sábado, 13 de junho de 2020

DOMINGO XI DO TEMPO COMUM



Hoje, as leituras, que nos são propostas para a liturgia dominical, fazem ligação com a vida do Santo que acabámos de festejar de forma mais interior, do que o habitual, pois os festejos exteriores estavam confinados: Santo António. Nascido em berço nobre, destinado a carreira gloriosa, segundo a visão dos que lhe eram mais próximos, optou por se deixar transformar pela Graça de Deus, procurando outro tipo de “glória”. Foi, de facto, no seu tempo, um verdadeiro missionário do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pelo seu testemunho de vida e pelo profundo conhecimento das escrituras, espalhou, pelo mundo então conhecido, o Amor infinito de Deus por todos e por cada um, mas preferencialmente pelos mais pobres. Quantas almas não terão chegado ao conhecimento de Deus através do testemunho deste santo!
As leituras de hoje são um apelo ao anúncio vivo, porque vivido no concreto da vida e por isso testemunhado, do Amor, que é Deus, que nos ama infinitamente, a cada um dos que fazem parte da nossa labuta diária.


Na 1ªleitura (Ex 19, 2-6a) Deus envia Moisés com uma missão muito especial: anunciar ao povo eleito, o povo de Israel, que Ele, Deus, continua a Sua relação de Amor com eles, pelo que lhes propõe que, ao longo do caminho, sejam fiéis, que guardem a Sua Aliança e que se deixem amar por Ele. É exatamente isso o que o Senhor nos pede hoje a nós, seres viventes deste séc.XXI, que também queiramos ser amados por Ele, “O Amor” sem fim, entregando-nos de coração, por inteiro, a Ele e só a Ele. 
“Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em frente da montanha. Moisés subiu à presença de Deus. O Senhor chamou-o da montanha e disse-lhe: «Assim falarás à casa de Jacob, isto dirás aos filhos de Israel: ‘Vistes o que Eu fiz ao Egipto, como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial entre todos os povos. Porque toda a terra Me pertence; mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa’».”


Na 2ªleitura (Rom 5, 6-11) S.Paulo desperta-nos para a dimensão do amor de Deus por cada um de nós. Traz-nos Jesus como Aquele que se dá todo por nós, quando ainda éramos fracos e pecadores. É assim, tal qual somos, imperfeitos, que Jesus nos ama  gratuita e infinitamente, para que n’Ele nos tornemos perfeitos, para que vivamos no Amor. Deixemos que Jesus nos estreite nos seus braços e entreguemo-nos de coração, deixando cair tudo o que d’Ele nos afasta. Se assim fizermos, também nós seremos reconciliados com Deus, e n’Ele  amaremos o nosso próximo. 
“Irmãos: Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. Dificilmente alguém morre por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão seremos por Ele salvos da ira divina. Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, depois de reconci­liados, seremos salvos pela sua vida. Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.”


No evangelho (Mt 9, 36 – 10, 8) somos desafiados a fazer como os apóstolos, como Santo António e tantos outros santos e santas de Deus: responder sim ao chamamento que Jesus nos faz para anunciarmos com a nossa vida, em tudo o que somos e na forma como vivemos, o Amor infinito de Deus por cada ser criado. 
“Naquele tempo, Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».”



Santo António roga por nós, para que sejamos fiéis à Graça de Deus que recebemos no Batismo e nos deixemos transformar, pela ação do Espírito Santo, em verdadeiras testemunhas de Jesus vivo e ressuscitado. 
Senhor, a messe é grande e os operários são poucos. Enviai Senhor operários para a vossa messe.

Sem comentários:

Enviar um comentário