XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
As leituras, deste domingo, desafiam-nos
a ter, sempre presente, uma atitude de vigilância na fé, sejam quais forem as circunstâncias
da vida que vivermos.
Na 1ªleitura vemos como o povo de Israel invoca o seu passado, como
garantia de que Deus nunca os abandona, mas, pelo contrário, os acompanha e protege
ao longo da sua História. Também, hoje, cada um de nós, ao ler a sua história
de vida, encontra uma relação de amor, que Deus foi construindo consigo, ao
longo dos anos. Que, à semelhança de Israel, a memória dessa vivência, nos
traga a certeza do amor de Deus, mesmo quando tudo à nossa volta parece desabar.
"A noite em que foram
mortos os primogénitos do Egipto foi dada previamente a conhecer aos nossos
antepassados, para que, sabendo com certeza a que juramentos tinham dado
crédito, ficassem cheios de coragem. Ela foi esperada pelo vosso povo, como
salvação dos justos e perdição dos ímpios, pois da mesma forma que castigastes
os adversários, nos cobristes de glória, chamando-nos para Vós. Por isso os
piedosos filhos dos justos ofereciam sacrifícios em segredo e de comum acordo
estabeleceram esta lei divina: que os justos seriam solidários nos bens e nos
perigos; e começaram a cantar os hinos de seus antepassados."
Sab 18, 6-9
Na 2ªleitura (Hebr 11, 1-2.8-19) S.Paulo traz-nos a história
de Abraão e Sara. Centra-nos no essencial das suas vidas, que foi a sua relação
com Deus: Abraão deixa tudo e parte, apoiado nas promessas do Senhor; acredita
que vai ser pai, contra todas as evidências, apenas porque o Senhor assim o
diz; quando tudo parece correr de feição, aceita oferecer seu filho em
sacrifício, porque o Senhor lho pede, mas crê que a Deus nada é impossível,
isto é, Ele tem o poder de ressuscitar os
mortos. Abraão confia totalmente em Deus, é a imagem do homem justo.
Precisamos desta atitude do nosso pai na fé, Abraão, também nos nossos dias:
acreditar sempre no Amor de Deus. Ele quer sempre o melhor para cada um de nós,
ainda que nos possa parecer o contrário.
No Evangelho (Lc 12, 32-48) escutamos as parábolas que Jesus nos conta e percebemos que, em todos os momentos da nossa vida, Ele está connosco e nos oferece o Seu Amor.
É a uma atenção vigilante que Ele nos chama, para não desperdiçarmos o Amor que
gratuitamente nos oferece, em cada instante do nosso viver e, para assim, apoiados n'Ele, O
podermos transmitir a todos os que vivem, se cruzam, trabalham e convivem connosco.
Senhor, que o meu coração se abra completamente a Ti.
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