sábado, 27 de abril de 2019

DOMINGO II DA PÁSCOA 
ou 
DA DIVINA MISERICÓRDIA


Na segunda semana da Páscoa, a liturgia desafia-nos a dar testemunho, na nossa vida, em toda e qualquer situação, de que acreditamos verdadeiramente que Jesus está vivo e ressuscitado no meio de nós.


Na 1ªleitura (Actos 5, 12-16) damo-nos conta da forma como cresciam as primeiras comunidades, graças à ação do Espírito Santo, que agia nos apóstolos e, através deles, no coração de quem os escutava de coração sincero. O desafio que hoje nos é colocado é o mesmo, isto é, somos "convocados" a viver em comunidade, como os primeiros cristãos, que radicados em Jesus ressuscitado, fortalecidos pelo Espírito Santo, se ajudavam uns aos outros, tudo punham em comum e se amavam de tal forma entre si, que , pelo seu testemunho de vida, atraíam cada vez mais pessoas a seguir Jesus Cristo vivo e ressuscitado e a proclamar os Seus ensinamentos. 
“Pelas mãos dos Apóstolos realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de Salomão; nenhum dos outros se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo enaltecia-os. Uma multidão cada vez maior de homens e mulheres aderia ao Senhor pela fé, de tal maneira que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e em catres, para que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. Das cidades vizinhas de Jerusalém, a multidão também acorria, trazendo enfermos e atormentados por espíritos impuros e todos eram curados.” 


Na 2ªleitura (Ap 1, 9-11a.12-13.17-19) S.João  dá-nos força e confiança, apontando-nos, como único caminho, Jesus Cristo, que está vivo e ressuscitado no meio de nós. Se Ele, e só Ele, for a única força em que nos apoiemos, nada, nem ninguém, poderá separar-nos do Amor de Deus. 
“Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e na perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor fui movido pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, semelhante à da trombeta, que dizia: «Escreve num livro o que vês e envia-o às sete Igrejas». Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava; ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante a um filho do homem, vestido com uma longa túnica e cingido no peito com um cinto de ouro. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Mas ele poisou a mão direita sobre mim e disse-me: «Não temas. Eu sou o Primeiro e o Último, o que vive. Estive morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e da morada dos mortos. Escreve, pois, as coisas que viste, tanto as presentes como as que hão de acontecer depois destas».”


No evangelho (Jo 20, 19-31) Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, que, finalmente, acreditam que Ele ressuscitou. E embora S.Tomé, neste primeiro encontro, não esteja presente, da segunda vez, na presença do Senhor, integrado na comunidade, fará a sua profissão de fé. Recebamos também nós a paz, a alegria, a confiança que o Senhor lhes transmitiu e acreditemos que o Senhor Jesus, ressuscitou e vive, habita por inteiro, nos nossos corações, hoje, em pleno século XXI. Deixemo-nos inundar pelo Seu Amor e sejamos suas testemunhas, no dia a dia da vida, junto daqueles com quem vivemos, nos cruzamos, ou nos movemos.
“Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.” 


Senhor eu creio que estás vivo, ressuscitaste. Aleluia!

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