XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
As leituras de hoje ajudam-nos
a refletir sobre aquilo, ou aqueles, em que pomos a nossa confiança total. Afinal o que é que nos faz
correr? Quem, ou que é que nos move? O que é verdadeiramente importante na
nossa vida? Cabe a cada um fazer as suas escolhas.
Na 1ª leitura (Ecle 1, 2; 2, 21-23) Coelet diz-nos que tudo o que não tem
Deus como centro, pouco, ou nenhum, sentido tem, não passa de vaidade. Tudo é passageiro, nada permanece para sempre. Só Deus, o Senhor da Vida nos
pode centrar no essencial, Ele mesmo. Tudo o mais vem por acréscimo. Aprendamos,
dos tempos antigos, a centrar a nossa vida em Deus e tudo renascerá n’Ele.
S. Paulo, na leitura de hoje
(Col 3, 1-5.9-11) relembra-nos as implicações
de ser cristão. Optámos por Cristo. Deixemos que Ele nos habite e viva em nós.
Se assim fizermos, tudo o que S. Paulo nos diz, nesta leitura, será possível na nossa vida do
dia a dia, porque em Cristo o Amor triunfa sempre, seja qual for o obstáculo a transpor.
Jesus, no Evangelho, diz-nos
quais devem ser as nossas opções, alerta-nos para o risco que corremos se
escolhermos a riqueza ( seja do que for) como o nosso deus. O problema surge quando
não pomos Deus em primeiro lugar e acumulamos para nós próprios, pois quando o
nosso coração se Lhe abre, o Amor acontece e propaga-se a todo aquele que se
cruza connosco. Deixemos que o milagre do Amor aconteça, também hoje, nos nossos tempos, lá onde nos movemos e existimos , pondo Deus sempre em primeiro lugar.
"Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu
irmão que reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez
juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem,
guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância
dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha
produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não
tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus
celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os
meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em
depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus
respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que
preparaste, para quem será?’. Assim acontece a quem acumula para si, em vez de
se tornar rico aos olhos de Deus».
Lc 12, 13-21
Senhor, que Tu sejas a minha
única força, em quem sempre me apoie. Que sejas sempre o primeiro na minha
vida.
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