DOMINGO IV DA QUARESMA
Em momentos tão “escuros” como os que agora atravessamos, as leituras deste
domingo guiam-nos através da Luz, que é o Senhor Jesus. Bem precisamos da Sua
luz nesta quarentena! Se, na semana passada, Jesus nos matou a sede, hoje,
quando se faz encontro com cada um de nós, revela-se-nos como a Luz, que nos
ilumina e conduz até Deus. Só o Senhor é a Luz, só Ele nos pode guiar. Deixemo-nos
iluminar por Ele.
Na 1ªleitura (1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a) o profeta Samuel deixa-se guiar por
Deus na escolha do ungido do Senhor, David. Só o Senhor sabe quem é cada um de
nós, no mais íntimo do seu coração, no mais profundo da sua alma e não olha
apenas para o nosso aspeto exterior. Mesmo assim, sabendo do que somos capazes,
para o bem e para o mal, ama-nos infinitamente e escolhe-nos no Amor, para O
servirmos e n’Ele estarmos ao serviço dos outros.
“Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche a âmbula de óleo e parte. Vou enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos». Quando chegou, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor». Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te impressiones com o seu belo aspeto, nem com a sua elevada estatura, pois não foi esse que Eu escolhi. Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». Jessé fez passar os sete filhos diante de Samuel, mas Samuel declarou-lhe: «O Senhor não escolheu nenhum destes». E perguntou a Jessé: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo, que anda a guardar o rebanho». Samuel ordenou: «Manda-o chamar, porque não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar». Então Jessé mandou-o chamar: era ruivo, de belos olhos e agradável presença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.”
“Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche a âmbula de óleo e parte. Vou enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos». Quando chegou, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor». Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te impressiones com o seu belo aspeto, nem com a sua elevada estatura, pois não foi esse que Eu escolhi. Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». Jessé fez passar os sete filhos diante de Samuel, mas Samuel declarou-lhe: «O Senhor não escolheu nenhum destes». E perguntou a Jessé: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo, que anda a guardar o rebanho». Samuel ordenou: «Manda-o chamar, porque não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar». Então Jessé mandou-o chamar: era ruivo, de belos olhos e agradável presença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.”
Na 2ªleitura (Ef 5, 8-14) S.Paulo convida-nos a vivermos como filhos da Luz e a deixarmos que a Luz
de Cristo, por nós recebida no Batismo, realize em cada um de nós obras da Luz.
Desafia-nos a despertamos e a deixarmos que , nestes dias tão difíceis e
negros, a Luz de Cristo ilumine o mundo em que vivemos.
“Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade. Procurai sempre o que mais agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas obras das trevas, que nada trazem de bom; tratai antes as denunciar abertamente, porque o que eles fazem em segredo até é vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, e tudo o que assim se manifesta torna-se luz. É por isso que se diz: «Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti».”
“Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade. Procurai sempre o que mais agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas obras das trevas, que nada trazem de bom; tratai antes as denunciar abertamente, porque o que eles fazem em segredo até é vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, e tudo o que assim se manifesta torna-se luz. É por isso que se diz: «Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti».”
No evangelho (Jo 9, 1-41) Jesus, perante os nosso olhos, realiza
obras de Amor, obras de Luz: cura um cego de nascença. Ao longo deste
evangelho, vemos todo um processo de crescimento, na aproximação e entrega a
Deus, por parte deste homem: primeiro, é a cura física, com a perplexidade
natural face ao acontecimento; depois, é a força do testemunho perante os
fariseus - impressionante o desassombro com que fala do que aconteceu e desafia
os "doutores da lei"; por fim, um ato de fé total, reconhecendo Jesus
como o Filho de Deus - é o único culminar possível, pois este homem já estava
todo entregue a Deus e através dele é o Espírito Santo que se manifesta.
Deixemo-nos encontrar por esta Luz de Amor, que é o Senhor Jesus e abramos-lhe
o nosso coração, para com Ele progredirmos na fé.
“Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Os
discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem é que pecou para ele nascer cego? Ele
ou os seus pais?». Jesus respondeu-lhes: «Isso não tem nada que ver com os
pecados dele ou dos pais; mas aconteceu assim para se manifestarem nele as
obras de Deus. É preciso trabalhar, enquanto é dia, nas obras d’Aquele que Me
enviou. Vai chegar a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto Eu estou no
mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco
de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de
Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e ficou a ver.
Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que antes o viam a mendigar: «Não é
este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele».
Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu».
Perguntaram-lhe então: «Como foi que se abriram os teus olhos?». Ele respondeu:
«Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e
disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver».
Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?». O homem respondeu: «Não sei». Levaram
aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera
lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem
como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos;
depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não
vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um
pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então
novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem
respondeu: «É um profeta». Os judeus não quiseram acreditar que ele tinha sido
cego e começara a ver. Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes: «É este
o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?». Os pais
responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; mas não
sabemos como é que ele agora vê, nem sabemos quem lhe abriu os olhos. Ele já
tem idade para responder; perguntai-lho vós». Foi por medo que eles deram esta
resposta, porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga quem
reconhecesse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem
idade para responder; perguntai-lho vós». Os judeus chamaram outra vez o que
tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é
pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e
agora vejo». Perguntaram-lhe então: «Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?».
O homem replicou: «Já vos disse e não destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo
novamente? Também quereis fazer-vos seus discípulos?». Então insultaram-no e
disseram-lhe: «Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Nós
sabemos que Deus falou a Moisés; mas este, nem sabemos de onde é». O homem
respondeu-lhes: «Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é, mas a
verdade é que Ele me deu a vista. Ora, nós sabemos que Deus não escuta os
pecadores, mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade. Nunca se
ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se Ele não
viesse de Deus, nada podia fazer». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste
inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube
que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do
homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?».
Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se
diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor». Então Jesus disse: «Eu vim a
este mundo para exercer um juízo: os que não veem ficarão a ver; os que veem
ficarão cegos». Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto,
perguntaram-Lhe: «Nós também somos cegos?». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis
cegos, não teríeis pecado. Mas como agora dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado
permanece».”
Senhor, ilumina-me com a Tua Luz. Converte-me Senhor.
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