"Quando sou fraco então é que sou forte"

XIV Domingo do Tempo Comum

Atrasei-me em relação à reflexão que costumo fazer relativamente às leituras de cada domingo. A vida é mesmo assim, às vezes "foge-nos das mãos e do pensamento" e há que respeitar a sua própria dinâmica. Mas não é por já ser "fora do tempo" que vou deixar de registar a importância das leituras desse domingo, na minha vida.

Concordo plenamente quando se diz que a leitura da Palavra é viva, porque seja qual for a situação em que nos encontremos, ela vem sempre ao nosso encontro , como que numa resposta aos anseios, angústias, vivências que estamos a passar naquela altura. O Senhor conhece-nos tão bem que sabe o que precisamos de escutar, em especial, naquele momento, para crescermos na fé.

E eu escutei-Te Senhor principalmente na 2ª leitura:

Irmãos: Para que a grandeza das revelações não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me ferir, a fim de que não me orgulhasse.
A esse respeito, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.
Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.» De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.
Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.

2ª Carta aos Coríntios 12,7-10

É verdade, foi esta leitura que "mexeu" mais comigo. Porquê? Porque a atitude de S.Paulo é sem dúvida a resposta de um homem de fé, de alguém que crê verdadeiramente no amor, na presença do Senhor Jesus nos momentos de dor e de angústia. É como se Deus me  dissesse e agora, minha querida filha não acreditas que também aí Eu estou, em plenitude contigo, para que vivas de mim nessas situações, para que deixes que a minha Luz e o Meu Amor redimam, iluminem, abracem todos os que estão a viver esses problemas?!

Eu sei Senhor, que a minha atitude é, tantas vezes, a do Teu povo da 1ªleitura, ou a dos habitantes da tua  terra incapazes de Te verem para além do filho do carpinteiro, apesar dos milagres que fazias, mas noutras alturas como sinto o quanto amas cada homem, por mais humilde e pobre que seja! Por isso, neste momento, só Te peço Senhor a graça de nunca duvidar do quanto me amas, da Tua presença viva e atuante em todas as situações da vida, de que nunca estou só, porque Tu estás sempre connosco até ao fim dos tempos. Que o Teu Amor me inunde e fortaleça sempre, sempre, sempre...Que a Tua Graça me baste Senhor!

Eu creio em Ti Senhor, mas aumenta a minha pouca fé!

Mãe Santíssima ensina-me a amar Teu Filho como o amaste Tu.