XI DOMINGO DO TEMPO COMUM
S. António nasceu em Lisboa, em 1195. No batismo, recebeu o nome de Fernando. Em 1210 entrou para os Cónegos Regulares de S. Agostinho, no mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Dois anos depois, desejando uma vida mais recolhida, transferiu-se para o Mosteiro de S. Cruz, em Coimbra. Ordenado sacerdote, em 1220, ao ver os restos mortais dos primeiros mártires franciscanos, mortos em Marrocos, sentiu um novo apelo vocacional e mudou-se para a Ordem dos Frades Menores, tomando o nome de António. Em 1221 participou no “Capítulo das Esteiras”, junto à Porciúncula, e viu Francisco de Assis. Depois de alguns anos no escondimento e na oração, começou a pregar com grande sucesso e frutos. Converteu hereges em Itália e em França. Morreu, ainda muito novo, perto de Pádua, onde foi sepultado. No dia do Pentecostes de 1232, um ano depois da sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX.
As leituras deste domingo despertam-nos para a
necessidade de confiarmos plenamente na presença de Deus em nós. Ainda que a
semente seja minúscula, se a deitarmos à terra e a rodearmos dos cuidados
necessários, Deus fará com que frutifique. Os frutos não nos pertencem, mas sim
ao Senhor da seara. Façamos a nossa parte, depois descansemos e confiemos
n’Aquele que é todo Amor, Deus, pois Ele fará sempre o que é melhor para todos
e cada um dos Seus filhos, que Ele ama infinitamente.
“Eis o que diz o Senhor Deus: «Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantá-lo num monte muito alto. Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farão ninho todas as aves, toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos. E todas as árvores do campo hão de saber que Eu sou o Senhor; humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta, faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço».”
“Irmãos: Nós estamos sempre cheios de
confiança, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados,
longe do Senhor, pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara. E com esta
confiança, preferíamos exilar-nos do corpo, para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis, quer continuemos a habitar no
corpo, quer tenhamos de sair dele. Todos nós devemos comparecer perante o tribunal
de Cristo, para que receba cada qual o que tiver merecido, enquanto esteve no
corpo, quer o bem, quer o mal.”
“Naquele
tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a
semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e
cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a
espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se
mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que
havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É
como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as
sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e
torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus
ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a
palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de
entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo
explicava aos seus discípulos.”
Senhor, que
eu faça a minha parte e nunca, mas nunca mesmo, duvide do Teu Amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário