TEMPO COMUM - 2022
As leituras deste domingo, utilizando uma linguagem simbólica, que nos encaminha para o fim do tempo litúrgico, desafiam-nos a crescer na confiança e a perseverar no caminho do bem, no dia a dia da vida.
Na 1ª leitura (Mal 3, 19-20a) o profeta Malaquias exorta-nos a confiar no Senhor, a entregarmo-nos a Deus de alma e coração, a deixar que Ele, e só Ele, seja sempre Aquele que dá sentido à nossa existência e é o suporte, a raiz, dos nossos passos de cada dia.
“Há de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação.”
Na 2ªleitura (2 Tes 3, 7-12) S.Paulo parece um homem do nosso tempo, isto é do séc.XXI, a falar sobre alguns aspetos do mundo do trabalho. Às vezes, damo-nos conta de que há pessoas, que têm tantos dons, mas não querem pô-los a render, porque custa, faz suar, implica responsabilidade e empenhamento, entrega e amor e é muito mais fácil viver à custa de alguém, sem fazer nada. No entanto, toda a vida é uma entrega a Deus, em cada dia, a cada momento, de tudo o que temos e somos, para crescimento do Reino. Seja qual for o trabalho que desenvolvemos, ou o serviço que prestamos, este só tem sentido quando feito desta forma, isto é integrado no projeto de Deus Amor, para que um dia, na plenitude dos tempos, Deus seja tudo em todos. Assim, é bom que cada um trabalhe, que cada um faça a sua parte, para que todos possam beneficiar. Quem não trabalha, apenas porque não quer, deve olhar para tantos que queriam trabalhar e não o conseguem fazer, pelas mais variadas razões. É uma graça de Deus podermos trabalhar.
“Irmãos:
Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre vós na ociosidade,
nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhámos dia e noite, com esforço e
fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não é que não tivéssemos esse
direito, mas quisemos ser para vós exemplo a imitar. Quando ainda estávamos
convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer trabalhar, também não deve
comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem
trabalho algum, mas ocupados em futilidades. A esses ordenamos e recomendamos,
em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o
pão que comem.”
“Naquele tempo,
comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas
ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não
ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre,
quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus
respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu
nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando
ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas
coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há de
erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e,
em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes
sinais no céu. Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão de
perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à
presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de
dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a
vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos
adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos
pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos
odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.
Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».”
Senhor, sê a minha força e salvação.
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