sábado, 11 de janeiro de 2020

FESTA DO BATISMO DO SENHOR - 2020
Adaptado de "Dibujos de Fano"

Terminado o tempo festivo do Natal, a Igreja Católica continua em festa, pois hoje celebramos o Batismo do Senhor Jesus. E, como cada um de nós, batizados, agradece e festeja esse dia marcante na sua história pessoal de ser humano cristão, também a humanidade torna presente e por isso festeja o dia do Batismo de Jesus. Na verdade, sendo Deus, Jesus era santo e imaculado, não precisando, em nada, do batismo de João, que convidava ao arrependimento e perdão dos pecados, que Ele não tinha, mas, como qualquer judeu do seu tempo, quis submeter-se ao ritual, de fé, do povo em que nasceu. E, em boa hora o fez, pois todos nós passámos a beneficiar desse Seu ato de amor, uma vez que, a partir desse momento, n’Ele, por Ele e para Ele, os céus abriram-se e foi restabelecida a Aliança do Pai com esta humanidade de ontem, de hoje e de sempre. O Menino, ontem nascido pobremente, num qualquer estábulo de Belém, é hoje um jovem, que somos convidados a continuar a contemplar, pois, n’Ele, Deus continua a manifestar o Seu profundo e ilimitado Amor por cada um de nós, Seus filhos no Filho, e vai-Se-nos revelando, à medida que o nosso coração se Lhe vai abrindo. Deixemo-nos conduzir e inundar pelo Seu Amor, ao longo desta nova etapa da caminhada, que nos guiará até à fase seguinte - o tempo da quaresma.

A 1ª leitura (Is 42, 1-4.6-7) projeta-nos diretamente para o Evangelho, para o “Servo”, para o Eleito de Deus, para a Luz das nações que veio restabelecer a Aliança de Deus com os homens: Jesus Cristo. Deixemos que Ele nos abra os olhos e nos liberte das trevas, a fim de que sejamos instrumentos da Sua proclamação e estabelecimento da justiça para todos.
«Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».


Na 2ªleitura (Atos 10, 34-38) S. Pedro alarga a dimensão do batismo cristão a todos os homens de boa vontade que o desejem, independentemente do seu credo, povo, raça, ou língua. Ninguém, fica de fora, todos são convidados a receber a manifestação do Espírito Santo e a fazer parte da Igreja de Cristo, da família de Deus.
“Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável. Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele».”


No evangelho (Mt 3, 13-17) o Céu desce à Terra e revela-nos Jesus, como o “Filho muito amado de Deus Pai, no qual pôs a Sua complacência”. Neste momento, Deus Uno e Trino revela-se presente na história humana. É, na verdade, um momento único em que se inicia uma caminhada de Amor sem fim, em que Jesus, Deus feito homem, a viver connosco, nos vai revelando Deus e o seu Amor infinito e total por cada um de nós, Seus filhos no Filho. Que todos queiramos, desejemos fazer parte desta relação de Amor sem fim. Deus é Amor, que nunca se esgota e está sempre à espera, de braços abertos, por todos os que O procuram de coração sincero. Nunca, mas mesmo nunca, nos rejeita. Deixemo-nos amar por Ele. Confiemos verdadeiramente n’Ele, que é o Amor, e entreguemos-Lhe tudo o que somos e temos.
“Naquele tempo, Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se, dizendo: «Eu é que preciso de ser batizado por Ti e Tu vens ter comigo?». Jesus respondeu-lhe: «Deixa por agora; convém que assim cumpramos toda a justiça». João deixou então que Ele Se aproximasse. Logo que Jesus foi batizado, saiu da água. Então, abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele. E uma voz vinda do céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência».”

Senhor, que o meu coração se deixe amar totalmente por Ti, em todos os momentos e circunstâncias.

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