As leituras,
deste 3ºDomingo da Quaresma, continuam a projetar-nos para a aliança que Deus
fez com o “Homem”, hoje consubstanciada nos dez mandamentos, mas também na Nova
Aliança, que é o próprio Jesus, Filho Único de Deus, que nos habita.
Na 1ª
leitura (Ex 20, 1-17) recebemos a Lei de Deus, que é entregue a Moisés, mas é para libertação
de todo o povo. Na verdade, o nosso Deus, que é todo amor, sabia que precisávamos
de ajuda para crescermos na fé, daí a necessidade de termos princípios
orientadores, a que Jesus vem dar o verdadeiro significado, pois todos eles se
encerram em dois que são: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como
a nós mesmos.
"Não adorarás outros deuses nem lhes prestarás
culto. Eu, o Senhor teu Deus, sou um Deus cioso: castigo a ofensa dos pais nos
filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me ofendem; mas uso de
misericórdia até à milésima geração para com aqueles que Me amam e guardam os
meus mandamentos."
Na 2ªleitura S.Paulo diz-nos que a “loucura”
da Cruz, que parece a derrota total, é, afinal, um ato de amor supremo para a salvação de
todos e de cada homem em particular.
"Irmãos: Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria. Quanto a
nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os
gentios; mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é
poder e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os
homens e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens."
Cor 1, 22-25
No evangelho (Jo 2, 13-25) Jesus
apresenta-se como o novo templo, pelo qual chegaremos ao Pai. Jesus convida-nos
a sermos também templo, no qual está
presente Deus, que se quer comunicar, no Seu Amor, a todos os que põe nos
nossos caminhos. Deixemos que Ele nos habite.
"Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus
subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de
pombas e os cambistas sentados às bancas. Fez então um chicote de cordas e
expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o
dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam
pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de
comércio». Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo
pela tua casa». Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal
nos dás de que podes proceder deste modo?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este
templo e em três dias o levantarei». Disseram os judeus: «Foram precisos
quarenta e seis anos para se construir este templo e Tu vais levantá-lo em três
dias?». Jesus, porém, falava do templo do seu corpo. Por isso, quando Ele
ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e
acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus. Enquanto Jesus permaneceu em
Jerusalém pela festa da Páscoa, muitos, ao verem os milagres que fazia, acreditaram
no seu nome. Mas Jesus não se fiava deles, porque os conhecia a todos e não
precisava de que Lhe dessem informações sobre ninguém: Ele bem sabia o que há
no homem."
Senhor, que eu me deixe habitar por Ti, na
totalidade do meu ser.
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