DOMINGO III DE PÁSCOA
Continuamos, com as leituras de hoje, a viver o grande Dia da Páscoa de Jesus Ressuscitado.
Ao escutar a Palavra proclamada neste domingo,
há um denominador comum a todas as leituras, que se tornou mais claro para mim,
hoje, pois foi o dia em que o Sr.Prior nos deu as Boas Festas de Jesus Ressuscitado.
É verdade que foi muito diferente dos anos anteriores, mas o anúncio, a bênção e
a comunhão eclesial foram vividos com o mesmo espírito. Sim, mesmo em tempo de
confinamento, de isolamento, é possível: receber o anúncio de que Jesus está
vivo, caminha connosco; sentir que a bênção de Deus derramada sobre nós e sobre
os nossos lares, por intermédio (na paróquia de Porto de Mós) do Sr.Pe.José Alves
(nosso pároco), que permanecendo do lado de fora, na rua, mas com o auxílio das
novas tecnologias (e de outras pessoas) fez chegar até nós a sua voz e se tornou, com Jesus, um connosco. Foi bom,
mesmo muito bom! Apreciei a forma simples, mas bela, como de tudo cuidou e
providenciou para que pudéssemos estar unidos, ao longo deste tempo de quarentena.
Deus seja louvado. Obrigada Sr.Padre José.
Na 1ª leitura (Atos 2, 14.22-33) ficamos espantados com a coragem desassombrada de Pedro ao anunciar Jesus Ressuscitado.
Temos na memória outros momentos da vida de S.Pedro com Jesus, muito diferentes
dos que nos são apresentados nas duas primeiras leituras de hoje. É
impressionante a ação de Deus num coração que todo se Lhe entrega. A transformação
em Pedro é total. Não deixa de ser quem era, com as suas qualidades e os seus
defeitos, mas entregou-se-Lhe totalmente, com tudo o que tinha feito. Este é o
caminho para Deus, que S.Pedro nos abre hoje, quer pela sua história pessoal,
quer através das Escrituras, quando recorre a David: não há nada, nem ninguém que nos possa afastar
do Amor de Deus, manifestado em Jesus Ressuscitado. Entreguemo-nos de alma e
coração, com tudo, mas mesmo tudo, por pior que nos sintamos, pois Ele está
vivo, caminha connosco.
“No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém, compreendei o que está a acontecer e ouvi as minhas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio. Diz David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção. Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’. Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós. Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um descendente do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos, nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis».
“No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém, compreendei o que está a acontecer e ouvi as minhas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio. Diz David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção. Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’. Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós. Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um descendente do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos, nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis».
Na 2ªleitura (1 Pedro 1, 17-21) S.Pedro continua a sua evangelização e anúncio do Senhor Ressuscitado,
penhor e garantia da nossa salvação. É em Jesus, morto e ressuscitado, que está
vivo e caminha connosco, no dia a dia da vida, que está o fundamento da nossa
fé. Jesus, o Cordeiro Imaculado, deu a vida por cada um de nós e só radicados n’Ele,
sob a ação do Espírito Santo, seremos anunciadores de Deus Amor, na vida
concreta de cada dia, nos tempo de hoje, com pandemia e tudo. Sigamos o exemplo
de S.Pedro e deixemos que Deus nos ame por inteiro, mais ainda nas nossas
dificuldades, nos nossos defeitos, nos nossos pecados. Acreditemos, Jesus
venceu a morte, de uma vez por todas, está vivo, ressuscitou, conduz-nos, caminha
connosco. Louvado sejas Senhor, hoje e sempre, pelos séculos sem fim.
“Caríssimos:
Se invocais como Pai Aquele que, sem aceção de pessoas, julga cada um segundo
as suas obras, vivei com temor, durante o tempo de exílio neste mundo.
Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e oiro, que fostes
resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo sangue
precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha, predestinado antes da
criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por vossa causa. Por Ele
acreditais em Deus, que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a
vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.”
No evangelho (Lc 24, 13-35) somos convidados a colocarmo-nos no papel de cada um daqueles discípulos,
mas no dia a dia da nossa vida, deixando que Jesus nos vá explicando o sentido
das escrituras, como fez com eles. Às vezes o nosso coração anda demasiado
atarefado “com muitas coisas” e não O reconhece, mas Ele, caminha connosco,
pelas estradas da vida, repartindo o pão. Deixemos que o nosso coração “arda cá
dentro” quando O escutamos e estejamos atentos aos sinais, pois Ele continua a “partir
o pão” com todos os que fazem parte da nossa vida e O procuram de coração
sincero.
“Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada
Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o
que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e
pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O
reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós
pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas,
respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou
estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a
Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo
o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para
ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia
de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de
madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes
tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram
ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O
viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de
sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e
passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia
respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir
para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque
o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E
quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu
da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso
coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e
os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e
apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O
tinham reconhecido ao partir o pão.”
Senhor, eu te louvo e bendigo pelo dom da Eucaristia. Mil graças Senhor.
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