domingo, 24 de fevereiro de 2013

No monte Tabor


Meditando sobre esta passagem do Evangelho, podemos aprender um ensinamento muito importante. Antes de tudo, o primado da oração, sem a qual todo o empenho do apostolado e da caridade se reduz ao ativismo. Na quaresma aprendemos a dar o tempo certo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como no Tabor queria fazer Pedro, mas a oração reconduz ao caminho, à ação. "A existência cristã - escrevi na mensagem para esta quaresma - consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus, e depois voltar a descer trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus" (n. 3).


       Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus  sinto-a de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. Obrigado! O Senhor chama-me a 'subir o monte', a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isto é para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual tenho buscado fazê-lo até agora, mas de modo mais adequado à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: ela nos ajude a todos a seguir sempre o Senhor Jesus, na oração e nas obras de caridade.
                                                           Vaticano, 24 de fevereiro de 2013

                                             19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013 
                                                      Obrigada Santo Padre Bento XVI

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