A liturgia inicia o tempo comum, após as celebrações do Natal, com o batismo de Jesus. Depois de festejarmos o nascimento do Menino Deus confirmamos a nossa fé ao contemplarmos o mistério do Batismo do Filho de Deus. Já era santo e imaculado pela sua condição divina, mas quis assumir, na totalidade, a sua condição humana e, por isso, submeteu-se ao batismo de João Batista, tal como qualquer judeu do seu tempo. E nós beneficiamos desse seu ato de amor, porque, a partir desse momento, n'Ele os céus se abriram e restabeleceu-se a Aliança do Pai com esta humanidade de ontem, de hoje e de sempre. O menino do presépio é agora um jovem e n'Ele Deus continua a manifestar o seu profundo Amor por cada um de nós, seus filhos no Filho. N'Ele Deus vai-se-nos revelando.
Na 1ªleitura (Is 42, 1-4.6-7) o profeta projeta-nos para evangelho, mais especificamente, para Aquele sobre quem
repousa o Espírito de Deus, para que Ele seja portador da Boa Nova da salvação
a toda a Terra, d’Ele dizendo: ”tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a
aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do
cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas”. Que o Senhor a
todos nos salve e proteja.
“Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu
protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu
espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz,
nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a
torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem
desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas
longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do
povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os
prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».”
Na 2ªleitura (Atos 10, 34-38) é S.Pedro quem nos
situa no batismo de Jesus e, ao mesmo tempo, nos torna presente o nosso próprio
batismo, em que, por Jesus, também cada um de nós recebeu o Espírito Santo,
tornando-se assim parte da família dos filhos de Deus, de qualquer tempo e de qualquer
espaço. Em e por Jesus todos podemos fazer parte da Igreja, independentemente
da raça, da nacionalidade, da idade… todos os que quiserem abrir o coração à
ação do Espírito de Deus. Como diz S.Pedro, Deus não faz aceção de pessoas, ama
a todos e a cada um, infinitamente.
“Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse:
«Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer
nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável. Ele enviou a sua
palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor
de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia,
depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a
Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos
pelo demónio, porque Deus estava com Ele».”
E assim se inicia
a vida pública de Jesus.
“Naquele tempo, João começou a pregar, dizendo:
«Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não
sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu batizo
na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo». Sucedeu que, naqueles dias,
Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão. Ao
subir da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito, como uma pomba, descer
sobre Ele. E dos céus ouviu-se uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado, em Ti
pus toda a minha complacência».”
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