem fim por todos e por cada ser humano em particular!

Eu creio em Ti Senhor, mas aumenta a minha pouca fé!
Mãe Santíssima ensina-me a amar Jesus na totalidade do meu ser.

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