III DOMINGO DO TEMPO COMUM
Foi, há cerca de um ano, que o Papa
Francisco estabeleceu que o III Domingo fosse dedicado à celebração, reflexão e
divulgação da Palavra de Deus. Graças ao Senhor, mesmo com a suspensão da
presença dos fiéis leigos nas eucaristias, devido à situação catastrófica que o
nosso país atravessa atualmente, temos ao nosso alcance uma panóplia de meios
audiovisuais, digitais, escritos e outros, que nos permitem estar em comunhão, enquanto Povo de Deus, à
escuta da Palavra do Senhor. Assim o nosso coração se disponha, no mais íntimo
do nosso ser, a escutar o que Ele tem para nos dizer hoje. Uma certeza eu
tenho, por mais difíceis que sejam as situações que cada um de nós está a
viver, pelas quais possa estar a passar, Deus está connosco, quer encontrar-Se
com cada um no mais profundo de si mesmo, em todo e qualquer lugar. Que nada
nos separe deste Amor sem fim.
Portugal, raramente anda nos primeiros
lugares da Europa, mas francamente sermos o país com o maior número de mortos e de infetados da Europa, por cada mil habitantes… este pódio nós não queremos… O
coração está mesmo apertadinho. Salva-nos, Senhor!
Nas leituras de hoje, o Senhor
continua a chamar-nos e a apelar ao arrependimento e à conversão de coração.
Respondamos ao Seu apelo e entreguemo-nos a Ele, cheios de confiança e
esperança. Deixemo-nos inundar, repassar pelo Seu Amor. Foi assim que fizeram
os primeiros discípulos. Sigamos os seus passos.
Na1ªleitura de hoje (Jonas 3, 1-5.10) o Senhor chama Jonas e envia-o a pregar aos ninivitas, apelando à sua
conversão. E todos, do rei, ao meu humilde dos habitantes de Nínive, se
converteram e pediram perdão a Deus pelos pecados cometidos. E, como consequência
desta resposta à pregação do profeta, Deus manifestou o Seu Amor pelo povo. O
apelo de Jonas também nos é feito a nós, homens deste mundo e deste tempo.
Convertamo-nos de coração e alma, deixemo-nos “cativar” por Ele e nunca
esqueçamos que é imensa a alegria de Deus quando um pecador se converte. Foi
Jesus quem o disse e Ele conhecia bem o Pai.
“A palavra do Senhor foi dirigida a
Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e
apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a Nínive,
conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus;
levava três dias a atravessar. Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia
e começou a pregar, dizendo: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Os
habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se
de saco, desde o maior ao mais pequeno. Quando Deus viu as suas obras e como se
convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o
executou.”
“O que tenho a dizer-vos, irmãos, é
que o tempo é breve. Doravante, os que têm esposas procedam como se as não
tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que andam alegres, como se
não andassem; os que compram, como se não possuíssem; os que utilizam este
mundo, como se realmente não o utilizassem. De facto, o cenário deste mundo é
passageiro.”
No evangelho (Mc 1, 14-20) Jesus anuncia que o reino de Deus já
chegou, está entre nós, e que o caminho para nele participar é a conversão e o
arrependimento. Abramos-Lhe o nosso coração. Deixemo-nos amar por Ele, na
totalidade do nosso ser e depois, façamos como os primeiros discípulos, sigamo-L’O.
“Depois de João ter sido preso, Jesus
partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai
no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão
André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus:
«Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes
e seguiram Jesus. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu
irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles
deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.”
Senhor, tem compaixão de mim, que sou pecadora. Inunda-me com o Teu Amor, para que seja Tua testemunha junto dos que comigo convivem, ou se cruzam nos caminhos da vida.
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