DOMINGO IV DA PÁSCOA
Hoje a Igreja,
neste dia de Oração Mundial pelas Vocações, celebra o Dia do Bom Pastor. As
leituras estão centradas no Cordeiro, o Bom Pastor, que a todos conduz para as
fontes de água viva, a todos leva até Deus. E, hoje, mais do que nunca, a
imagem de sermos um só povo em marcha para o Pai, é um desafio a ser vivido em
Jesus Ressuscitado, num esforço de todos n’Ele vivermos para que Deus, um dia,
na plenitude dos tempos, seja tudo em todos. Deixemo-nos conduzir pelo Bom
Pastor.
Na 1ªleitura (Atos 13, 14.43-52) o autor
sagrado (S.Lucas) dá-nos conta de como o Espírito Santo conduz a Igreja, nos
primeiros tempos, através de Paulo e de Barnabé. O que mais me impressiona, neste
texto, é a importância da resposta de amor dada a Deus, pelos primeiros
apóstolos que Jesus chamou e pelos que os seguiram. Porque disseram sim e
deixaram tudo para O seguir, o anúncio do Reino chegou aos “quatro” cantos do
mundo. Se naquele tempo, onde as dificuldades de comunicação eram tão grandes, foi
possível uma tão ampla difusão da mensagem de Jesus, porque é que hoje, na sociedade
dita da informação, onde parece que não há barreiras no que diz respeito às
comunicações, Deus no Seu Amor infinito por cada ser vivente, não é mais
conhecido e amado?! Deixemo-nos inundar pelo Espírito Santo e sigamos o projeto
que Deus tem para nós, fazendo a nossa parte. “Naqueles dias, Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia.
A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Terminada a reunião da
sinagoga, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, que nas
suas conversas com eles os exortavam a perseverar na graça de Deus. No sábado
seguinte, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor. Ao
verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada
primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais
dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios, pois assim nos mandou o
Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da
terra’». Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e
glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna
abraçaram a fé e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região. Mas os
judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens
principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e
expulsaram-nos do seu território. Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus
pés, seguiram para Icónio. Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria
e do Espírito Santo.”
Na 2ªleitura (Ap 7, 9.14b-17) S.João ajuda-nos a entrar numa atmosfera de
comunhão com o Cordeiro, que está sentado no trono e conduz toda a humanidade
para o Pai. Entreguemo-nos de coração ao Bom Pastor e deixemos que nos conduza
a Deus, que enxugará as lágrimas dos nossos olhos. “Eu, João, vi uma multidão
imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas
brancas e de palmas na mão. Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer:
«Estes são os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as
branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus,
servindo-O dia e noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono
abrigá-los-á na sua tenda. Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento
ardente cairão sobre eles. O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu
pastor e os conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas
dos seus olhos».”
No evangelho (Jo 10, 27-30) S. João revela-nos Jesus, como o Bom Pastor.
Confiemos-Lhe tudo o que somos e temos, deixemo-nos amar totalmente por Ele,
que nos ama, a cada um de nós e à humanidade inteira, infinitamente. “Naquele
tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as
minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de
perecer e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do
que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».”
Senhor, que tens também para mim um projeto de amor, envia sobre mim o Teu
Santo Espírito, para que eu Te dê sempre o meu sim.
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