sábado, 14 de dezembro de 2019

DOMINGO III DO ADVENTO


A liturgia deste domingo é, toda ela, um convite a exultarmos na alegria, o que exteriormente até é visível na mudança, neste dia, ainda de advento, da cor dos paramentos, que passa de roxa para rosa. Tudo se encaminha, canta e alegra, numa preparação mais cuidada, profunda e alargada, para uma das nossas festas principais.  Na certeza de que Jesus está connosco e também se associa, no coração de cada um de nós, a esta alegria  expectante e paciente de poder celebrar, muito em breve, a maravilha das maravilhas do Amor de Deus , por cada ser vivente, que eclodirá em apoteose de Glória a Deus, quando celebrarmos, de um modo especial, a festa do nascimento do Menino Deus, deixemo-nos cativar por este Amor sem fim, que é o nosso Deus.
Na 1ªleitura (Is 35, 1-6a.10) o profeta Isaías, ao querer animar o povo exilado e deportado na Babilónia, projeta-nos para a vinda do Salvador, para os tempos de Jesus e, por antecipação, coloca-nos no diálogo que Cristo tem com os discípulos de João Batista. É assim a fé que professamos, o nosso Deus é de ontem, de hoje e de amanhã, não tem princípio , nem fim. Alegremo-nos, pois o Amor infinito de Deus, por cada um de nós, e por toda a humanidade, é de sempre e para toda a eternidade. 
“Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Saron. Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos». Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. Voltarão os que o Senhor libertar, hão de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.”
Na 2ªleitura (Tg 5, 7-10) é S.Tiago que nos incita a olhar para o agricultor e a ser, na fé, como ele, isto é, paciente e perseverante numa espera positiva, pois sejam quais forem as condições e situações da nossa vida, temos a certeza de que Jesus está tão próximo, que já vive connosco, no nosso coração. Confiemo-nos ao Menino Deus, cuja festa de nascimento vamos celebrar dentro de muito pouco tempo. “Irmãos: Esperai com paciência a vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o precioso fruto da terra, aguardando a chuva temporã e a tardia. Sede pacientes, vós também, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados. Eis que o Juiz está à porta. Irmãos, tomai como modelos de sofrimento e de paciência os profetas, que falaram em nome do Senhor.”

No Evangelho (Mt 11, 2-11) S.Mateus coloca-nos nos primeiros tempos da pregação de Jesus, quando S.João Batista ainda estava vivo. E é nas palavras de Jesus que percebemos como Ele, o Filho de Deus feito homem, é o pleno cumprimento das promessas do Antigo Testamento. Efetivamente Jesus veio dar-nos a conhecer quem era Deus, e o quanto somos amados infinitamente pelo nosso Pai, que está nos Céus. Ao prepararmos o nascimento do Menino Deus, damo-nos conta deste mistério de Amor sem fim do Senhor, por cada um de nós. Não há palavras que possam explicar esta loucura maravilhosa de Deus Amor. 
“Naquele tempo, João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras de Cristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: «És Tu Aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?». Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo». Quando os mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João às multidões: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta. É dele que está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’. Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o menor no reino dos Céus é maior do que ele».


Bendito e louvado sejas hoje e sempre, pelos séculos sem fim, meu Senhor e meu Deus.

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