XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM
Nas
leituras de hoje somos desafiados a viver como Jesus nos ensinou, isto é, tendo
gravada no coração a lei do Senhor: amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos. No fundo trata-se de um desafio a viver de Deus, com
Deus e por Deus, ou melhor, dito de outra forma, somos chamados a viver do
Amor, com Amor e por Amor, porque afinal trata-se de viver numa relação com
Deus, que é Amor.
Na
1ªleitura (Deut 6,
2-6) o autor sagrado projeta-nos para o que nos faz felizes e
está gravado no nosso coração: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e
com todas as tuas forças.”
“Moisés dirigiu-se ao povo, dizendo:
«Temerás o Senhor, teu Deus, todos os dias da tua vida, cumprindo todas as suas
leis e preceitos que hoje te ordeno, para que tenhas longa vida, tu, os teus
filhos e os teus netos. Escuta, Israel, e cuida de pôr em prática o que te vai
tornar feliz e multiplicar sem medida na terra onde corre leite e mel, segundo
a promessa que te fez o Senhor, Deus de teus pais. Escuta, Israel: o Senhor
nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com todas as tuas forças. As palavras que hoje te
prescrevo ficarão gravadas no teu coração».”
Na 2ªleitura S.Paulo continua a
situar-nos no verdadeiro e único sacerdote, perfeito para sempre, que é Jesus Cristo. Deixemo-nos amar por Ele,
que deu a Sua vida por nós e, de uma vez para sempre, nos resgatou para Deus.
Diz-nos, ainda, S.Paulo que Jesus está a interceder continuamente por nós junto
do Pai Eterno. Confiemos e entreguemo-nos de coração a tão poderoso intercessor.
“Irmãos: Os sacerdotes da antiga
aliança sucederam-se em grande número, porque a morte os impedia de durar
sempre. Mas Jesus, que permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno. Por
isso pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de
Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles. Tal era, na verdade,
o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos
pecadores e elevado acima dos céus, que não tem necessidade, como os sumos
sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus próprios
pecados, depois pelos pecados do povo, porque o fez de uma vez para sempre
quando Se ofereceu a Si mesmo. A Lei constitui sumos sacerdotes homens
revestidos de fraqueza, mas a palavra do juramento, posterior à Lei,
estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre.”
No Evangelho (Mc 12, 28b-34) é o
próprio Jesus que nos diz qual é o caminho da nossa salvação: Amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. No fundo é o mandamento do
Amor. E se vivermos de Deus, aprenderemos de Jesus a viver como Ele nos
ensinou. Sigamos o que nos disse, deixemo-nos desafiar por Ele, como fez o
escriba de que fala neste evangelho.
“Naquele tempo, aproximou-se de Jesus
um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus
respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma,
com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este:
‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que
estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus
é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a
inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais
do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma
resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E
ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.”
Senhor, ensina-me a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesma.
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