XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
As leituras de hoje chamam-nos a atenção para a necessidade de sermos
verdadeiros, sinceros, na nossa relação com Deus. O nosso Deus é único e, ao
mesmo tempo, universal mas, por vezes, nós, os que somos educados na fé, tentamos
enganar, criticamos Deus, enquanto os que não O conhecem (por educação religiosa)
agem como Seus instrumentos na propagação do Amor.
Ciro, rei persa, não pertencia ao povo escolhido, no entanto foi instrumento de Deus, permitindo que os Judeus voltassem à sua terra e reconstruíssem Jerusalém e o templo. De facto, só Deus conduz a História, só Ele ama infinitamente a humanidade e todos, crentes, ou não, podemos estar ao Seu serviço, desde que tenhamos um coração puro, honesto e entregue ao bem comum, na procura e manutenção da Paz e da solidariedade social. Deixemo-nos conduzir por Deus, como fez Ciro.
“Assim fala o Senhor a Ciro, seu ungido, a quem
tomou pela mão direita, para subjugar diante dele as nações e fazer cair as
armas da cintura dos reis, para abrir as portas à sua frente, sem que nenhuma
lhe seja fechada: «Por causa de Jacob, meu servo, e de Israel, meu eleito, Eu
te chamei pelo teu nome e te dei um título glorioso, quando ainda não Me
conhecias. Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus. Eu te
cingi, quando ainda não Me conhecias, para que se saiba, do Oriente ao
Ocidente, que fora de Mim não há outro. Eu sou o Senhor e mais ninguém».”
Na 2ª leitura (1 Tes 1, 1-5b) S. Paulo dá graças a Deus pela Igreja dos
Tessalonicenses, pelo testemunho de fé que emana daquela comunidade
“Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos
Tessalonicenses, que está em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: A graça e a paz
estejam convosco. Damos continuamente graças a Deus por todos vós, ao fazermos
menção de vós nas nossas orações. Recordamos a atividade da vossa fé, o esforço
da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo,
na presença de Deus, nosso Pai. Nós sabemos, irmãos amados por Deus, como
fostes escolhidos. O nosso Evangelho não vos foi pregado somente com palavras,
mas também com obras poderosas, com a ação do Espírito Santo.”
É impressionante a forma como, por vezes, somos
ardilosos na nossa relação com Deus. O exemplo dos fariseus, no evangelho de
hoje (Mt 22,
15-21) , é
revelador do que a natureza humana é capaz de fazer, até onde é capaz de
descer, quando estão em causa os seus interesses. Foi assim ontem, é assim hoje,… Felizmente Deus
não é como nós! Mesmo conhecendo-nos, no mais íntimo de nós próprios, continua
a amar-nos infinitamente, mas não nos isenta de cumprimos as nossas
responsabilidades, sejam elas de que natureza forem, incluindo as fiscais: «Então,
dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».
Tem compaixão de mim Senhor, que sou pecadora. Salva-me
Senhor. Que eu me deixe conduzir, amar por Ti, em todos os caminhos da vida.
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