sábado, 12 de outubro de 2019

DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM


As leituras de hoje despertam em nós sentimentos de gratidão: pelo dom da vida, pela família que o Senhor nos deu; pela Igreja; pelo dom da Eucaristia; pelo dom da fé; por…, por…Esta é uma lista sem fim, sempre dinâmica, sempre incompleta, sempre num devir, porque, são contínuas as razões que temos para agradecer, para entregar, para amar. Quando, na nossa vida, no concreto de cada dia, nas várias situações, mais dramáticas, ou mais felizes, nos encontramos com Deus, nos deixamos abraçar, levar ao colo por Jesus, então aí o nosso muito obrigado sai espontaneamente, o nosso coração louva o Senhor e agradece, consciente e profundamente, todas as maravilhas que o Senhor vai fazendo, ainda hoje, connosco e com aquele(s), ou aquela(s) que colocou nos nossos caminhos. Meu Senhor e meu Deus, bendito e  louvado sejas hoje e sempre, pelos séculos sem fim, porque nos ama infinitamente, a todos e a cada um em particular, e Te abres sempre, mas sempre mesmo, a todo aquele que Te procura e de Ti se acerca, sobretudo quando está doente, fragilizado, ou é posto à margem, ou excluído.


Na 1ª leitura (2 Reis 5, 14-17)  é com o coração cheio de alegria que nos associamos à cura de Naamã, porque, não sendo israelita, mas sírio, depois de mergulhar 7 vezes, tal como o profeta Eliseu lhe dissera para fazer, fica com a pele totalmente limpa, sem qualquer vestígio da lepra. É assim, o “milagre” acontece quando nos deixamos habitar por Deus e fazemos o que Ele nos pede, por isso só podemos agradecer e cantar louvores ao nosso Deus, porque confia em nós, ou melhor ainda, ama-nos perdidamente, respeita as nossas dificuldades e o nosso tempo de reação, nunca desiste de nós, em nenhuma situação. Pelo contrário, é Ele quem nos procura constantemente, pelos montes e vales da nossa vida.
“Naqueles dias, o general sírio Naamã desceu ao Jordão e aí mergulhou sete vezes, como lhe mandara Eliseu, o homem de Deus. A sua carne tornou-se tenra como a de uma criança e ficou purificado da lepra. Naamã foi ter novamente com o homem de Deus, acompanhado de toda a sua comitiva. Ao chegar diante dele, exclamou: «Agora reconheço que em toda a terra não há outro Deus senão o de Israel. Peço-te que aceites um presente deste teu servo». Eliseu respondeu-lhe: «Pela vida do Senhor que eu sirvo, nada aceitarei». E apesar das insistências, ele recusou. Disse então Naamã: «Se não aceitas, permite ao menos que se dê a este teu servo uma porção de terra para um altar, tanto quanto possa carregar uma parelha de mulas, porque o teu servo nunca mais há de oferecer holocausto ou sacrifício a quaisquer outros deuses, mas apenas ao Senhor, Deus de Israel».”


Na 2ªleitura (2 Tim 2, 8-13) S. Paulo, como sempre, fala do que vive. Neste texto sagrado, encontramo-lo na prisão, a dar testemunho da sua fé, que é de uma profundidade tão intensa que nos desinstala e questiona. Termina deixando-nos a garantia de que o amor de Deus, por cada um de nós, é para sempre: Deus é Amor e só sabe amar, só sabe dar-Se. Deixemo-nos amar por Ele, para que os outros, que contactam connosco de uma forma mais próxima, ou mais distante, a quem Deus quer chegar através de nós, também O possam conhecer e amar. 
“Caríssimo: Lembra-te de que Jesus Cristo, descendente de David, ressuscitou dos mortos, segundo o meu Evangelho, pelo qual eu sofro, até ao ponto de estar preso a estas cadeias como um malfeitor. Mas a palavra de Deus não está encadeada. Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com a glória eterna. É digna de fé esta palavra: Se morremos com Cristo, também com Ele viveremos; se sofremos com Cristo, também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará; se Lhe formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar-Se a Si mesmo.”


No evangelho (Lc 17, 11-19) vemos como Jesus não passa sem se deter perante o sofrimento daqueles homens. Atende e responde à súplica dos dez leprosos. Esta é a nossa certeza, Jesus nunca é indiferente ao sofrimento, à dor humana. Vem sempre em nosso auxílio. Façamos como o leproso que voltou atrás a agradecer. 
“Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto em terra aos pés de Jesus, para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».”


Obrigada Senhor, por tudo... Louvado sejas Senhor!

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