sábado, 27 de fevereiro de 2016

III DOMINGO DA QUARESMA


As leituras de hoje levam-nos ao arrependimento, à conversão de coração. Deus constrói uma história de amor infinito com o povo de Israel, estando sempre pronto a dar mais uma hipótese aos seus filhos, esquecendo as infidelidades que vão sendo cometidas ao longo do êxodo. Faz o mesmo com cada um de nós,ao longo da vida, Ele nunca deixa de nos amar, como só Ele ama, infinitamente.


Na 1ªleitura (Ex 3, 1-8a.13-15) vemos como Deus ama Israel e podemos antever o quanto ama cada um de nós. Deus nunca desiste de nenhum dos seus filhos! Do nosso lado, somos convidados a tirar, do dia a dia da vida, o que nos impede de nos entregarmos a Deus, como fez Moisés ao tirar as sandálias.

E acrescentou: «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egipto; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa, onde corre leite e mel»"



Na 2ª leitura (1 Cor 10, 1-6.10-12) S.Paulo relembra-nos alguns dos momentos significativos da história de amor de Deus com o seu povo. Depois alerta-nos para o que devemos evitar na nossa caminhada para Deus:

"Esses factos aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram. Não murmureis, como alguns deles murmuraram, tendo perecido às mãos do Anjo exterminador. Tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito para nos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos. Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair. "


No evangelho Jesus faz um apelo direto à conversão de coração, através dos exemplos que apresenta e da parábola que conta. Revela-nos também, com a parábola da figueira, a dimensão infinita da paciência, do amor de Deus para connosco, sempre pronto para nos acolher, sempre à espera de que o escolhamos como o nosso único amor.



"Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano»." 
Lc 13, 1-9


Senhor, concede-me a graça da conversão de coração.

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