sábado, 23 de janeiro de 2021

  III DOMINGO DO TEMPO COMUM 

Foi, há cerca de um ano, que o Papa Francisco estabeleceu que o III Domingo fosse dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus. Graças ao Senhor, mesmo com a suspensão da presença dos fiéis leigos nas eucaristias, devido à situação catastrófica que o nosso país atravessa atualmente, temos ao nosso alcance uma panóplia de meios audiovisuais, digitais, escritos e outros, que nos permitem  estar em comunhão, enquanto Povo de Deus, à escuta da Palavra do Senhor. Assim o nosso coração se disponha, no mais íntimo do nosso ser, a escutar o que Ele tem para nos dizer hoje. Uma certeza eu tenho, por mais difíceis que sejam as situações que cada um de nós está a viver, pelas quais possa estar a passar, Deus está connosco, quer encontrar-Se com cada um no mais profundo de si mesmo, em todo e qualquer lugar. Que nada nos separe deste Amor sem fim.

Portugal, raramente anda nos primeiros lugares da Europa, mas francamente sermos o país com o maior número de mortos e de infetados da Europa, por cada mil habitantes… este pódio nós não queremos… O coração está mesmo apertadinho. Salva-nos, Senhor!

Nas leituras de hoje, o Senhor continua a chamar-nos e a apelar ao arrependimento e à conversão de coração. Respondamos ao Seu apelo e entreguemo-nos a Ele, cheios de confiança e esperança. Deixemo-nos inundar, repassar pelo Seu Amor. Foi assim que fizeram os primeiros discípulos. Sigamos os seus passos.

Na1ªleitura de hoje  (Jonas 3, 1-5.10) o Senhor chama Jonas e envia-o a pregar aos ninivitas, apelando à sua conversão. E todos, do rei, ao meu humilde dos habitantes de Nínive, se converteram e pediram perdão a Deus pelos pecados cometidos. E, como consequência desta resposta à pregação do profeta, Deus manifestou o Seu Amor pelo povo. O apelo de Jonas também nos é feito a nós, homens deste mundo e deste tempo. Convertamo-nos de coração e alma, deixemo-nos “cativar” por Ele e nunca esqueçamos que é imensa a alegria de Deus quando um pecador se converte. Foi Jesus quem o disse e Ele conhecia bem o Pai.

“A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar. Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia e começou a pregar, dizendo: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno. Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.”


A 2ªleitura (1 Cor 7, 29-31) parece escrita diretamente para estes tempos pandémicos que estamos a viver. Na verdade, se há algo que, hoje, é claro para mim, é que não há grandes certezas em relação às mutações deste vírus. Adapta-se de uma maneira tal às condições em que vivemos, que a ciência e a tecnologia, que têm evoluído tanto ultimamente, muitas vezes, senão quase sempre, são praticamente ultrapassadas. Ninguém é detentor de certezas, nem mesmo os que afirmam “verdades absolutas” que, quase logo, são desmentidas pela evolução dos acontecimentos. Verdadeiramente, como diz S.Paulo, o tempo é breve, o cenário deste mundo é passageiro. Absoluto, total mesmo, só o Amor infinito de Deus por cada um de nós. Confiemo-nos a Ele.

“O que tenho a dizer-vos, irmãos, é que o tempo é breve. Doravante, os que têm esposas procedam como se as não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que andam alegres, como se não andassem; os que compram, como se não possuíssem; os que utilizam este mundo, como se realmente não o utilizassem. De facto, o cenário deste mundo é passageiro.”

No evangelho (Mc 1, 14-20) Jesus anuncia que o reino de Deus já chegou, está entre nós, e que o caminho para nele participar é a conversão e o arrependimento. Abramos-Lhe o nosso coração. Deixemo-nos amar por Ele, na totalidade do nosso ser e depois, façamos como os primeiros discípulos, sigamo-L’O.

“Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.”

Senhor, tem compaixão de mim, que sou pecadora. Inunda-me com o Teu Amor, para que seja Tua testemunha junto dos que comigo convivem, ou se cruzam nos caminhos da vida.

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