sábado, 5 de março de 2016

IV DOMINGO DA QUARESMA


As leituras, deste quarto domingo da quaresma, têm em comum o apelo à reconciliação e a revelação da misericórdia de Deus Pai para connosco, seus filhos em Jesus. A reconciliação é-nos apresentada como um processo, um caminho, que se vai fazendo até ao encontro com o Amor infinito do Pai.


Na 1ª leitura (Jos 5, 9a.10-12) percebemos que Deus se reconciliou com o povo escolhido, tendo este chegado à terra prometida. Os filhos de Israel vão poder celebrar a festa da Páscoa e recolher frutos na terra de Canaã. Também nós, quando estamos reconciliados com Deus, após um caminho de conversão vivido ao longo da quaresma, poderemos celebrar a festa da Páscoa. 


Com S. Paulo, na 2ª leitura somos convidados a deixarmo-nos reconciliar com Deus, a contemplar a criação renovada em Cristo. N'Ele são renovadas todas as coisas. Deixemos que esta quaresma seja um caminhada de renovação em Cristo.

«Irmãos: Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram; tudo foi renovado. Tudo isto vem de Deus, que por Cristo nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. Na verdade, é Deus que em Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação. Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. A Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O com o pecado por causa de nós, para que em Cristo nos tornemos justiça de Deus.» 
2 Cor 5, 17-21

No evangelho (Lc 15, 1-3.11-32) Jesus revela-nos o amor imenso do Pai por cada um dos seus filhos. Vemos também como, à sua maneira, cada um dos seus filhos, no final da parábola, não é apresentado como filho. Parece que deixaram de sentir como filhos, mas o Pai continua a tratá-los sempre como filhos muito amados. Este é também um problema nosso, pois muitas vezes comportamo-nos como se não fossemos filhos infinitamente amados pelo Pai, mas Deus nunca desiste de nós. Ainda estamos longe e já o Pai nos vê e se enche de compaixão correndo a lançar-se-nos ao pescoço e cobrindo-nos de beijos. É assim que Deus nos recebe cada vez que nos afastamos.


Senhor, que eu me deixe sempre amar por Ti.

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