sábado, 20 de abril de 2019

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR


Vou  hoje recorrer ao Precónio Pascal, da noite da vigília, para  louvar a Deus, para exultar de alegria, porque Jesus Ressuscitou, está vivo, no meio de nós, porque Ele venceu a morte. É, sem dúvida, um dos mais belos hinos que conheço. Aleluia! Aleluia! Aleluia! 
Exulte de alegria a multidão dos Anjos, exultem as assembleias celestes, ressoem hinos de glória, para anunciar o triunfo de tão grande Rei.
Rejubile também a terra, inundada por tão grande claridade, porque a luz de Cristo, o Rei eterno, dissipa as trevas de todo o mundo.
Alegre-se a Igreja, nossa mãe, adornada com os fulgores de tão grande luz, e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.
É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação  proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente, e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída e com seu Sangue precioso apagou a condenação do antigo pecado.
Celebramos hoje as festas da Páscoa, em que é imolado o verdadeiro Cordeiro, cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite, em que libertastes do cativeiro do Egipto os filhos de Israel, nossos pais, e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite, em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite, que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo aqueles que hoje por toda a terra creem em Cristo, noite que os restitui à graça e os reúne na comunhão dos Santos.
Esta é a noite, em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta glorioso do túmulo.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predileção do vosso amor! Para resgatar o escravo entregastes o Filho. 
Oh necessário pecado de Adão, que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa, que nos mereceu tão grande Redentor! 
Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas; restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes. 
Oh noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra com Deus!
Nesta noite de graça, aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor, que, na oblação deste círio, pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós como suave perfume, junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso, Jesus Cristo vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelos séculos dos séculos. 

Esta é a noite das noites!

Nas leituras da vigília pascal somos convidados a contemplar Deus através de várias leituras: começamos com Deus Criador do mundo; seguimo-Lo como Deus que acompanha todo o percurso do povo escolhido; acolhemos a manifestação infinita do Amor de Deus, que se faz presente na nossa história individual, mas também na história da nossa comunidade paroquial e na história de toda a humanidade; terminamos no triunfo de Jesus sobre a morte. Tudo nos conduz a uma aclamação sem fim a Jesus, que todo se deu, por nosso amor e nos revela o Amor infinito do Pai por cada um de nós. 


Sim, o coração canta, a alma rejubila e diante dos nossos olhos acontece um verdadeiro milagre de Amor: a morte foi vencida, Jesus Cristo Ressuscitou.


Evangelho (Jo 20, 1-9) da missa do dia de Domingo de Páscoa:

“No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.” 
Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus. 

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