sábado, 18 de agosto de 2018

XX DOMINGO DO TEMPO COMUM


As leituras deste XX Domingo do tempo comum, na continuidade das do domingo passado, desafiam-nos, de uma forma ainda mais clara e mais profunda, a deixarmo-nos alimentar pelo Pão da Vida, pelo Corpo e Sangue do Senhor Jesus Cristo, para d’Ele vivermos em todos os momentos e situações da vida. Ele, que é o Amor, habita cada um de nós e faz a comunhão entre todos, se a Ele nos abrirmos em verdade e na totalidade do nosso ser. Só Jesus é o verdadeiro alimento que sacia plenamente. Arrisquemos e deixemos que nos transforme n’Ele.


Na 1ªleitura (Prov 9, 1-6) somos convidados a participar no banquete do Amor, que nos é oferecido por Deus, em cada eucaristia em que participamos. Os manjares deste banquete vão muito para além do que os olhos humanos veem. Com um coração livre, simples, totalmente disponível e confiante, na fé, receberemos o alimento, da Palavra e do Pão, que nos transforma n’Ele e nos sacia de verdade. 
«A Sabedoria edificou a sua casa e levantou sete colunas. Abateu os seus animais, preparou o vinho e pôs a mesa. Enviou as suas servas a proclamar nos pontos mais altos da cidade: «Quem é inexperiente venha por aqui». E aos insensatos ela diz: «Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei. Deixai a insensatez e vivereis; segui o caminho da prudência». 


Na 2ªleitura, (Ef 5, 15-20) S.Paulo diz aos Efésios como devem proceder, enquanto cristãos. O que S.Paulo recomenda aos Efésios é também totalmente válido e atual para nós, hoje, cristãos do séc.XXI. Tentemos, também nós, compreender qual é a vontade do Senhor em relação a nós próprios, abrindo-nos à ação do Espírito Santo, louvando e rezando ao Senhor. 
«Irmãos: Vede bem como procedeis. Não vivais como insensatos, mas como pessoas inteligentes. Aproveitai bem o tempo, porque os dias que correm são maus. Por isso não sejais irrefletidos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor. Não vos embriagueis com o vinho, que é causa de luxúria, mas enchei-vos do Espírito Santo, recitando entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando em vossos corações, dando graças, por tudo e em todo o tempo, a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo».


No Evangelho de hoje (Jo 6, 51-58), tal como no do domingo passado, entramos, em cheio, no mistério da Eucaristia. Hoje, Jesus vai ainda mais longe, no fundo, ainda que indiretamente, confronta-nos sobre o fundamento da nossa fé, sobre a razão de ser da nossa esperança. Efetivamente é um milagre, de Amor Total, de Deus Uno e Trino, pelas Suas criaturas, aquele em que entramos, quando participamos na Eucaristia. Só Deus, Amor infinito por cada ser por Ele criado, podia ter encontrado esta forma única de nos manifestar o quanto nos ama. Senhor Jesus, Pão Vivo descido do Céu, presente, vivo, atuante, no meio de nós, que o Teu alimento faça, de cada um, uma nova criatura, capaz de testemunhar Deus assim, Amor infinito por cada ser vivente, numa relação pessoal de encontro íntimo com cada um, que nos faz comunhão com o nosso próximo, seja qual for o lugar, ou situação em que nos encontremos. 
«Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». 


Senhor, Pai, Filho e Espírito Santo, bendito e louvado para sempre sejas pelo dom da Eucaristia. Habita-me Senhor e faz de mim uma nova criatura, capaz de ser  testemunha do Teu Amor. 

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