I DOMINGO DO ADVENTO
Com o
início do Novo Ano Litúrgico – Ano B, entramos no Advento. Este é um tempo novo, é o tempo da espera do
Senhor que vem. Mas, para O acolhermos, de coração sincero, esta espera tem que
ser ativa e vigilante.
E a palavra que marca as leituras de hoje é “vigiai”,
um pouco na sequência das últimas leituras do Ano Litúrgico - A, que agora
termina. Apesar de ser um tempo novo, dá continuidade ao que nos foi pedido nos
domingos anteriores: “Vigiai,
portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa”.É mais uma oportunidade que o Senhor nos dá, para vivermos este tempo, que tem a graça tão especial do encontro com Ele e de podermos saborear o Seu eterno amor por cada um de nós! Vigiemos então e preparemos
o nosso coração, no caminho de conversão e oração que nos vai conduzir, ao
longo destas quatro semanas, à “Gruta de Belém”, na Noite Santa.
Como é bela esta oração! Quantas vezes ao rezarmos,
embora de forma diferente, cada um ao seu jeito, expressamos os mesmos sentimentos do profeta para com Deus, nosso Pai. A 1ª leitura é um texto que, por um lado, nos leva a contemplar, a
louvar Deus no seu imenso amor por esta humanidade, e, por outro, desafia-nos,
ajuda-nos a entregar toda a nossa fragilidade nas Suas mãos de Pai, de Oleiro
que nos molda com todo o Amor, tendo em atenção a qualidade do “barro” de cada
um. Deixemo-nos “fazer” por Ele neste Advento e sempre.
“Vós,
Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome. Porque
nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração,
para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa
herança. Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam
os montes! Mas vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes.
Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós,
fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam. Vós saís ao encontro dos que
praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós,
porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos. Éramos todos como
um ser impuro, as nossas ações justas eram todas como veste imunda. Todos nós
caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento. Ninguém
invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos
tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas. Vós,
porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos
obra das vossas mãos.”
Is
63, 16b-17.19b; 64, 2b-7
Na
2ªleitura (1 Cor 1, 3-9), S.Paulo desafia-nos a pôr os dons, que Deus nos
concedeu, ao serviço dos outros, enquanto esperamos pelo Senhor, que vem ao
nosso encontro.
No Evangelho Jesus faz-nos um apelo, muito veemente,
para estarmos vigilantes na fé, na preparação do nosso encontro com Deus. A
iniciativa é sempre do Senhor, mas Ele quer a nossa vigilância, a nossa colaboração.
Demos a Deus o nosso sim, numa resposta de amor, a quem tanto nos ama, como nos
diz a 1ªleitura.
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento. Será como
um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos
seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que
vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se
à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o
caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós,
digo-o a todos: Vigiai!».”
Mc 13,
33-37
Como é
possível que nos ames assim, desta forma tão total, Senhor, Tu, que nos
conheces no mais profundo de nós mesmos! Bendito e Louvado sejas pelo Teu Amor,
hoje e sempre. Ámen.
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